1- De volta ao passado

12 1 0
                                    

Desde que Lana Duarte era criança, foi sempre muito rica, e até hoje era, porém com atitudes e modos diferentes. Estava acostumada a viver uma vida de rainha. Tudo e todos a respeitavam... se alguém ousasse pensar em desrespeitar, era levado como uma ofensa. Até seus familiares que não conhecia muitos, eram tratados da mesma maneira. Só quem ela achava importante eram os seus pais, o resto eram pessoas que a serviam como escravos. Quando não faziam o que ela queria e como queria, a pessoa era praticamente mutilada com tanta reclamação. Às vezes exigia que prendessem a pessoa por aquele desrespeito.

Hoje Lana sabe que nenhuma pessoa tem o direito de passar por cima de ninguém, pois até os empregados que são os subordinados das empresas, merecem ser tratados com respeito. Contudo naquele tempo não pensava assim. A única coisa em que ela pensava era nela mesma. Estava tão acostumada a viver daquele jeito, que nem prestava mais atenção nos outros. Porém os outros prestavam atenção nela.

Certa vez em uma de suas idas para o cinema assistir a um filme de suspense, "que gostava muito", ocorreu um evento que a deixou muito insatisfeita! Ela pensava que tudo seria bom como todas as outras vezes, mas descobriu que, nem tudo é do jeito que queremos. Como estava acostumada a conseguir tudo que queria de forma simples e rápida, foi rapidamente fazendo pirraças para conseguir um lugar no cinema que estava superlotado. E foi desde esse dia que Lana descobriu certas coisas que não sabia.

Após os seus ataques de criancice, um rapaz, que ela não conhecia, olhou e perguntou bem disfarçadamente quantos anos de idade ela tinha. Subitamente, porém meio confusa com aquela pergunta inesperada, ela respondeu que estava em seus plenos 20 anos.
-Você está parecendo uma criança. Não é bem assim que conseguimos as coisas! - Disse o rapaz, deixando Lana vermelha, resultado da mistura da raiva e da vergonha.

Foi então que desde esse dia Lana começou a crescer. Mas foi crescendo com o rapaz de olhos profundos, a partir de quando ela perguntou o seu nome. Não sabia ao certo o porquê tinha feito aquela pergunta, mas de repente o nome dele a interessou. Ele, com seu charme e sua inteligência disse que apenas na sexta-feira responderia, numa praça de alimentação, lá perto. Por mais que a Lana não quisesse ir, relutante por não ter conseguido o que queria e encabulada por ele ter feito suspense para dizer nome, ela disse a si mesma que aquilo seria interessante. Queria confrontá-lo, mostrar que era ela quem mandava.

Ficou a pensar que ele começou mal, e muito mal, estava abismada com a obstinação dele. Mas lembrou que amava Praças de Alimentação, e isso surgiu como apoio ao fato de realmente ir ao encontro. Embora, mesmo não reconhecendo, o desejo de ir era muito além de confronto e curiosidade.

Amor Inesperado Onde histórias criam vida. Descubra agora