Uma garota estava sentada sobre uma velha cama de dossel que estava caindo em pedaços, seus olhos não deixaram a parede a sua frente onde a palavra "traidor" se repetia diversas vezes em vermelho sangue.
Ela sentiu algo que a muito tempo não sentia – ou preferia não sentir – aquele sentimento repugnante de dor, pena. Os mesmos sentimentos que tinha prometido a si mesma que jamais sentiria novamente, o tão odiado sentimento de pena que lhe causava dor.
Passos ecoaram no assoalho de madeira da velha casa e logo em seguida o ranger de uma das tábuas soltas da escada. Seu olhar se encaminhou para a porta, onde depois de algum tempo a mesma foi aberta. Um garoto acabara de passar pela porta, seus cabelos eram negros e seus olhos eram de um negro tão intenso que chegava a parecer que se podia perdesse neles, ele estava com uma espada reluzente negra em mãos, ela não identificou a espada pois o garoto, escondia seu nome com a mão.
— Quem é você? — o garoto perguntou firmemente quando notou sua presença no pequeno cômodo.
Ela então o observou, sua postura era firme e decidida, mas seu olhar era confuso, era como se ele estivesse tentando lhe reconhecer, ele exalava dúvida, então ela lembrou, ainda utilizava o capuz da sua capa.
— Vou perguntar novamente — o garoto a analisou — Quem é você?
A garota não respondeu, apenas levantou-se da cama onde antes estava sentada e caminhou pelo velho quarto, passando a mão pelas palavras ali escrita.
— Uma pessoa quando faz uma pergunta espera uma resposta — falou.
A garota conteve a vontade de revirar os olhos, mesmo sabendo que o garoto não veria, ela então continuou caminhando até parar em frente a ele.
O mesmo percebeu se tratar de uma garota pelas curvas que a roupa colada demostravam quando a mesma parou a sua frente em um movimento que fez a capa que ela usava se abrir minimamente, ele também pode ver os cabelos tão negros quanto os deles e os lábios de um vermelho tão intenso que o fazia querer tirar aquele batom que ela usava através de um beijo.
— Apenas espera — debochou.
— O que quer de mim? — perguntou vendo a garota voltar a andar novamente pelo pequeno cômodo.
A mesma não o respondeu, apenas se limitou a olhar em sua direção e sorrir, ele então se amaldiçoou por pensar em beijá-la novamente.
— Os Olimpianos te mandaram aqui? — o garoto perguntou e a mesma riu como se fosse uma piada, uma ótima e engraçada piada.
— Nico, querido Nico — a garota começou parando de andar e olhando em sua direção com um enorme sorriso — Você é tão ingênuo. Docilmente ingênuo. Eu gosto disso.
Ele quis mais do que tudo saber como ela sabia seu nome, mas ele também percebeu que ela não responderia caso pergunta-se.
— Afinal, o que quer? — perguntou novamente.
— Espere pacientemente, está faltando mais uma pessoa se juntar a nós — respondeu a garota.
— Nico — uma voz gritou do corredor fazendo a garota sorrir.
— Agora podemos começar a nossa festa particular — a mesma falou sem tirar o sorriso do rosto.
Um outro garoto de cabelos negros adentrou o quarto, seus olhos verde-mar logo se levantaram em alerta ao perceber que havia outra pessoa além do filho de Hades no cômodo e logo apontou sua espada para a garota que sorriu em sua direção.
— Olá Percy — a garota caminhou em sua direção enquanto um sorriso malicioso se abria em seus lábios — Faz um longo tempo desde a última vez que nos encontramos.
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Guerreiros do Chaos
Fanfiction...PASSARÁ POR CORREÇÃO... Uma nova guerra se aproxima. Os Olimpianos levantam suas armas, seus corações batem desenfreados, e os dos semideuses podem ser ouvidos a quilômetros de distância. Uma guerra causada por uma falha, um erro. Uma guerra caus...