Bruce, sofre muito pelo abandono de sua mãe. Ele é jogado em um navio cargueiro pela mesma e se ver sozinho em um mundo cruel, que pode trazer muitas marcas em sua vida.
Depois de anos em alto mar... Tenta refazer sua vida com seus amigos em uma c...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
" A vida muda de uma hora para outra..."
Essa foi a frase que nunca tirei da minha cabeça. E também a última que ouvi da minha mãe, antes de ser abandonado em um navio cargueiro. Ainda me lembro da cena que marcou minha vida e que me trouxe mágoas eternas:
- Onde estamos indo mamãe? Perguntei um pouco assustado. Ela me puxava com passos apressados.
- Está na hora de você partir querido! Prometa que vai se comportar, ok?
- Sim mamãe, eu prometo, mas não quero ir, por favor! Não me abandone. As lagrimas rolavam desesperadamente pelo meu rosto. Enquanto eu abraçava sua cintura.
- Eu não vou te abandonar meu querido! Escuta, apesar de tudo eu te amo Bruce, nunca esqueça disso.
Vi dois marinheiros vindo em minha direção. Eu não queria ir, mas um deles puxou-me, e como eu tinha apenas 11 anos, não havia forças para lutar contra eles.
-Me soltem! Mamãe! Mamãe! Por favor! Me perdoe se eu não fui um bom filho, eu prometo que nunca mais irei fazê-la chorar. Eu chorava desesperado.
Ela então pediu que me soltassem, por um momento abri um sorriso. Imaginando que era apenas um engano, e que voltaríamos para casa. Mas ela se agachou, beijou minha bochecha e disse-me:
- Se cuida meu amor! Eu te amo, seja um homem bom quando crescer. E guarde isto com você. Ela abriu minha mão e colocou uma caixinha de vidro sobre ela, dentro da caixinha havia uma pedrinha azul.
- Mamãe! Me leve daqui! Comecei a gritar.
- Adeus Bruce e lembre-se. "A vida muda de uma hora para outra".
Ela se virou e foi embora, me deixando lá, naquele navio. Desde aquele dia nunca mais a vi, durante muito tempo eu senti apenas saudades e tristeza. Mas hoje sinto ódio. Nunca soube o verdadeiro motivo de ser abandonado como um lixo. Logo depois que ela foi embora o navio partiu na imensidão do mar,chorei durante uma semana sem parar, quanto mais o navio de afastava eu me distânciava dos meus sonhos, da minha felicidade, minha casa, amigos, e da mãe que eu amava incondicionalmente.
Muitas noites acordei assustado imaginando que fosse apenas um pesadelo, um simples sonho estúpido. Mas quando olhava na pequena janela redonda ao lado, via o oceano que parecia não ter fim e percebia que tudo era real.
Por muito tempo não fiz nenhum amigo, todos eram mal encarados, que não falavam com ninguém, uns brutos mau educados, eu vivia isolado em um quartinho, só saia na hora de comer, tinha medo da maldade deles me envenenarem.
Foram muitas as noites, em que pessoas que desobedeçiam o capitão ou era de cidades pobres, foram mortas brutalmente, e seus corpos jogados em ninhos de tubarões, que circulavam por todo o infinito oceano.
navegamos por lugares remotos, cidades perigosas, algumas com um calor intenso... Outras horrivelmente frias e assustadoras. As vezes o capitão e os marinheiros me encaravam com compaixão, outros faziam feições de nojo.
E agora... 7 anos se passaram, e confesso que para mim, pareceu um século.
Um grande roubo, feito por piratas, fez o capitão falir, e com isso uma crise atingiu todos a bordo.
Fomos jogados, em uma cidade pacata na Inglaterra, eu e mais nove tripulantes.
E agora, tento refazer minha vida... Em um lugar bem distante da minha vida antiga.
