Um novo jogo

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Virei o jogo
Nem todas as cartas estão na mesa.

A ilusionista me presenteia
com a chave das correntes
amaldiçoadas com a benção
do jovem caráter contista.

Eles me pedem para continuar a escrever.
As peças precisam dos meus dedos.
Suas memórias não se
encontram mais na fonte da realização.

Tudo para.
Um transe constante
Durante a transa pulsante.

A falsa rima imaginada
Se esconde nas florestas do
mítico Rei.

A enigmática duquesa avança
para estagnar a insatisfação.

O nobre obscuro retoma suas
profundezas com uma nova
luz.

Correntes esparsas.
A ilusionista recusa a moeda e
rouba minha frieza.

Seu sussurro alega a presença
silenciosa do mistério.

A arte particular de seu jogo de pernas impõe mais um adiamento da vontade de ler Julio Cortazar.  

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