Joshua

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(Louis)

Cheguei em casa e logo ouvi Josh e Ernest brincando e correndo pela sala, Josh as vezes é mais criança que meu garoto, mas cuida muito bem dele, sempre esteve comigo, ainda mais depois que perdi minha família.

"Hey crianças" - disse com um tom de deboche, afim de perturbar meu amigo.

"Falou o Sr.'meio metro' Tomlinson" - e como sempre, começaram as zoações.

"Cala a boca, loira falsa"- não acho que tenha ficado feio, mas prefiro Josh com os cabelos naturais.

"Corta essa franja lambida e depois vem falar do meu cabelo, idiota" - eu adoro minha franja, acho sexy quando faço a jogadinha de lado pra ajeitar. Fazer o que, sou sexy.

"Vai tocar bateria com seus amigos logo e me deixa brincar com meu pequeno" - digo olhando para o garoto de 6 anos que nos observava achando graça da cena.

"Ok, ok, já vou!"- disse saindo.

Aposto que entre esses amigos tem algum esquema, porque ele sempre volta muito animado para uma simples noite dos amigos (eles tocam e cantam em barzinho). E bom, ele sai as 9 da manhã para voltar só no domingo.

Brinco com Ernest por alguns minutos e o deixo assistindo TV enquanto tomo um longo banho.

Volto para a sala e vejo meu irmãozinho chorando com a testa apoiada nos joelhos, sentado no sofá, isso é algo bem frequente, após a morte de quase toda nossa família.

Ernest passa por sessões com uma psicóloga toda semana, depois da cena horrível que presenciou em nossa antiga casa, foi traumatizante para uma criança de quase 4 anos acordar, chegar na sala e ver quase toda sua família esfaqueada.

Recebi a notícia por uma vizinha que ouviu os gritos do pequeno, fui o mais rápido possível encontra-lo.

A dor era dilacerante, mas eu tive que me manter forte para ele, e Joshua esteve lá comigo o tempo todo, e disse que me ajudaria a cuidar do meu anjinho.

Ele cuidou da investigação por mim, não tive forças para encarar meu pai. Pai não, aquele homem nojento e desprezível que me fez e que teve a coragem de tirar todos de mim.

Josh fez de tudo para fazê-lo pagar, hoje ele está em prisão perpétua junto com assassinos e estupradores.

O trauma atrasou um pouco o desenvolvimento da fala do pequeno, por isso ele tem um modo de conversar mais infantil que o normal pra sua idade.

[N/a: Falas de Ernest em itálico]

"Hey pequeno, o que foi?"

"No desenho o galotinho tem mamãe e papai, Boo."

"Oh meu bem, a nossa mamãe tá lá no céu cuidando da gente, junto das meninas, todas viraram anjinhas"

"Mas e o papai, Lou?"

"Ele se foi, mas eu tô aqui, vou sempre cuidar de você, kay?"- duas lágrimas teimosas deixaram meus olhos, marcando minhas bochechas.

"Tá bom... chola não Boo, Nest fica tliste"

"Ok. Vamos no shopping lanchar, que tal?"

"Ooobaa!"- gritou animado e sorrindo.

Esse sorriso me faz querer viver e ser melhor todos os dias.

Fomos ao shopping, comemos muitas besteiras, compramos algumas roupas e brinquedos pro meu pequeno e fomos ao cinema.

Momentos que fazem todo aperto e dificuldades valerem a pena.

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Oi oi oiii, como vocês estão?
Eu estou ótima, obrigada. kkk
O que estão achando? Não precisam ficar tímidos, eu não mordo 😉.

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