Capítulo 2: Alianças

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       O menino estendeu uma de suas mãos em sua direção, ela fica um pouco receosa mas segura a mão do rapaz:
          - Me chamam de Fantasma. - o menino da uma pequena risada e responde
          - Ah sim, Mão leve,  e o meu nome de ladrão. Mas o meu pai me deu, quando eu nasci. Qual nome ele te deu quando você nasceu ?
         - Eu não tenho pais, eles sempre me chamaram de Fantasma, fui deixada na porta dos meus donos.

     Antes que Mão leve  pudesse contestar a informação, Lupe que tinha sumido desde que Mão leve tinha chego a Solari, se aproxima de Fantasma e começa a farejar  sua capa, e logo depois para em sua frente e a baixa a cabeça:
       - o que ele tá fazendo? Pergunta assustada
 

- Ele tá sentindo o seu cheiro, parece que gostou de você. - Fantasma faz um leve carinho em sua cabeça - Essa capa que você usa e da onde? Roubou de alguém?
      - Não roubei nada, - disse ela irritada - Foi deixada comigo quando eu nasci, e única lembrança do meu passado.
     - Calma não precisa de tanto drama, sabe como fugir daqui?  Pergunta Mão leve olhando para a parte de baixo da muralha - Acho que pular não é uma boa estratégia.
      - Sei lá me diz você, Ladrão .
      - Mão leve, meu nome e Mão leve, e..  eu não pensei nessa parte.
       O ladrão fica pensativo, os olhos de Fantasma correm até às caravanas que estavam paradas e uma ideia surgiu a mente:
        -  o Ad... meu Sr;  me disse que caravanas chegam e saem todos os dias, a gente pode se esconder em uma delas e sair daqui.
    O rapaz, pensa um pouco, e responde:
       - E uma boa ideia mais como vamos fazer se nós descobrirem ?
      - Aí a gente corre o mais de pressa possível. - os dois riem mas a risada e interrompida por uma grande trovoada que faz os dois levarem um pequeno susto, uma grande tempestade se aproximava.
      - Sabe de algum lugar para a gente passar a noite? Com comida de preferência. - pergunta o ladrão ao sentir os pingos gelados da chuva.
      - A Ama, sempre me disse que conseguia comida na rua do mercado, e podemos voltar pro lugar onde eu estava, mas ao nascer do dia temos que fugir.
      - Pode ser, contanto que seja antes dessa tempestade. - diz o menino olhando para o céu levemente assustado
        - Tem medo da chuva? Ladrão!  - pergunta Fantasma começando a rir.
         - Claro que não, vamos logo, vem Lupe.
           Fantasma olha uma última vez para a paisagem abaixo muralha e segue seu novo amigo.

Diário de Adam

       [...]
     Meu pai havia oferecido um jantar a alguns amigos dele, para comemorar os bons ventos que chegavam a cidade.
      Foi nessa época é que consegui com um dos mercadores um livro de ervas extremamente raro, como ele passei de um simples jovem curandeiro, para o mais importante da cidade.
       Meu pai fez questão da melhor safra de vinho, que fez com que os homens ali presentes ; começassem a falar sobre tudo até o que não devia chegar aos ouvidos de ninguém.
      Um comandante de Solari  contou que o governador que tanto falavam era alguém que raramente aparecia, durante boa parte do tempo o comando da cidade estava com o clero, que dificulta muito as coisas para ele.
        Meu pai, não conseguiu resistir ao e acabou revelando um segredo também, porém era do meu tio. Sua mulher Helena era infértil, seu ventre era seco, pois nunca deu ao meu tio um único herdeiro. Com essa informação em mente resolvi arriscar em uma nova oportunidade.
         Que se desse certo, ajudaria ela a engravidar,  e  eu ficar conhecido. No dia seguinte convenci meu pai a me mandar a Solari, passar um tempo com meus Tios. Quando cheguei lá fiz como já havia planejado, dei Helena um chá especial que facilitaria, a chegada do novo membro da família.
          Meu tio Loreto, era o chefe da guarda porem a ausência de herdeiros, lhe sobrava trabalho e desgostos, desde dos tempos da guerra.
       Segundo ele, quando tinha voltado, sua esposa Helena, tentou lhe enganar com um criança. Era bem pequena e parecia ter nascido a pouco tempo, porém a desconfiança era grande.
       Pressionada para dizer a verdade, sua esposa contou que um dia anterior a sua chegada a menina tinha sido deixada na sua porta, com um fantasma.
           Irado, ele pretendia entregar a criança porém podia acabar morto, por conta da febre dos filho da noite,  pensou seriamente em larga lá na rua ou coisa parecida.
       Então sua governanta o convenceu do contrário, a Ama,  assumiria a responsabilidade pela menina, caso tivessem problemas, e quando crescesse teria a oportunidade de pagar pela hospedagem de tantos anos.
        Era só deixa-lá no porão onde ninguém iria vê-la, e estaria segura tanto a família quando ela mesma, no fim ele seria apenas um "bem feitor " podia dizer que ela invadiu o lugar.
        
