03// "você já tem planos pra hoje a noite?"

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Me acordo com a luz do sol no meu rosto, abri os olhos lentamente e me espreguicei, olho a hora no meu celular e vejo que são dez horas, eu já falei que sábado é o meu dia favorito?

Me levanto da cama e caminho até o banheiro, ligo a torneira e começo a fazer minha higiene matinal, tiro minha roupa, entro no box, ligo o registro do chuveiro e deixo a água cair livremente pelo meu corpo.

Fico por mais alguns minutos no banho, desligo o chuveiro e me enrolo na toalha saindo do banheiro e indo diretamente para o closet, visto um short jeans, uma regata vermelha, e penteio o meu cabelo deixando ele solto.

Desço para a cozinha encontrando minha mãe fazendo alguma coisa na pia, o papai provavelmente está na boca.

- bom dia.- mamãe olhou para trás me lançando um sorriso.

- bom dia filha, eu já guardei as coisas do café da manhã, mas tem pão e bolo.

- tudo bem, não estou com muita fome.- ela voltou a fazer o que estava fazendo antes.- o papai foi para boca?- me sentei na mesa e peguei uma maçã.

- sim, acho que se o seu pai pudesse me trocar pela boca já teria trocado a muito tempo.

- estou com saudades do vovô...- mordi minha maçã.

- também estou, mas ele está muito ocupado, agora com essa filial que ele abriu na Austrália está tendo trabalho em dobro.

O meu avô é dono da rede de calçados Godoy, ele mora no Estados Unidos, minha mãe cuida das filiais dele daqui do Brasil. Se vocês estiverem se perguntando: se sua mãe é tão rica assim, por que vocês moram em uma favela?

Minha mãe se apaixonou pelo meu pai, ela morava na área nobre só que se apaixonou pelo meu pai, eles dois ficaram juntos e ela veio morar aqui, mas ela terminou a universidade, se formou em administração e agora comanda as filiais do meu avô.

De acordo com a tradição, quando meu avô morrer ou estiver debilitado por causa da idade quem vai assumir a empresa é minha mãe, e quando acontecer a mesma coisa com ela eu irei assumir, mas não é isso que eu quero, eu quero me formar em moda e abrir o meu próprio ateliê.

- entendo, então só verei ele no natal?

- quem sabe ele não venha no meu aniversário.- sorriu.

- é, quem sabe.- terminei de comer minha maçã.- mãe, estou indo na casa da Emy.

- tudo bem filha.

Saí de casa e subi o morro assoviando qualquer música, estava tão distraída que esbarrei em alguém, quase fui ao chão mas um braço forte me segurou.

- ué priminha, tá afim de beijar o chão?- Rafa me ergueu.

- estava distraída.- arrumei minha roupa.

- e quando você não está?- falou irônico- está indo para onde?

- para casa da Emy.

- então eu vou junto.- começou a andar.- você não vem?- olhou para trás.

- você acha mesmo que é uma boa ideia você ir?- perguntei incerta.

- claro, a Emily me ama.- falou convencido.- ela vai amar me ver.

- eu não sei em que mundo você vivi, mas no meu ela te odeia.- comecei a seguir ele.

- aquilo é tesão encubado.- passou os braços em volta do meu corpo.- ainda vamos nos casar, você vai ver.

- você gosta mesmo dela né?

- você acha que eu iria insistir tanto em uma pessoa que eu não gosto?

- você deve lutar por ela.- incentivei.- eu shippo tanto vocês dois.

- eu também shippo priminha, afinal, quem não shippa não é mesmo?

- aí, cala a boca, se o pai dela estiver em casa ele vai te colocar correndo para fora.- falei sorrindo.

- pouco me importa o pai dela, o que me importa é ela me aceitar.

- a Emy é uma pessoa muito focada no que quer, você vai ter que lutar muito para ter o coração dela.- falei sincera.

- e eu vou Isa.- falou decidido.

Chegamos na frente da casa da Emy e o Rafa se endireitou, ficou até parecendo que é gente.

- QUERIDA, CHEGUEI.- gritei histérica no meio da rua.

- aí meus tímpanos.- Rafa reclamou. A porta se abriu e Emy apareceu.

- aí garota, como você é escandalosa.- saiu de casa e fechou a porta.- o que essa coisa está fazendo aqui?- olhou feio para o Rafa.

- eu vim te ver amorzinho.- sorriu galanteador.

- vou ignorar você e espero que você faça o mesmo comigo.- voltou sua atenção para mim.- vamos sair daqui porque daqui a pouco o papai chega e você sabe né...

- sei.- suspirei pesado.

- vamos na minha casa então.- Rafa sugeriu.

- não.- Emy falou rápido.

- calma gatinha, eu não vou fazer nada que você não queira.

- para vocês dois e vamos logo.- saí puxando a Emy.

Caminhamos em direção a casa do Rafa que era um pouquinho menor que a minha, chegamos e eu já fui entrando.

- MÃE, OLHA QUEM TÁ AQUI.- gritou perto do meu ouvido.

- para de gritar seu escandaloso.- Emy reclamou.

- olha se não é minha sobrinha favorita.- falou vindo da cozinha.

- eu sou a única né tia Geovana.- sorrio.

- como você está grande.- me abraçou.- e ainda trouxe minha futura nora.- olhou para Emy que ficou mais vermelha que a cor da minha blusa.

- já é sua nora mãe.- Rafa abraçou Emy fazendo ela ficar mais vermelha ainda.

- desinfeta Rafael.- empurrou ele.- isso só aconteceria nos meus piores pesadelos.

- eles me lembram a Manu e o Felipe.- tia Geo falou sorrindo divertida.- brigavam tanto e olha agora, estão casados e com uma filha linda.

- não jogue uma praga dessa em mim por favor.- Emy fez uma careta.

- vou fazer um lanche para vocês, podem ficar a vontade.- tia Geo saiu.

Sentamos no sofá, Emy ficou do meu lado tentando ficar o mais longe possível do Rafa, aí Deus, esses dois ainda vão se casar e eu vou ser a madrinha.

- calma Emy, eu não mordo, só se você pedir- provocou.

- affe, se vocês querem ficar de namorinho é só irem para o quarto, eu não sou obrigada.- falei sem paciência.

- você já tem planos para hoje a noite?- Emy olhou para mim.

- não, eu pretendia colocar minhas séries em dia...- ela me interrompe.

- qual é, é sábado, que tal irmos ao baile?- sugeriu animada.

- opa, baile? Já tô lá.- Rafa se intrometeu.

- ninguém te chamou Rafael.- Emy falou de cara fechada.

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Oi coalas, tudo bom?

Na verdade eu não tenho nada para dizer, só vim aqui encher o saco de vocês mesmo u.u

Até amanhã, bjundas para vocês ;*

A Princesinha do MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora