Capítulo 11

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-Ok, só precisamos garantir que vão trazer o dinheiro.

Tive a impressão de vê-lo piscar para um lado do cenário em que não havia ninguém.

L: Como?

-Me solta.

Eu o soltei.

-Aqui, assinem.

T: Você já trouxe o contrato?

-Pois é, nós podemos não ser tão ágeis mas somos mais inteligente do que vocês pensam.

L: Planejou tudo isso?

-Não, consideramos nossa fraqueza e a chance de vocês nos pegarem. O plano A era levar vocês nocauteados e então negociar lá.

T: Entendi.

Assinei, dei a caneta ao T3ddy e ele assinou também.

T: É só isso?

-Que tipo de caçadores de recompensa não lêem o contrato antes de assinar?!-Resmungou guardando o papel.

L: Não somos caçadores de recompensa.

-Mesmo a recompensa não sendo para vocês, vocês vão caçá-la.

T: Chame do que quiser.

L: Existe algum prazo?

-Se vocês tivessem lido ao menos uma linha que eu pensei tanto em como escrever!

T: Fala logo quando temos que entregar o dinheiro.

Ele levantou os dedos com as mãos e balançou.

T: Vamos ter que achar o carro no caral...-Se conteve- Em cinco dias?

-São ordens do chefe. Não me importo, eu vou embora. –Falou ajudando o parceiro a levantar.

Antes de ele sair perguntei:

L: Espera, aonde?

- No mesmo lugar que achou o dinheiro, no mesmo horário.

A porta fechou.

Fomos até o quarto destrancar Davi.

L: Como vamos proteger ele?

T: Vamos deixar ele com alguém de confiança.

L: Tu ainda tem alguém de confiança?

T: Quer dizer, além de você, amor?

Sua voz tão próxima ao meu ouvido me deixou nervoso, a chave não entrava.

L: Eu não deixara tu passar por isso sozinho, além do mais tudo isso é por minha causa. Cuidar do Davi seria o fácil a se fazer. Quem é a pessoa de confiança?

T: O Mauro ué. –Falou colocando a mão em cima da minha, me ajudando a abrir.

Minhas mãos pararam de tremer, minha respiração ficou profunda e lenta.

Sorri com a minha idiotice.

L: E ele sabe cuidar de um bebê?

T: Mas é clar...

Davi não estava lá.

Meu coração levou uma pancada e acelerou, minha respiração parou. Minha visão foi embaçada pelas lágrimas.

L: Eles levaram... O Davi? –Falei com uma voz que foi ficando mais aguda a cada palavra.

T3ddy puxou minha mão me trazendo para um abraço.

Solucei.

T3ddy narrando

Eu vou proteger ele, e salvar o nosso filho, vai ficar tudo bem, eu vou cuidar de você. Mordi os lábios.

Luba narrando

Por favor, para de doer.

Ficamos ali por minutos. T3ddy não disse uma palavra, eu sabia que estava doendo tanto quanto em mim.

T: Nós vamos hoje, agora, tá?

Fiz que sim com a cabeça.

T: Eu tenho um plano.

Sorri entre as lágrimas.

Ele deu uma risada boba.

Mordi seu ombro e ele gemeu.

T: Ai.

Ri.

Ele subiu as mãos para meus cabelos da nuca e beijou meu pescoço.

Respirei nervoso.

L: Me promete- Falei ofegante- Voltar vivo dessa.

Ele falou no meu ouvido quase o beijando, deixei a cabeça cair para o lado, com o prazer, e o ouvi:

T: Não.

Ri.

Ele se aproximou da minha boca e segurou meu queixo.

T: Eu te prometo que a minha vida é sua.

Pegou minha mão e beijou as costas dos meus dedos com carinho. Ele abriu os olhos para ver minha reação. Eu sorria bobo.


Eu tenho um plano - L3ddyOnde histórias criam vida. Descubra agora