Bruce, sofre muito pelo abandono de sua mãe. Ele é jogado em um navio cargueiro pela mesma e se ver sozinho em um mundo cruel, que pode trazer muitas marcas em sua vida.
Depois de anos em alto mar... Tenta refazer sua vida com seus amigos em uma c...
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Depois que ela saiu, fiquei observando um garoto que estava à beira do lago, ele brincava com uma vara de pescar. Sua mãe o gritou, e pediu que ele soltasse aquela vara, ele teimou e não largou, a mãe dele se levantou furiosa e bateu em suas costas. O garoto começou a chorar, ela agarrou o braço do menino e o puxava para ir embora.
Aquela cena, por algum motivo, me fez lembrar o dia em que fui abandonado,. Eu queria mil vezes que minha mãe tivesse me batido, como aquela mulher fez com seu filho, do que ela tivesse me abandonado. Imagino então... Que na verdade, minha mãe nunca me amou, se ela realmente me amasse, teria fugido comigo para não deixar me levarem. Eu implorei tanto aquele dia, para ela não me abandonar, mas ela nem ligou, ela viu minhas lágrimas caírem, e ouviu meus soluços de tristeza, mas mesmo assim não fez nada.
Percebo, que uma lágrima escorre pelo meu rosto, e por um momento todas as lembranças ruins voltam em minha memória.
-Mamãe! Eu estou com fome! Disse quando cheguei da aula de Artes.
-Sai daqui! Garoto! Diz ela com certa frieza.
-O que aconteceu mamãe?. Pergunto enquanto tento abraça-la.
-Nada Bruce! Que chatice garoto, vá brincar com seus amigos, e me deixe em paz.
Eu percebi que ela estava triste e irritada, pensei então... Que ela ficaria feliz com que eu tinha para dizer, talvez ela tivesse esquecido, mas eu não a culpava.
-Mamãe! Hoje é meu aniversário!. Digo com um sorriso e com brilho nos olhos, esperando a reação dela.
-Bruce!. Diz ela com um suspiro. - Não me encha, saia daqui, vá curtir seu aniversário brincando na rua, é só um aniversário, algo irrelevante, sem importância... Não é o fim do mundo.
Eu tentava segurar o choro, mais não pude conter a pequena lágrima que escorreu. Ela não percebeu o quanto aquelas palavras me machucaram.
-Que horas posso voltar? Perguntei com a voz falhada pelo choro que segurava.
-Volte a hora que você quiser! Eu vou sair, e só volto amanhã à noite, tenho que resolver algumas coisas em outra cidade. O que você está esperando? Vá logo!
Saí pelas ruas, naquele dia eu dormi na porta de casa, pois a porta estava trancada... Ela nunca me levava em suas viagens, ela sempre trancava a porta de casa para não roubarem, e me deixava sozinho pelo mundo.
Acordo das minhas lembranças, quando percebo que já está tarde. Me levanto e vou para a pensão.
Quando chego, vejo Edward sentado lendo um livro.
-Dia cansativo Bruce?. Me pergunta colocando o livro sobre a mesinha.
-Muito, e o seu?. Pergunto enquanto me sento ao lado dele.
