Capítulo 14

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Luba narrando

L: Nós não temos outra opção, temos?-Falei saindo do abraço, encorajado à enfrentar a situação. -Quer dizer, a não ser sequestrando um milionário. –Ri.

T3ddy se manteve pensativo.

L: Isso seria loucura. -Esclareci antes que ele considerasse a idéia.

Ele não respondeu, ainda estava preso em seus devaneios.

Chutei uma bola invisível no ar, sem jeito. Meus os olhos encontraram seus cadarços desamarrados, abaixei para amarrar.

T3ddy segurou meu ombro com força para se equilibrar em um pé só.

T: Foi como fizeram com que a gente viesse aqui, não foi? Sequestraram nosso filho, e agora nós estamos dispostos à serví-los pela vida dele.

Depois de dar o nó minha mão foi em busca da sua, que agora não estava mais em meu ombro. Levantei decepcionado por não ter chegado à tempo.

L: Nós seríamos tão horríveis quanto eles se fizermos isso.

Ele fez que não com a cabeça.

T: Uma coisa que eu aprendi com os tiros que levei foi que nós só não somos baleados mais de uma vez pelo mesmo homem, porque nós conhecemos seu ataque. Custou um tiro, mas nos mostrou onde dói ser baleado.

L: Quer dizer cair e levantar mais forte?

T: Quer dizer ser atingido e dominar a dor.

Sorri.

L: Compositor de metáforas sinistro.

Ele piscou e sorriu, aos meus olhos seus movimentos eram em slow motion.

Respirei fundo. Eu o amava, amava tanto que doía.

Quando percebi eu estava atrasado em uma caminhada que eu não sabia o rumo.

Peguei minha mochila.

L: Amor...Perai.

Ele ergueu a mão para eu segurar quando eu o alcancei depois de uma breve corrida.

L: Onde estamos indo?

T: Preciso de energia.

Balançou nossas mãos para trás e para frente.

Nós fomos à um restaurante próximo, que eu costumava ir com meu pai e minha mãe, antes dele falecer, agora minha mãe tem pavor do lugar.

Normalmente ficava lotado e hoje estava completamente vazio, talvez pelo horário.

T3ddy tentou puxar a cadeira para eu sentar.

Riu ao falhar.

T: Está presa no chão.

O garçom serviu vinho e arregalou os olhos para mim.

G {Garçom}

G: Lucas? Meus pêsames pelo seu pai, ele já fazia parte da nossa família.- Pegou minhas mãos para um breve aperto.

Forcei um sorriso, aqueles homens não criavam intimidade com ninguém, e meu pai sendo fechado do jeito que era, jamais daria a liberdade à si mesmo de "entrar" para outra família.

Minha alma fora salva pela leitura comportamental do homem sentado do outro lado da mesa. Ele percebeu meu encômodo com o garçon e ousou interromper a conversa com o pedido.

O garçom se curvou e saiu.

Sussurrei obrigado. Seus olhos me fitavam.

Ele estendeu a mão por cima da mesa, e bateu os dedos, pedindo minha mão. Eu estiquei meu braço, e ele entrelaçou as nossas mãos.

Eu tenho um plano - L3ddyOnde histórias criam vida. Descubra agora