Destinos Traçados ♥⭐

cap 1

                     Mariana

- "Filha lá não é lugar pra você!" - disse minha mãe tentando fazer com que eu mudasse de ideia.

Coisa que não vai acontecer. Quando Mariana põe uma coisa na cabeça, não tem quem tire. Eu estou decidida a ir para o Rio de janeiro, passar minhas férias  com minha irmã, e poto final.

-"Mãe, eu já decidi!

-" Você não decide nada, ouviu bem? Eu sou sua mãe, você é menor de idade, me deve obediência. Quem tem direito de decidir algo por você sou EU "- deu ênfase no "eu" - e eu já decidir é NÃO MARIANA!

-" Mãe você não pode me prender assim!

-" Posso, e já decidir, é NÃO, você NÃO vai!

Sai bufando da sala. Que ódio. Se minha mãe acha que tem direito de me preder desse jeito, ela esta muito enganada.

Já sou uma mulher feita. Tenho 17 anos, sou independente e sei me cuidar muito bem sozinha .

Não consigo entender velho! Minha mãe nunca bancou a "protetora" sempre mandou que eu me virasse porque eu já sou uma mulher feita. Mas ai eu decido ir passar umas férias com minha irmã e ela faz com que eu me sinta uma criança retarda.
Eu sei que onde minha irmã mora não é um lugar no qual eu estou acostumada a ir, mais mesmo assim eu vou, preciso de ares novos. Outras vibes. Eu estou cheia desse lugar, dessa bolha onde minha mãe me prende, preciso me liberta, quero liberdade.

-" Se ela pensa que eu vou desistir, ela está muito enganada! "- falo comigo mesma enquanto pegava meus fones de ouvido. Coloquei os mesmos no ouvido e liguei a playlist aleatória. Estava tocado Alma de pipa -Tribo da periferia.

Agora ela tem alma de pipa, avoada
E coração de marguerita gelada
Corpo de Patricia mente da quebrada.
Um dia foi amada mais não adiantou nada.

Ouvi minha mãe me chamando atrás da porta, aumentei ainda mais o volume da música e quase não dava pra ouvir a voz da minha mãe. Ótimo!

                        ***

Acordei meio atordoada, até porque não tenho costume de dormir a tarde. Desliguei a playlist e coloquei meu celular pra carregar.Fui no banheiro fazer xixi, lavei o rosto.  Ouvi minha barriga roncar, descido ir até a cozinha procurar  comer alguma coisa. Desci as escadas e vir minha mãe sentada na mesa olhando alguns documentos.

-" Filha, acho que precisamos conversar "- falou, com um tom suave na voz.

-" Se ainda "acha" "- gesticulava com os dedos -" então não fale. Agora quando você tiver "certeza", eu estou a todos ouvidos.

Passei por ela e fui em direção a geladeira. Abri a mesma e peguei um pedaço de bolo de chocolate e um refrigerante.

-" Isso é jeito de falar com a sua mãe, Mariana? -" olhei ela de soslaio.

Fui em direção ao meu quarto e antes de entrar sentir meu braço sendo puxado pela minha mãe.

-" Agente precisa conversar!

-" Então fala mãe. Fala que você manda em mim. Fala que eu dependo de você "- cuspia as palavras na cara dela -" Vai mãe, joga na minha cara. Não é isso que você sabe fazer?