Capítulo 1

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- Kate, preciso dos relatórios para a reunião.

- Já estão prontos Ângela.

- Quando sairmos vamos a um culto comigo?

- Ângela, já te falei que não acredito em Deus.

- Ok...

27 de fevereiro de 2016, São Paulo

Kate estava saindo do trabalho, prestes a entrar no metrô quando vê um homem, alto, moreno, com uma criança pequena, uma menina. O homem estava puxando o braço da menina, enquanto ela pedia para que ele a deixasse em paz. Este incidente trouxe lembranças a mente de Kate.

Quando Kate chegou em seu apartamento já não aguentava mais sua mente fervendo, seus instintos mais primitivos aflorando. Foi até sua adega e pegou o vinho mais antigo que tinha, uma taça, duas taças... a garrafa inteira. E seus pensamentos só pioravam. Kate já não se controlava, pegou sua maleta - aquela que guardava no compartimento do seu armário - e saiu, sem rumo.

- Vou lhe contar uma história, não acho correto que você esteja aqui sem saber o motivo. Minha mãe via 'ele' me olhar, mas não fez nada. Ela morreu, quando eu tinha 8 anos, me deixou sozinha, sabia que eu iria sofrer com 'ele'. Eu tive que fazer o que a dona Suzana não podia fazer por estar presa a uma cama, Suzana fingia que não sabia de nada. MAS SABIA! Todos sabiam. Ninguém fez nada. Ninguém me protegeu, mas eu vou protegê-la... de você.

KateOnde histórias criam vida. Descubra agora