Eu Só Queria Ver A Sua Cara, Selena

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Pov Selena.

Um ano depois...

- Uau, vocês conseguiram mesmo! - Eu digo feliz, olhando para o estabelecimento.

Eu estou completamente impressionada, Charlie e Nat realmente conseguiram abrir uma gravadora, e é linda. Certo que eles demoraram bastante, quase um ano e meio, mas conseguiram e eu estou muito orgulhosa.

- Conseguimos!! - Nat grita bagunçando meu cabelo. Ele é tão engraçado quanto Charlie, talvez isso esteja na genética da família deles.

- Vamos inaugurar no seu aniversário de 22 anos.

- Você está brincando comigo, não é Puth?

Cruzo meus braços apoiando o peso do meu corpo em uma perna só, ele só podia estar ficando maluco, isso é loucura.

- É brincadeira, eu só queria ver a sua cara, Selena.

Reviro meus olhos e empurro seu corpo, nossa vida anda bem agitada desde que ele me contou sobre seu plano, enquanto eu cuidava da minha filha, ele cuidava da gravadora e do restaurante, seu primo o ajudou muito aqui, eu também cheguei a ajudar bastante, mas todo o mérito é deles, eu apenas apoiei. Tivemos um ótimo final e começo de ano, chamar meu pai e a família Bieber para passar as festas juntos virou tradição, qualquer comemoração eles estão lá, eu adoro isso, sempre amei minha família ser unida e meio maluca.

- Você é ridículo. - Murmuro rindo.

- Moma.

Desvio minha atenção de Charlie para Katherine, ela abraça a barriguinha e está com cara de choro, isso vem me preocupando a dias, não é a primeira vez que minha filha vem reclamando de dores na barriga, isso começou quando a coloquei em uma creche por meio período, apenas para que eu pudesse ajudar Charlie e Nat, mas sempre que volta, ela reclama de algo, é o que está acontecendo agora, não faz vinte minutos que saímos de lá. As vezes eu não entendo o que ela diz, ou onde doía porquê sua pronúncia ainda é um pouco enrolada, o que é normal para um bebê de um ano e sete meses, mas isso sempre me preocupa.

- Está doendo de novo, meu amor? - Kath assente e me olha.

Eu posso não gostar quando ela chora, porém o bico que seus lábios fazem me da vontade de morder, Charlie olha para a afilhada preocupado, ele a mima como filha e as vezes eu brigo com ele por isso.

- Muito? - Ela assente novamente e eu a pego no colo, sentindo seus bracinhos abraçando meu pescoço, Charlie parece tão preocupado quanto eu.

- Eu vou para casa, ok?

- Quer que eu chame um táxi?

- Não, tudo bem, não vou gastar dinheiro sendo que eu posso ir andando. - Eu digo dando de ombros.

- Seria mais rápido.

- E caro também.

Me despeço de Charlie e Nat dizendo que os veria no domingo e começo a andar de volta para casa, eu vou ter que ir até essa creche e descobrir o que está acontecendo, isso não é normal, sei que ninguém vai cuidar dela como eu cuido, mas isso não deveria acontecer. A caminhada não é tão longa, a gravadora não fica tão longe da minha casa e eu gosto de andar, assim que chego eu abro a porta com um pouco de dificuldade, Katherine não quer me largar e é um pouco difícil pegar a chave dentro da minha bolsa, sem contar que eu também carrego a dela, largo as duas na poltrona e coloco Kath no sofá, ela ainda parece sentir dor.

Retiro seus tênis e ligo a luz da sala junto com a TV, isso vai mantê-la entretida enquanto eu coloco água com chá de erva cidreira para ferver, minha mãe diz que esse chá melhora essas dores e ela está certa, venho fazendo isso a uma semana e se Katherine não melhorar, vou ter que levá-la ao médico. Deixo que o fogo faça seu trabalho e subo rapidamente para vestir uma roupa mais confortável, pego uma para Kath também e volto a descer a escada, ela assiste o desenho que passa na TV quietinha, eu agradeço por ela ter puxado esse lado meu, troco sua roupa devagar enquanto ela faz um pouco de manha, ela ainda é um bebê e manha é algo natural deles.

We Don't Talk Anymore [Jelena]Onde histórias criam vida. Descubra agora