O Garoto Que Amava

05. O Encanto do Tritão

No dia seguinte, na hora do almoço, Cedrico conseguiu falar com Cho sobre algo que ele havia notado pela primeira vez à mesa do café. Harry parou de se esconder. Ao contrário, ele ficou olhando para Cedrico com um olhar intenso no rosto. No entanto, Cedrico não tinha ideia do que estava por trás da mudança, então mesmo que ele estivesse feliz em retornar os olhares de Harry com um sorriso, ele também ficou surpreso. E preocupado. Ele não tinha perdido o fato de que enquanto Harry ficava olhando para ele, ele estava sorrindo abertamente para Cho. Então, ele encontrou seu caminho para a mesa da Corvinal e Cho depois de terminar sua refeição.

"O que aconteceu com o nosso Garoto de Ouro?" Perguntou ele. "Ele saiu de seu esconderijo."

"Eu sei." Cho respondeu com um sorriso. "Nosso pequeno jogo esta praticamente acabado."

"O quê? Como? Eu não acredito em você."

"Pode acreditar. Consegui embosca-lo depois do jantar de ontem. Tivemos um agradável passeio à beira do lago." Cho parecia um gato que tinha acabado de ter uma tigela de creme, ou um pássaro saboroso.

"Não de mãos dadas, não é?"

"Oh sim, de mãos dadas e tudo mais."

"Mas..." Cedrico parecia atordoado. "Mas ele não te beijou, não é?"

"Não, ele não o fez." Cho admitiu: "Mas eu sei como ele se sente."

"Isto ainda não acabou, boneca." Cedrico respondeu com uma rouca imitação gangster de um filme, estilo Humphrey Bogart. "Não até a senhora gorda cantar."

"Oh." Cho fingiu inocência arregalando os olhos. "Madame Maxime canta também?"

Na manhã de quinta-feira cedo, muito antes da hora do café da manhã em Hogwarts, houve uma batida nítida na porta do escritório do diretor. Dumbledore não teve que adivinhar quem estava lhe chamando, ele sabia esta batida depois de anos de experiência. Além disso, poucas pessoas estariam acordadas a es a hora profana. Ele não fazia isto, exceto pelo fato de que ele realmente tinha estado muito ocupado para chegar à sua cama e dormir.

"Posso ter uma palavra com você, Alvo?" Minerva Macgonagall perguntou depois de entrar na sala.

"Certamente Minerva. Como posso ajuda-la?"

"Trata-se de um estudante." Explicou Macgonagall. "Um muito especial, se você sabe o que quero dizer."

"Eu acho que eu faço uma ideia." Dumbledore disse com um brilho nos olhos. "Vá em frente."

"Eu tenho ouvido alguns rumores, sobre Harry Potter."

"Sério?" Dumbledore parecia genuinamente surpreso. "E desde quando você começou a prestar atenção aos rumores, minha querida Minerva. Certamente, isso é muito raro vindo de você."

Minerva Macgonagall ficou um tom delicado de rosa nas bochechas, que também foi bastante diferente do seu habitual semblante sério. "Isto é completamente diferente." Disse ela com altivez. "E se encaixa com minhas próprias observações e é de importância vital."

"Cada vez mais curioso." Disse Dumbledore. "Vá em frente."

"Por favor, Alvo, não zomba de mim." Disse Macgonagall. "E ainda é muito cedo para piadas, de qualquer maneira."

"E eu acho que não existe hora errada para piadas." Dumbledore argumentou. "Mas, por favor, continue."

"Oh, bem, que seja da sua maneira. É sobre o Torneio." Disse Macgonagall. "Você sabe, é claro, que o cálice deve escolher de cada campeão a única pessoa que ele ou ela vai sentir mais falta."