Capítulo 1

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Começo a caminhar para minha casa, sentindo o vento frio do início da noite.
Olho para o céu vendo que já estava escuro.
Andei mais cinco minutos e finalmente cheguei. Peguei a chave na bolsa quase deixando cair os livros que estavam nas minhas mãos, abri a porta e entrei a fechando atrás de mim. Larguei meu sapato e minha mochila na sala e fui direto para o banheiro, tomei um banho quente e vesti um conjunto de moletom com uma meia.
Fui para a cozinha e botei uma lasanha no microondas, em seguida peguei meus livros e comecei a estudar para a prova de amanhã.
O microondas fez seu barulho, afirmando que a lasanha estava pronta, peguei um garfo e sentei de volta na mesa e comi enquanto estudava.
Passou uns dez minutos e meu celular apitou, o peguei e li a mensagem da Jenny "vamos sair hoje? Sei de uma ótima boate", suspirei lembrando que na semana passa Jenny me chamou para sair e eu recusei, não queria que ela pensasse que estou fazendo desfeita, mas eu estou muito cansada. Então digitei "Jenny, estou muito cansada, pode ser outro dia?", e ela me respondeu com um "Ok".
Botei o celular no silencioso e voltei a estudar.
Já eram umas 23:00 horas e eu estava morta de sono, meus olhos já fechavam sozinhos, mas eu me obrigava a ficar acordada, pois ainda não achava que tinha estudado o suficiente.
Olhei para a matéria de Sociologia bem na minha frente e meus olhos ficaram embaçados, então deitei a cabeça na mesa para descansar por alguns segundos e acabei dormindo.
...
Acordei me esticando e passei a mão no meu pescoço dolorido, talvez pela posição que dormi. Levantei da cadeira indo pro banheiro. Fiz minha higiene e comecei a me arrumar. Peguei um pacote de biscoito e fui comendo enquanto andava para a faculdade.
Eu podia ir de ônibus, ou pegar uma carona com Jenny, pois ela sempre se oferece para passar aqui de carro e me buscar, mas eu prefiro ir andando, sentindo o vento e enquanto ando posso ir revisando toda a matéria na minha cabeça.
Cheguei após alguns minutos andando, entrei e fui direto para a sala, o professor já estava dando as provas, e me cumprimentou com um "oi, atrasada de novo né!?", eu apenas sorri e me sentei. Ele me entregou a prova e eu fiz em alguns minutos, fui a primeira a entregar e logo saí.
Fiquei sentada no pátio mexendo no celular, editando algumas fotos e postando algumas.
Senti alguém sentando do meu lado e em seguida um braço no meu ombro, me virei vendo que era o Doug e o cumprimentei com um selinho. Sim, Doug é meu namorado.
- Por que não me ligou ontem a noite? - Doug perguntou.
- Por que não me ligou? - Devolvi sorrindo.
- Tava estudando pra prova! - justificou.
- E eu também! - Disse levantando a sobrancelha e ele sorriu.
- Ok, vou te ligar hoje. - Parou por alguns segundos. - Mas que prova difícil hein.
- Não achei não. - Disse e ele revirou os olhos.
- Você é inteligente e estudiosa, óbvio que não achou difícil.
- Você só não estuda por preguiça. Sempre falo pra você ir lá pra casa estudar.
- Se eu for pra sua casa pra estudar, não vamos estudar. - Disse com um sorriso malicioso e eu ri.
- Verdade. Então vamos estudar na biblioteca.
- Amanhã tem prova?
- Sim
- Vamos estudar com certeza, to na vala.
- Mas a hora que nós saimos a biblioteca da cidade já está fechada.
- Vamos estudar lá na cafeteria, é silencioso e minha mãe vai nos dar biscoitos de graça.
Os pais do Doug são donos de uma cafeteria, que é perto da biblioteca, quando vou estudar sempre compro café antes de ir.
