Acordara em um quarto escuro e bem quente - era acolhedor . Levanto da cama confortável e extremamente grande, indo em direção a única brecha de luz que havia, que vinha de uma janela bonita e bem desenhada. Abro a grande cortina, e vejo algo diferente do que encontro todas as manhãs ao acordar. A vista que tive foi de um lindo jardim espaçoso, regado de rosas vermelhas e pequenos lírios, ao centro havia um chafariz, típico casa italiana. No portão branco - de aparência cara -, estava um homem alto e ruivo, ele usava um suspensório sem camisa. Regava as flores com grande delicadeza, mas parou ao olhar pra janela e me ver.O ruivo ficou cerca de uns cinco minutos me olhando, e depois foi andando em direção a porta e entrou. Corri até a porta em um certo desespero, na tentativa de me trancar, mas falhei. A porta se abriu primeiro, e o ruivo entrou - fico me perguntando como ele chegou tão rápido aqui em cima.
- Olá - ele disse firme, e com postura.
Me afasto, permanecendo calada. Pego um travesseiro branco macio, e jogo nele. O ruivo ri, pegando o mesmo que jogara nele e joga em mim.
- Está louco? - franzi o cenho
- Vamos brincar de guerra de travesseiros e nem me avisa?
- Quem você é?E porque estou aqui? - vou me afastando mais, enquanto ele se aproxima.
- Sou Seth, e eu moro aqui - ele respondeu simples.
- Então porque estou aqui? - tropeço no tênis que estava no chão, e acabo caindo.
- Estava dormindo na mata por volta das três da manhã, eu apenas te peguei e trouxe... você tremia, tinha os braços arranhados e com hematomas.
Seth estendeu a mão, cedi pegando e ele me levantou. Sua mão era fria quanto gelo, ele era maravilhosamente bonito e tinha postura - ao contrário de mim que andava de qualquer jeito. Ele deu um sorrisinho e me ajudou sentar na cama. O ruivo pegou o edredom da cama e me cobriu delicadamente. Seus olhos claros pesaram sobre mim e ele falou:
- Quer que eu ligue para os seus pais, ou está fugindo de casa?
Pensei em pedir para ele ligar para Sam, ou até Dean, mas se fosse uma armadilha? E se eu fosse uma isca para ele trazer os Winchester's até aqui?
- ....... estou fugindo de casa, dando um tempo e tals - menti.
- Pode ficar o quanto quiser, mas acho que seria certo ligar para eles e avisar que está bem, pelo menos isso.
- Eu ligo depois...
- Tudo bem!
Seth se sentou do meu lado e ficou olhando pra janela por um bom tempo.
- Sua família...... eles sabem que estou aqui?
- Não tenho família! - ele falou sério.
Senti que ele ficou incomodado com o assunto, e me calei. Levanto e pego meus tênis, os coloco e caminho em direção à porta, ao sair, sinto uma mão segurar meu pulso.
- Aonde está indo? - o ruivo das mãos geladas pergunta.
- Vou embora, oras.
- Não quer tomar café primeiro?
Comida? Tá, eu não nego.
-..... acho que da tempo de um café
[...]
Seth me levou pra tomar café de frente para seu jardim, e me contou um pouco sobre ele. Viera de uma família rica italiana e teve alguns irmãos. Segundo ele, vieram a ser assassinados, mas não disse o motivo, também não perguntei. Seu pai e sua mãe o abandonará assim que a caçula nasceu, deixando toda responsabilidade nele e na irmã mais velha. O que o trouxe a vir pra Minnesota, foi a vida tranquila e o frio, mas sentia que não era isso, algo estava errado.
- Então vive sozinho nessa mansão?
- Sozinho não. Carl, o jardineiro, é meu amigo. Sil é sua mulher e minha cozinheira, Madeline e Janine são as que cuidam da casa. Viu, não sou sozinho - ele deu uma piscadela.
- Quis dizer, não ter uma família e tals, essas coisas.
— São minha família desde que comprei essa casa, devo minha total gratidão e carinho por esse pessoal. Muitos o referem como "empregados", eu me refiro como "meus amigos".
— Isso é gracioso, Seth.
Durante um tempo, nós conversamos sobre coisas básicas, típico pessoas que acabaram de se conhecer. Ele não fazia muitas perguntas, era mais de responde-las, e de um jeito bem simples.
Seth me convidou para almoçar com ele, mas eu disse que teria de voltar pra casa, pois meu pai devia estar preocupado, ele de dispôs a me levar, e bom, eu aceitei. O ruivo era uma boa pessoa, e por tudo o que ouvi dele, devia ter um coração imenso, e era tamanha generosidade em pessoa, e eu tinha gostado de estar com ele essa manhã.
- Gosta de música? - assenti e ele ligou o rádio do carro. - Não costumo ouvir Ed Sheeran, mas essa parece boa.
- Eu também não costumo ouvir - ri fraco.
Fomos em silêncio por todo trajeto. Por ser longe, cochilei algumas vezes, mas acordara de 5 em 5 minutos.
- Eu aviso quando chegar, fique tranquila. É um pouco longe mesmo, o endereço que me deu.
- Pois é... - e olha que nem o endereço do bunker eu o dei, ainda pensava que talvez podia ser uma armadilha.
Volto a cochilar.
[...]
- Chegamos!
- Ah... obrigada - saio do carro. - Obrigada por tudo, na verdade.
- Quando quiser fugir, ja sabe pra onde ir - ele sorriu sincero e deu partida.
Vamos lá, Charlie. Vamos pra nosso terrível e entediante lar.
Caminhei por mais ou menos umas meia hora, até chegar no bunker. Entrei vendo Dean colocando balas em uma arma.
- Charlie! - ele corre até mim e me abraça, retribuo. - Aonde se meteu, Charlie?
- Eu... eu estava por ai - minto. - Estou bem, Dean.
- Nunca mais faça isso, me ouviu? Estávamos atrás de você, eu voltei pela manhã, Sam ainda a procura. Charlie, não pode sair assim! - ele fala sério.
- Eu não aguentava mais isso aqui, ta legal? Não aguentava!
- Não é questão de não aguentar, é para sua proteção. Nunca mais saia daqui antes de falar comigo ou Sam, me ouviu?
- Não manda em mim, NÃO MANDA - gritei. - Eu estou cansada de vocês, estou cansada dessa proteção idiota e sem nexo algum. Se alguém quisesse me pegar, ja tinha pegado, mas olha eu aqui, estou bem, e ótima. EU NÃO AGUENTO MAIS FICAR PRESA.
- EU NÃO POSSO PERDER VOCÊ, EU NÃO AGUENTARIA PERDER VOCÊ...
Fito seu olhos.
- Por que? - pergunto.
- Porque você foi a melhor coisa que me aconteceu - Dean pega a arma e sobe correndo.
Essa, de certa forma; teria sido nossa primeira "briga", e a primeira "declaração" dele. O que mais eu poderia fazer? Dizer a Dean que ele também foi a melhor coisa que me aconteceu?
Sat on the corner of the room
Everything's reminding me of you
Nursing an empty bottle and telling myself you're happier
Aren't you? - Ed Sheeran
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A Big Problem
FanfictionCharlie Somers Winchester, nunca conheceu o pai - a não ser por foto -, mas sempre teve uma vontade constante de encontra-lo. Depois que sua mãe sofre um acidente de moto que tira sua vida, Charlie resolve ir atrás do pai, e conta com a ajuda de um...