HELENA CARTER— Marcos... Marcos para.— digo e tento empurrá-lo de cima de mim.
— O que foi?— ele pergunta ainda beijando meu pescoço.
— Eu não quero — ele para de morder minha orelha e aperta minha coxa.— Para Marcos!— aumento o tom de voz e tiro sua mão da minha coxa.
Marcos sempre foi mais apressado com isso, mas eu não queria, me sentia desconfortável, não me sentia bem com isso.
— Eu não quero!— disse e ele me olha com desaprovação ou um pouco de raiva.
— Por que não quer?— Marcos pergunta enquanto se senta na cama.
— Porque acho que ainda não é a hora certa para isso.
— Hora certa?— ele bufa e revira os olhos. — E qual é a hora certa?
— Eu não sei, só não estou afim de fazer isso. Não agora.
Marcos se levanta da cama e me olha com desdém antes de sair pela porta, me levanto rápido e vou atrás dele.
— Marcos, espera, vamos conversar.— disse quando o encontrei descendo as escada.— Marcos...
— Conversamos amanhã, Helena.— ele diz grosso, parece mais um ogro falando.
— Não, Marcos, eu quero conversar agora!— digo exigente e ele vira as costas para mim e continua descendo as escadas fingindo que não me ouviu.— VAI SE DANAR, MARCOS!— grito da escada mesmo sabendo que ele não vai me ouvir.
Eu odeio que virem as costas para mim. Eu odeio que fingem que não me ouviu. Vou para o meu quarto e bato a porta com força, dou vários socos no travesseiro e depois o jogo longe.
— Vai quebrar a casa desse jeito.— diz John entrando no quarto com sua cara de retardado.
— Vai a merda, John, e saia do meu quarto!— disse e tampei uma almofada nele.— Se não sair do meu quarto vou te matar enforcado.— o ameaço e ele ri.
— O que aconteceu, está de TPM?— diz rindo e eu me estresso mais.
— Não te interessa, idiota.
— Brigou com o Marcos, né? Eu ouvi você gritando com ele.
— Marcos é um idiota, com certeza amanhã ele vai implorar por desculpas.— falei convencida.
— Por que vocês brigaram?
Fiquei quieta por um tempo pensando no que dizer.
— Ah, não interessa! Sai do meu quarto, quero dormir.
— Está bem!
Ele sai do quarto e eu me jogo na cama. Pensei em Marcos e na discussão, se ele me perdoaria, e se a culpa disso foi minha. Na verdade a culpa foi dele, Marcos tem que entender que eu faço o que quero. Estava cansada, porém não consegui dormi, minha cabeça doía e meu corpo parecia fraco.
Fiquei a tarde toda no quarto ouvindo música, coloquei um rock bem alto para tocar para ver se meus pensamentos idiotas sumissem.
— Abaixa isso sua doida!—grita Anna entrando no quarto.
— Não. Agora sai do meu quarto, Anna Banana.— grito de volta e ela se irrita por causa do apelido que dei a ela.
— Uuuuulllll — grita John entrando no quarto fazendo uma dançinha ridícula.— Aumente o som, porque vai rolar uma festança aqui.— Ele pega uma almofada e faz de guitarra e continua dançando.— O astro do rock chegou, Baby.
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Para Sempre Ao Seu Lado
RomanceHelena Carter, 17 anos, mora com os pais e os irmãos em New York. Sempre foi uma garota com personalidade forte, não tem uma relação muito boa com a família, mas acredita que com os amigos e o namorado pode recompensar a ausência da mãe. Quando tud...