Ventania

A verdade

Depois de Beatriz assistir a vida da mãe se esvaindo sem poder ajudar, o corpo dos seus pais emanavam luz, na mesma hora, o antes era corpo se tornou chuva, e de lá ela pode ver os dois caminhando num feixe de luz até sumir.

Sem conseguir conter as lágrimas e o desespero, a dor cortando amargamente seu peito, ela decide ir a casa da avó Patrícia. Só ela sabia ajudá-la​ naquele momento. Então ela saiu do chão da varanda, se levantou e foi atrás das chaves do carro, e mesmo se fazendo de forte ela chovia por dentro sem parar.

Chegando lá, a avó estava sentada na entrada da varanda segurando o seu casaco, um casaco q ela sempre amou, vinho, feito de lã, mas deixava na casa da avó porque a mãe sempre coloria as roupas dela sem querer.

Chegando mais perto, saiu às pressas, deixou a porta do carro aberta e só abraçou a avó, como se ela fosse deixá-la também.

- Eu preciso te contar muitas coisas, e você tem que ser forte e se preparar para ouvi-las. Minha querida neta, a chuva só passará quando você se acalmar.

Beatriz se perguntava o que ela estava falando, mas essa última coisa, a avó sempre dizia desde quando ela era criança.
A avó mandou ela sentar e começou a contar:
- Minha querida, acho que sempre se perguntou o porquê eu sempre saber quando chegaria, ou se acontecesse alguma coisa, eis que a hora chegou e poderei lhe dizer. Eu sou vidente, controlo o elemento Água, assim como seus pais, e todas aquelas histórias que te contava pra dormir, eram reais, é o nosso legado desde que nascemos.

Mas Beatriz, se levantou e se afastou, correu, a mente dela estava um caos. Primeiro foi a morte dos pais e aquilo tudo acontecendo, sem entender como a vida pode mudar tanto assim...
Correu e conseguiu chegar até a parte preferida daquele lugar, o lago.
Lá ela chorou, gritou e tentou entender o porquê tudo estava de cabeça pra baixo.

Depois ela voltou...