Prólogo - Em algum lugar

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"Hora está tudo claro, hora tudo está escuro.....onde estou?"

Em frente à uma grande e bela escadaria de madeira escura abaixo de um tapete azul com bordados dourados, aparentemente desgastada, confusa estava eu, perdida, sozinha.

Subo as escadas calmamente, degrau por degrau, pé por pé.........."Tudo está escuro"........ao fim "Está tudo claro"!

Há um jardim, um jardim arcaico, com uma fonte sem água, um caminho feito por paralelepípedos de cor cinza, a grama é verde e as flores todas amarelas, sem exceções, há também uma casa, feita de madeira escura, há paralelepípedos colados nela, os mesmos do jardim, as flores do jardim subiram e cresceram na parede igual musgo, também há uma janela, uma janela de madeira velha e caindo aos pedaços, nem possui um vidro, e nessa janela há um fantasma, possui cabelos longos, lisos e pretos, sua veste é branca e rasgada, sua pele é pálida e suja e não possui as pernas, não posso ver sua face mas sei que olha diretamente para mim, não me assusta e não me põe medo.Ouço uma voz, não é nem grossa e nem fina, há um homem ao meu lado, tem cabelos longos enrolados de cor "loiro escuro", iguais aos meus, usa um capote azul marinho com detalhes dourados e um chapéu que combina com o capote, não posso ver seu rosto, olhando para o fantasma ele diz "é isso que os turistas vem ver" parece desapontado.....do outro lado há uma pessoa feita de algodão doce, (é meu doce preferido), suas vestes são as mesmas do rapaz de azul,mas não usa chapéu, usa óculos, não diz nada, apenas observa silenciosamente (mas é claro, não possui boca, nem ao menos face).

Volto meus olhos ao fantasma que está na janela, ele não está mais lá, olho para as pessoas ao meu redor, eles dois continuam olhando para a janela, totalmente vazia, virando-me para traz, observo a grama, as cores vivas e vibrantes, as flores e os paralelepípedos desaparecerem....."Tudo está escuro".

~Fim...~

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Comentários da autora

Não me lembro de quando tive esse sonho, sei que de todos ele foi o mais "leve" e um dos poucos os quais sonhei há muito tempo e ainda lembro com mais clareza.

Sempre pergunto-me "Onde eu estava?".


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