Capítulo 39 *Elisa*

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Os sete meses de gestação passaram até rápido, mas eu senti o peso de ter um filho NEFLIN, oque me poupa dois meses, mas equivale o mesmo na verdade, de começo todos acharam que o nome que eu havia escolhido era porque eu queria lembrar Carlos, mas não era nada disso, já era um nome que já estava em minha lista de prediletos dês do começo da gestação, mas pra Melissa, caiu muito bem eu acho, dês de que soube do nome que eu havia escolhido ela começou a superar melhor o luto, começou a finalmente aceitar, que Carlos havia morrido,e que talvez uma nova vida estivesse vindo,para tirar essa dor. 
O meu parto estava programado para daqui um mês, que para os médicos seria um parto pré-maturo, mas pelos médicos NEFLINS o bebê viria naquela semana, eu e Victor já havíamos preparado o quarto do nosso filho no apartamento, todo azul, com um berço cor de ouro, um guarda-roupa combinando com o jogo de quarto, ursinhos, brinquedos de menino no geral, um sofá para que eu pudesse sentar e dar de mamar com mais facilidade, e um criado mudo,com coisas entre fraldas, toalhinhas, pomadas, chupetas, mamadeira, coisas que o bebê precisaria. 
Confesso que naquele último mês minha barriga estava enorme, eu até pensei na hipótese de serem gêmeos mas não, não eram, eu estava Sentada na sala luxuosa no grande sofá cor cinza que ficava no meio da sala, comendo e beterraba, oque foi um desejo um tanto estranho, Victor tinha saído para uma reunião de NEFLIN, o seriado que eu estava assistindo entra em comercial, até que me dá uma vontade extrema de mijar, vou tentando correr, mas ao chegar na porta do banheiro sinto um líquido vazar entre minhas pernas. 
Elisa :
-nossa, sério isso eu mijei nas calças, que vergonha em filho. 
Começo a sentir uma leve dor na região da virilha, mas não ligo muito já que nas últimas semanas essa dor já me acompanhava muito,resolvo então ligar para Melissa, para dizer a vergonha que é mijar nas calças, literalmente eu estava achando engraçado, até que ela fala uma coisa que eu percebo, sim, chegou a hora, a dor era cada vez maior.

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MELISSA 
-amiga, sério liga pro Victor seu filho vai nascer e você nem percebeu né? 
ELISA 
-Melissa, sabe eu nunca tive um filho antes né. 
MELISSA 
-para de gracinha liga pra ele. 
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Ligo para Víctor oque é em vão, ele não atendia, o celular estava desligado.

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ELISA 
-ele não atende, tá doendo muito. 
MELISSA 
-eu vou aí então. 
"""

Melissa chega logo após 20 minutos, oque ela deve ter conseguido por meio de furar o limite de velocidade, já que minha casa ficava bem longe da dela. 
Ela me leva até o galpão NEFLIN,onde até um mês atrás foi cenário de uma das piores coisas que ela pode ter presenciado, dor é cada vez maior, é como se meus ossos se quebrassem por dentro de mim, como se dilatasse tudo oque existia por dentro, eles avisam Victor que bem logo em seguida, e assim eu começo o trabalho de parto. 
MÉDICO :
-Vai ficar tudo bem ok, vamos fazer isso ser rápido, seu canal está bem estendido e tem passagem suficiente para o seu filho nascer. 
Ao ouvir aquilo percebo que o parto não seria uma cesária como eu sempre pensei que aconteceria, me posiciono com Victor ao meu lado segurando minha mão,ao longo que a dor aumentava eu sentia que meu filho estava vindo ao mundo, mas a dor era muito forte, eu já não sabia se aguentaria até o final. 
Médico :
-o bebê não pode sair, e também não podemos aumentar a saída, terá que ser uma cesariana de risco. 
Victor :
-mas Estava tudo bem não é? 
Médico :
-o bebê está agarrado a costela da mãe, e isso dificulta e muito, pelo que parece ele está a segurando, e a dor pra ela e maior. 
Victor :
-amor pelo visto nosso filho não quer sair rs
Olho pra Victor demonstrando raiva, oque ele logo percebe, sinto a dor ficar maior e vejo o médico trazendo um instrumento de corte, sem ao menos me dar anestesia e corta a região abaixo de meu umbigo, e sinto como se já não tivesse forças, sinto a dor, como se meu corpo já não reagisse, eu não sentia mais nada. 
Ele tira Carlos de mim e levanta para me mostrar, e eu fico lá,de olhos abertos,olhado para alguma direção vaga, sem reagir aos chamados de Victor que já segurava nosso filho em seus braços, ele Entrega Carlos para um enfermeira que entrou no Quarto,enquanto isso entram Outros médicos e começam a pegar aparelhos, e tubos de respiração.
Victor :
-pq vc não responde Elisa. Elisa ? 
Médico :
-estamos fazendo o possível eu juro, mas o bebê, bem, não era compatível com o corpo dela, não sabemos se ela vai aguentar, o bebê quebrou os ossos dela por dentro, 
A dilatação em si é muito grande. 
Os médicos tiram victor da sala, e começam a eletrocutar a parte do meu peito, me dando injeções.

MELISSA

Melissa :
-então nasceu? 
Victor :
-sim. 
Melissa :
-e por que você não está animado? 
Victor :
-o corpo da Elisa não era compatível com o bebê, na última hora tiveram que optar pela cesária, oque foi pior pra Ela, Melissa, eu não sei.... 
Apenas abraço Victor que já estava em prantos, seu olhos vermelhos, a cara rosada e as gotas de lágrimas caindo Sobre meu ombro, eu não poderia aceitar mais aquela morte, logo Elisa, eu Não iria suportar que pela segunda vez minha vida fosse destruída por completo. 
O médico vem em nossa direção já tirando as luvas com sangue. 
Victor :
-ela está bem? 
Melissa :
-doutor não diga que... 
Médico :
-bem...

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