Chapter 40

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(Aperte o Play quando eu falar!)
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Kyle Caristo P.O.V.:

Los Angeles, California.
25 de abril de 2015, 3h45min a.m.

Eu me sentia horrível pela briga de ontem com meu pai. Ele me bateu tão forte, que as marcas ainda estavam em meu rosto. A dor física não chegava aos pés da emocional, mas Amanda precisa de mim, independente de qualquer coisa.

- Kyky. - ouvi a pequena falar e sequei as lagrimas que caíram sem que eu percebesse.

- Oi minha princesa. - sorri.

- Cadê papai? - perguntou sentando em meu colo.

- Ele ta trabalhando meu amor, daqui a pouco ele volta. - sorri e a fiz cossegas - Agora volta a dormir que já ta tarde. - me levantei com a mesma no colo.

Fui até nosso quarto e a pus deitada novamente. Fiquei deitada ao seu lado até que a pequena loira adormecesse​ novamente abraçada a seu urso, já um pouco velho.

Senti gradativamente meu corpo relaxar conforme eu mexia nos cabelos de minha irmã, que já dormia pesadamente.

Despertei assustada ao ouvir o telefone da sala tocar e corri para atendê-lo, não muito contente com o que poderia ser a essa hora.

(Aperte o Play)

- Alô? - respondi o pondo na orelha.

- É a casa dos Caristo? - ouvi uma voz desconhecida dizer.

- Sim, quem deseja? - perguntei desconfiada.

- Aqui é do Hospital Central de Los Angeles. - na hora eu juro que pude sentir meu coração parar por alguns segundos - Gostariamos que pudesse comparecer ao hospital para fazer o reconhecimento de um corpo que se encontrava na estrada com o nome de Jorge Caristo. - a pessoa disse com tanta frieza, e a única coisa que pude fazer é deixar o telefone cair.

Eu estava paralisada, não sabia o que fazer, todos os músculos do meu corpo paralizaram, como se não recebessem os comandos que meu cérebro enviasse.

Respirei fundo e cai no chão, comecei a chorar desesperadamente, e a única coisa que vinha em minha cabeça era "não pode ser verdade".

Alcancei o telefone e disquei os números quase que automaticamente.

- Alô? - disse uma voz grossa e sonolenta.

- Vem pra cá, agora. - consegui dizer entre meus soluços.

- Kyle? O que aconteceu? - o moreno perguntou e eu apenas observei tudo ficar escuro a minha volta.

(...)

- Kyle. - ouvi alguém me chamando e aos poucos consegui abrir meus olhos - Kyle, meu Deus, que susto você me deu. - Jack disse me abraçando.

Eu o abracei de volta, forte, e não aguentei segurar o choro que eu guardava até então.

Levantei um pouco desnorteada e enxuguei as lagrimas que escorriam por minha bochecha.

- Eu. - procurei em volta às chaves do meu carro - Eu preciso ir até o hospital, eu preciso. - comecei a andar de um lado para o outro, até que senti os braços do moreno me abraçaram novamente - Eu preciso Jack. - gritei o batendo e comecei a chorar novamente.

Fui descendo devagar para o chão, enquanto G me segurava para que eu pudesse não cair totalmente.

- Calma, você precisa se acalmar. - ele me puxou para encostar em seu peito e começou a acariciar meu rosto.

Aos poucos fui recuperando a calma e a consciência para pensar no que fazer, e como fazer.

- Jack, - me afastei um pouco dele - me ligaram do hospital central pedindo para que eu fosse reconhecer um corpo que estava com a identidade do meu pai. - respirei fundo para não chorar de novo.

- Kyle, eu - ele parou um pouco perplexo.

- Preciso que você fique com Amanda para eu poder ir até o hospital. - disse o interrompendo, antes que o mesmo pudesse dizer qualquer coisa.

- Não, óbvio que não, eu vou com você. - falou se levantando logo depois de mim.

- Eu preciso que você cuide de Amanda pra mim Jack. - pus a mão em seu peito e respirei fundo.

- Eu vou pedir pro JJ vir, ele também ficou preocupado, ele estava acordado quando eu saí correndo de casa. - ele disse calmo.

- Tanto faz, eu só preciso ir, agora. - respirei fundo e fui até a cozinha na intenção de pegar um copo de água para que eu pudesse me acalmar.

- Bro, preciso de você aqui na casa da Kyle. - ouvi G falando enquanto eu bebia minha água - Não Jack, semana que vem, óbvio que é agora. - respirei fundo - Ele já ta vindo. - me falou entrando no cozinha.

- Vou só tirar esse pijama. - fui até o quarto e pus uma calça e um moletom.

- E aí, o que aconteceu? - ouvi a voz de Johnson da sala.

- Kyle tá bem? - ouvi a voz de Avallan e respirei fundo.

Fui em direção a sala, todos estávamos em pé, e G não havia dito nada, acho que esperava que eu o dissesse.

- Meu pai morreu, preciso que fiquem com Amanda. - respirei fundo ainda tremendo.

- Aí meu Deus. - Avallan disse e veio me abraçar, seu abraço era reconfortante, sempre foi, mas a única coisa que eu queria era acabar logo com isso.

- Vamos? - me soltei da loira e andei até a porta, sendo seguida de Jack.

(...)

- A senhora terá que ser bem forte para ver, pois o copo de despedaçou no acidente. - disse o homem vestido de branco a minha frente.

- Você quer que eu vá? - senti a pressão da mão de Jack em meu ombro.

- Não, eu faço isso. - respirei fundo e segui o médico até onde o corpo estava.

Ele tirou o lençol devagar de cima do corpo e logo pude ver aquele rosto ali, gélido e sem vida.

Automaticamente pus a mão na boca e senti todo meu estômago revirar, aquele cheiro de longe era o pior cheiro que eu já havia sentido na minha vida.

Saí correndo daquela sala e me sentei no chão do corredor respirando fundo e pesadamente, como se eu tivesse segurado a respiração por muito tempo, e então veio o choro, que eu não consegui segurar, mesmo querendo muito.

- Tudo bem? - Jack se ajoelhou a minha frente e eu apenas o abracei, com todas as forças que eu podia.

- É ele. - sussurrei em seu ouvido ainda chorando.

Naquele momento senti como se tudo tivesse sido arrancado de mim, mesmo que meu pai tenha todos os defeitos, mesmo que a gente brigue o tempo inteiro, ele era meu pai, e não haveria quem entendesse aquela dor.

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Esse capitulo, puta que pariu 💔

Gostaram?

Ass,
Luiza Speziali.

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