Capítulo único: acredite, seu horóscopo nunca mente.

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Algumas coisas nunca mudam.

Nunca.

Mesmo quando se tem vinte e quatro anos na cara.

Isso mesmo. Eu, Byun Baekhyun, admito que mantenho a minha tradicional rotina matinal todo santo dia. E isso inclui ler o meu querido aka fiel amado horóscopo, aquele que conta toda a verdade de como será o meu dia.

"Hoje será o dia mais feliz da sua vida." — li em voz alta o que estava escrito no site.

Caso você também queira consultar, acesse "Tudo sobre você". O melhor site sobre horóscopos da Coreia.

Hashtag garoto propaganda sim.

— Isso só pode ser piada. — bufei, irritado demais com tudo ao redor.

Poxa, parecia que, até mesmo, o site estava tirando uma com a minha cara. O motivo? Bem, estar brigado com o seu namorado no dia do seu aniversário é um saco. Chanyeol, aquele idiota, não me enviou uma mensagem quando deu meia noite, aliás, aquele ingrato não me enviou nenhuma mensagem até agora.

Senti-me abalado? Sim, claro, com certeza!

Enfim, o importante era que o site nunca, nunquinha, errava algo, portanto, se hoje seria o melhor dia da minha vida, é claro que eu estarei ansioso por isso. Lê-se com uma voz empolgante.

Olhei pela janela e quase soltei um palavrão ao notar as gotas d'água que desciam freneticamente. Sério? Sério mesmo? Onde estão os vários e vários parabéns vindo ao pé da orelha, cadê os carinhos bobinhos típicos de uma manhã chuvosa? Típico de uma manhã especial? Quer saber, que se dane, está proibido de citar o nome Park Chanyeol hoje, tenho certeza que isso é tudo culpa dele.

Mesmo a contragosto, coloquei uma roupa quentinha barra cheirosa e rumei para tomar café na lanchonete aqui perto — claro que peguei o guarda chuva antes, não quero chegar molhado no trabalho.

O atendente era uma completa gracinha, Chanyeol — ops, ignorem esse nome — não gostava quando eu dizia isso, todavia, era impossível não achar adorável o modo atrapalhado como o Yixing — o atendente chinês — recebia os clientes.

— Baekhyun, — aquele que eu estava a comentar cumprimeintou-me. — feliz aniversário. — sorriu, mostrando aquelas benditas covinhas.

Chorei de fofura.

— Ah, — soltei o ar pela boca. — muito obrigado, Lay. — agradeci, sentando-me em uma mesa vazia(escondendo a sombrinha discretamente). — Por favor, me traga uma grande dose de café e duas torradas. — pedi, fugindo da comida tradicional coreana, afinal, hoje era o meu dia, não havia problemas eu comer essas coisas.

— Claro. — respondeu, sem anotar o meu pedido.

Às vezes eu me pergunto como ele continua a trabalhar aqui. Enfim, eu já estava quase atrasado para o trabalho, então tentei não enrolar muito e comi o mais rápido possível. Lê-se: enfiei tudo goela a dentro.

Sai da lanchonete às pressas, correndo para alcançar o ônibus, sentindo a lama provinda da chuva respingar em minha calça. Poxa, como é que este seria o melhor dia da minha vida se, até mesmo, o dia estava contra mim? Não dá, produção me ajuda.

Ignorei a raiva crescendo no peito e paguei a passagem, pois, aparentemente, eu havia esquecido o cartão de passagem em casa. Aff, eu tenho certeza que isso também é culpa daquele que não se pode ser citado. Procurei sentar no final do coletivo, dado que o meu guarda-chuva estava encharcado e eu precisaria — tentaria — limpar a minha calça de ex cor branca. Pois é, até na cor da bendita calça eu havia errado em escolher.

Eu disse sim!Onde histórias criam vida. Descubra agora