- Ok. Mas preciso passar em casa pra pegar uns livros.
- Tranquilo, a gente passa lá.
Olhei pra frente e vi Jenny, acenei com a mão, mas levei um belo vácuo, ela virou a cara e passou direto.
- O que houve? - Doug perguntou franzino a testa.
- É porque ontem ela me chamou pra sair e eu recusei, de novo.
- Ela deve estar bem puta.
- Não tenho culpa, eu estava cansada e estudando. Se saio, ia chegar tarde e hoje não ia conseguir fazer uma boa prova.
- Tem razão. Mas sei lá, chama ela pra sair no final de semana. Ela é sempre boa com você.
- Não sou má com ela, só não tenho intimidade. Ela nunca tem assunto, sempre chega em mim quando to estudando, o que quer que eu faça?
- Sei lá! - Parou não parecendo se importar com isso, nem eu tava me importando.
Ficou um silêncio chato até o sinal bater e vários adolescentes começarem a surgir.
Depois do intervalo eu e Doug fomos pra sala juntos. Nós fazemos a maioria das aulas juntos, pois ele faz a mesma coisa que eu: Direito.
Depois das cansativas aulas, saímos juntos até o estacionamento, entramos no carro de Doug e fomos até minha casa, depois de pegar os livros fomos direto para a cafeteria. Assim que Doug parou o carro nós descemos e entramos.
Senti o delicioso aroma de café, por mais que a cafeteria já estivesse fechada, o cheiro ficava no ar.
- Oi Jennifer, como vai? - Dona Alice disse sorrindo.
- Ta tudo bem, e a senhora? - Sorri de volta.
- Estou bem sim. Quer alguma coisa? Biscoito, café?
- Não, obrigada.
- Quer sim, você não come desde que horas? - Doug se meteu.
- Desde que sai casa, mas não to com fome.
- Pode preparar os biscoitos e o café mãe, ela vai comer sim. - Doug disse e eu revirei os olhos, mas não disse nada.
- Ok. Já sai em um instante. - Ela disse sorrindo.
- Vamos sentar na mesa lá do canto mãe, é mais afastada, e melhor pra estudar.
- Ta bom. - Disse e entrou pra fazer os biscoitos.
Sentamos na mesa que Doug disse e já abri os livros. Começamos a estudar e no começo ele não tava entendo nada, mas depois começou a entrar na cabeça dele. Sorte que tenho bastante paciência. Depois a mãe dele levou o lanche e nós comemos um pouco.
- Uma pausa, por favor. - Doug disse abaixando a cabeça na mesa. - Minha cabeça já ta doendo.
- E minha garganta também. Expliquei as mesmas coisas pelo menos oito vezes.
- Não presto atenção nessa aula, então é difícil pra mim.
- Mas você ta conseguindo entender?
- Sim. Mais ou menos. No começo não tava entendo, aí consegui entender e depois me distraí de novo.
- Com o que?
- Com suas pernas. Têm que parar de usar saia perto de mim.- Disse me analisando.
- Você é um tarado! - Disse dando um tapa de leve nele e rindo.
- Você gosta! - Disse brincando e me beijou.
Ficamos nos beijando, parei pra ver se sua mãe não tinha voltado do banheiro, e continuei o beijo ao ver que não.
Ele começou a passar a mão pela minha coxa, até chegar na calcinha. Beijou meu pescoço e tava tão bom, quando...
Meu celular toca.
- Mas que droga! - Me afastei dele e peguei o mesmo.
- Deixa tocar! - Disse beijando meu pescoço, o empurrei e vi o número.
Meus olhos se arregalaram, e eu soltei o celular sem querer.
- Que foi? Quem é? - Doug perguntou assustado.
- É o Justin. __________________________________
Hellooo people...
Comecei esse livro e espero que gostem.
Vem muitas tretas por aííííí...

Por debaixo do VéuOnde histórias criam vida. Descubra agora