Capítulo 7

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#Mafalda a narrar

Depois de termos estado um bocado à conversa com a equipa de voleibol tivemos de vir embora, pois o Max ainda me queria levar a outro sítio.
Sinceramente, ainda não consigo acreditar que ele me trouxe até aqui, não é que não tenha gostado, porque gostei imenso, mas não estava de todo a espera que tal acontecesse.

Entretanto no carro:

Eu: Então e onde é que vamos agora?

Max: Vamos almoçar e depois vês onde vamos.

Eu: Não me vais dizer?

Max: Não, vais ter de esperar para ver. Só te digo que é um sítio que tu adoras e eu também!

Eu: Há tanto sítio que ambos adoramos, isso não foi grande ajuda. - digo amuada por ele não me dizer.

Max: A ideia é essa Mafalda. - diz a rir-se - Espera mais um bocado que já vês.

Eu: Pronto, está bem. Mas posso ao menos saber onde vamos almoçar ou nem isso?

Max: Não sejas impaciente, quando lá chegarmos vês, até parece que não confias em mim para ires para um sítio que não sabes qual comigo.

Eu: Não é nada disso e tu sabes. Simplesmente não gosto de não saber onde vou.

Max: Alguma vez te levei a algum lugar que não gostasses?

Eu: Não.

Max: Então pronto, confia em mim e já vês.

Eu: Aff, ok.

Entretanto chegaram ao restaurante onde iam almoçar que era ao pé da praia, almoçaram e foram para a praia.

Eu: Tanto suspense para virmos à praia?

Max: Sim, se eu te dissesse ias logo começar com coisas de "ah não está tempo para ir à praia" - diz tentando imitar a minha voz.

Eu: E não está. - digo a rir-me - Mas, o que viemos cá fazer, aposto que não foi só passar o tempo e olhar para o mar.

Max: E não, foi para outra coisa.

Eu: É agora que me vais dizer o que tinhas de manhã?

Max: Sim, mas por-favor deixa-me falar até ao fim, pode ser?

Eu: Claro que sim.

Confesso que estava bastante preocupada com o rumo que esta conversa poderia levar, pois quando falamos deste assunto ontem a conversa não acabou da melhor forma e tenho medo que desta vez também não corra.

Max: Eu pensei bastante na conversa que tivemos ontem, aliás, acho que nunca pensei nesse assunto tão a sério como nas últimas horas e por muito que me custe admitir eu sei que tu tens razão naquilo que me disseste, mas sempre que eu tento andar para a frente e esquecer o que aconteceu aparece algo que me lembra do quanto me custou ver a minha mãe sofrer por causa do que o meu pai fez e do quão mal passei com a situação toda que a Bianca provocou, ainda hoje tenho alturas em que quando fecho os olhos vejo a imagem do meu pai a trair a minha mãe e a imagem da Bianca a fazer-me exatamente o mesmo. E sim, eu sei que não posso andar a fazer o que faço e que não posso andar com uma diferente todos os dias, mas depois de tudo eu não me consigo apegar a ninguém e é bastante complicado para mim confiar em quem quer que seja, à exceção de ti, e tu sabes disso tão bem quanto eu. - ele para de falar como se tivesse a ganhar coragem para continuar - Então, eu cheguei à conclusão que sim, tu tens razão e que eu tenho de mudar, não posso continuar a fazer o que ando a fazer, não é justo para mim nem para as raparigas, mas sei que não o consigo fazer sozinho e também não quero estar a preocupar a minha mãe com o facto de ainda não ter ultrapassado tudo, por isso, eu quero que sejas tu a ajudar-me, por-favor!

Eu: Por esta eu não estava a espera, mas fico realmente feliz por teres pensado no que te disse ontem, por momentos pensei que talvez o melhor tivesse sido ficar calada mas pelos vistos ainda bem que não o fiz. Eu percebo que não seja fácil para ti ultrapassar isso tudo, mas eu acredito que tu consegues e tu tens de acreditar também, só assim o vais conseguir, já para não falar que tens de ter também força de vontade para o fazeres.

Max: E eu tenho essa força de vontade e também acredito que vou conseguir, mas também sei que não o vou conseguir sozinho, preciso de ajuda para tal. Por isso, podes por-favor responder a minha pergunta? - diz nervoso.

Eu: Se me tivesses deixado acabar de falar já tinhas resposta, mas sim, eu ajudo-te, como sempre fiz e como sempre vou continuar a fazer, até porque eu só te quero ver bem e quero o meu melhor amigo de volta a 100% e não só a 50%. - digo a rir-me.

Max: Estas a falar mesmo a sério?

Eu: Sim, estou. Agora diz-me, o que pretendes fazer para começar?

Max: Ainda não sei, mas por enquanto quero não pensar nisso, só até ao jogo de domingo, por-favor.

Eu: Parece-me bem, até porque tens de te concentrar na preparação do jogo e no jogo.

Max: Obrigado!

Eu: Por?

Max: Por mesmo depois de tudo e de eu na altura te ter tentado afastar nunca o teres feito, por me teres sempre ajudado e por o continuares a fazer e por seres a melhor amiga que eu alguma vez podia ter.

Eu: Obrigada eu por teres confiado em mim na altura para te ajudar e por, também tu, seres o melhor amigo do mundo!

Max: Posso fazer-te uma pergunta e respondes com sinceridade?

Eu: Claro que sim!

Max: Ficaste chateada por termos ido visitar a equipa de vólei?

Eu: Não, claro que não, mas não estava nada a espera nem estava preparada para voltar a entrar naquele pavilhão, mas acho que me fez bem voltar. - digo a sorrir.

Max: Eu ainda ponderei se era boa ideia ou não mas decidi arriscar na mesma. E tens a certeza de que queres ir ao jogo no sábado?

Eu: Querer quero, se consigo é que já é mais complicado. É completamente diferente entrar lá em ambiente de jogo e em ambiente de dia de treino e não sei se estou preparada para voltar a ver um jogo sem me lembrar do que aconteceu.

Max: Está a ficar tarde, vamos andando?

Eu: Sim.

Fomos para o carro e o Max deixou-me em casa.

Eu: Quando chegares avisar por-favor.

Max: Claro que sim. Até amanhã.

Eu: Até amanhã.

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