Sakura - Minha história de amor

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P.O.V Ayano

O vento gélido colide sobre meu rosto, o acariciando, enquanto, debruçada sobre a varanda, me vejo perdida em pensamentos.

Já fazem três anos... Quem diria?

[3 anos atrás]

Finalmente. Sexta.

Eu deveria estar feliz. Animada.

Mas estou confusa e, talvez, angustiada.

Desde o dia em que vi o Taro-Senpai eu me apaixonei.

Queria me aproximar dele...

Mas a timidez falava mais alto.

Porém, graças ao destino (talvez), eu tive as oportunidades e não desperdicei uma.

Como quando eu machuquei a perna na educação física, o que resultou numa quase queda. Sim. Quase. Pois ele estava lá e me ajudou. Naquele dia a enfermeira não havia ido, então ele cuidou de mim.

Também teve as vezes que eu não conseguia estudar e ele estava lá me ajudando.

Entre outras...

Agora somos amigos...

Eu gostaria de me confessar à ele... Mas ele me vê apenas como amiga, além do mais, tem a Osana. A mesma também o ama e eles já se conhecem desde o jardim de infância. Além de ter muitas outras garotas que gostam do Senpai que são muito bonitas e talentosas. Eu não tenho chances...

Mas, infelizmente, não é apenas isso...

Aparentemente, a vida anda brincando comigo e destruindo meu psicológico.

Já faz algum tempo que Budo se aproximou de mim.

Cá entre nós, sem mentiras, Budo é uma ótima pessoa; atraente; bem dotado e muitas outras características infinitas que não citarei.

Entretanto, admito que nem ao menos ligava para sua existência.

Até aquele fatídico dia...

Flashback on:

Não sei se ainda possuo lágrimas para derramar ou se estou desidratada por toda a água do meu corpo ser drenada pelos meus olhos.

A angústia e a dor em meu peito são tão grandes...

Como podem fazer isso?

Meus pais sempre deram o melhor pra mim, desde atenção e, às vezes, mimos até estudos e saúde, e me deram tudo isso com o próprio suor. Nunca dependeram de familiares e, alguns deles se irritaram com isso... Como os meus tios, Suzumi, irmã de meu pai, e Hiroki, seu marido.

Minha mãe está acabada. Aquelas palavras frias e cruéis dirigidas à ela naquele dia... "Você não faz mais que sua obrigação de ajudar meu irmão à sustentar essa casa, estorvo. Mas eu sei que você fez a cabeça do meu irmão. Ele está lá, se matando de trabalhar e, mesmo assim não pede ajuda, sempre 'se vira', sua inútil. Não sei qual o problema do meu irmão, você é só mais uma qualquer. Um brinquedo. Uma puta interesseira!". Mas é claro que minha mãe não deixou de respondê-la e meu pai de mandá-la embora.

Mesmo assim, a cada dia que passa parece que minha mãe fica pior e isso dói.

- Uhm? Ayano? O que ouve?

Levanto meu rosto banhado em lágrimas para olhar para a pessoa, era Budo.

Não consegui respondê-lo, pois a voz travou em minha garganta, tudo que consigo fazer é abaixar a cabeça e chorar mais até que sinto braços me rodeando.

SakuraOnde histórias criam vida. Descubra agora