                         *****
        7 anos se passaram e nada de sua mulher lhe dar filhos, um dia resolveu beber demais e descer até o porão ele tinha se esquecido completamente da menina ali mantida, quando a viu pensou que era um fantasma.
         Então começou a chamar lá assim; daquela noite em diante começou a cobrar pela comida que servia, de um jeito peculiar e perverso.
          Nós messes que seguiram a gravidez de sua esposa, o convenci a dar um pouco de paz a Fantasma, agora tinha que manter uma imagem, tais atos não podiam vir átona.
           No fim da gravidez, Helena Loreto trouxe ao mundo Matheus e Amanda, duas crianças lindas e fortes. Em comemoração meu tio deu uma grande festa de boas vindas, e foi nesse dia em que eu a conheci.
       Enquanto passava pela parte de trás da casa, a primeira coisa que vi foi uma criança saindo de um buraco e caindo no chão, ela deu um grande grito e levou a mão nos olhos e desmaiou.
        Se não fosse pela música e pessoas falando, talvez muitas gente teria ouvido. Mesmo com receio me aproximei e a levei para o buraco de onde tinha saído.
      O ambiente, era escuro e pequeno, havia palha espalhada pelo chão que servia como cama, um prato com restos de comida e água, um balde que era usado para suas necessidades, tinha apenas uma porta que dava para a casa, o buraco que ela tinha acabado de fazer. 
     A coloquei em cima das palhas vê pode reparar bem em sua aparecia, ela tinha os cabelos pretos, nariz fino, pele macia, sem aparecia de imperfeições, seus lábios era grossos, e seus dedos finos e cumpridos; embora bem magra parecia bem, apensar dos olhos machucados.
        Vestia uma camisa cinza com várias amarras na frente, (talvez para ajudar na hora de retira eu acho), uma saia cinza que iam até os tô os filhos da noite geralmente eram dessa cor.
       Daquele dia em diante a assumi como minha responsabilidade, lhe dava comida, roupas descentes, educação, lhe ensinava como devia falar, se portar, se expressar.
     Embora não pudesse tirar ela de lá, como se nada tivesse acontecido, pois cai na mesma cilada do meu tio como explicar seu surgimento repentino na porta.
      Não voltei mais a minha antiga cidade já que ali se tornou o meu lugar. Com o nascimento dos gêmeos, meus tios se mudaram para uma nova casa, um pouco longe de Solari mas ainda sobe os seus domínios.
         Deixando, sua casa e seus criados para mim, nessa época Fantasma tinha 10 invernos. Nós dois que se seguiram, eu fui ficando mais importante na cidade, mais responsabilidade eram atribuídas a mim.
         E ficava cada vez mais difícil, de levar a Fantasma na conversa, cada dia ficava mais curiosa sobre o mundo lá fora, minhas  promessas não adiantavam de mais nada.
        Ela queria ser livre conhecer lugares, saber mais da sua própria história, sobre isso eu não podia mentir mas sua insistência me fez tomar uma decisão.
         Mandei uma carta a meu tio, dizendo os ocorridos e pedindo para levasse com ele seu brinquedo, não demorou a me responder dizendo que estava a caminho de Solari com um presente.
[...]
                       ***
      Na noite que ela deveria partir, um mercenário resolveu bater a minha porta pedir a recompensa pelo serviço prestado.
    Por sorte, meu tio havia chegado e me ajudou com o mercenário, o problema veio quando descobrimos que a Fantasma tinha sumido.
Se não fosse a tempestade que ameaçava cair talvez eu tivesse ido atrás, mais não está nem estou com tempo para isso.
   
Por Ama:

        Ama andava pela casa, vazia o único som a ser ouvido era da forte tempestade do lado de fora. Ela já era uma mulher um pouco velha, seus cabelos não era todos pretos, como um dia foram, sua pele tinha várias marcas de rugas espalhadas.
         Mesmo depois de tantos anos a única coisa que não mudava era o seu vigor e vontade de lutar por aquilo que achava certo.  Ao entrar novamente em seu quarto novamente a primeira coisa em que seus olhos se focaram foi na janela que batia, mas não parecia ser com a força do vento.
         Então de repente, um mão surgiu e abriu toda a janela, deixando o vendo gelado da noite invadir o quarto.  Ama, pega um punhal que sempre deixava perto da sua cama.
           Então aponta para o invasor que estava de pé enfrente a sua janela, um homem, não muito alto, de longos cabelos dourados, seus olhos era amarelos como de uma coruja, sua barba se ficava mais em seu queixo quadrado.
          Suas mão era ocupadas por um cajado levemente inclinada na ponta, se via que aquele ali presentes era um  Druida, talvez o último..

           Suas mão era ocupadas por um cajado levemente inclinada na ponta, se via que aquele ali presentes era um  Druida, talvez o último

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( Imagina meramente ilustrativas. )

       Ele abaixa o cajado e diz a Ama com toda calma possível:
             - Mesmo depois de raiar o dia...
             - A Noite segue presente em seus filhos. - completou Ama.
      Os dois se encaram por um momento é o homem volta a falar:
          - Preciso de sua ajuda.
          - Como me encontrou?  - Pergunta Ama séria.
      - Vi que deu abrigo as crianças, eu preciso da sua ajuda para tirá-las daqui. - ela continua o encarando com o punhal levantando -  foi um risco, sabia que ainda existia um de nós aqui só não sabia quem era, estamos do mesmo lado.
        Ela abaixa o punhal e pede que ele entre para sair da chuva. Ele se senta em um banco próximo a sua cama: 
             - Como pretende tirar elas daqui, a cidade está uma verdadeira fortaleza, a guardas por todo lado.
        Ele dá um sorriso irônico:
             - Se fosse assim eu não estaria aqui, não são tão espertos quanto dizem, a um ponto cego, torre leste está sem vigia.
              - Essa cidade e amaldiçoada  o tempo não passa e as pessoas não saem dela, já tentei passar por esse portão antes. - diz Ama frustada
         - Essa parece ser a maldição do mundo..... - murmurou o Homem -  Mas agora e diferentes.
         - O que está diferente? - pergunta nervosa
         - O solar, está cansado, amanhã ele provavelmente anunciara que vai "trocar de forma", e uma ótima oportunidade para fugir.
         Ama anda de um lado para outro, e encara a chuva do lado de fora da janela:
         - Qual o seu interesse nessas crianças, por que são tão importantes?
          - Eu precisamos assegura a próxima geração, não vamos viver por tanto tempo uma hora o seu corpo não vai aguentar mais. 
           - Isso não seria o suficiente, pode achar outros por ai, nasce um criança em cada esquina.
            - Elas não tem medo de nada, são determinadas e fortes, não se abalam pela dificuldade ou perigo, características fortes.
       Ama encara mostrando que não está acreditando nem um pouco naquela história:
           - E se eu acreditar que o que diz e a verdade, mesmo que conseguiremos fugir, Sr. Adam colocaria todos a nossa procura. Ele tem documentos guardados em um diário sobre a Fantasma  - o homem, levava uma de suas sombrancelhas  e ela explica - A menina que você viu.
            - Ah sim
            - Se conseguir alguns desses documentos pode ser que eu pense em sua proposta.
            - Isso não será problema - Ele estende uma de suas mão  na direção de Ama - Me chamam de Druida, o  guardião da floresta de muitos caminhos
            - Fênix - responde Ama ao apertar sua mão. - Renascida das cinzas, guardiã do primeiro filho da noite.
  

    N. A:     Depois de longos anos estou de volta, vamos por um fim nessa,  história já.  Então não deixe de acompanhar e dar suas estrelinhas e comentar sua opinião 😘

Filhos da Noite: A Historia de FantasmaOnde histórias criam vida. Descubra agora