Me acordei hoje me revirando de dor, maldita cólica, como eu odeio ser mulher nesses momentos, já é de tarde, essa cólica já deveria ter passado.
A dor é infernal, dói o pé da barriga, passa para a coluna e se espalha pelas pernas, tenho certeza que isso é coisa de satanás, não basta sangrar por dias tem que sentir dor também.
A porta do meu quarto é aberta e olho para ver quem entrou, arregalo o olhos quando vejo que é Luan, meu Deus, a cólica está me deixando louca.
- oi Isa.- ele sorri caminhando até mim.
- o que faz aqui?- perguntei confusa.- o meu pai...- ele me interrompe.
- eu vim aqui para resolver as coisas com o seu pai, mas a sua mãe disse que ele não estava então eu perguntei sobre você e ela disse que você estava aqui...- fiz uma careta quando a dor se intensificou.- você está sentindo o que?- perguntou preocupado.
- cólica, muita cólica.- choramingo.
- oh meu amor, eu nem sei como te ajudar.- passou a mão pelo o meu cabelo.
- pede um comprimido a minha mãe por favor.- me encolhi na cama.
- ok.- se levantou.- fica quietinha, não se mexe se não a dor pode aumentar.- revirei os olhos por conta do exagero dele.
...
Me acordo já me sentindo um pouco melhor, lembro que tomei o remédio que o Luan me deu e depois dormir, santo remédio aquele, quase não sinto mais dor.
- oi bela adormecida.- olho para o lado encontrando o Luan.
- que susto garoto.- coloquei a mão no peito direito.- faz muito tempo que está ai?
- não saí daqui desde que você dormiu.- assenti.
- vou tomar um banho, estou toda melada de sangue.- fiz uma careta.- e aí descemos, meu pai chega daqui a pouco.
- ok, pode ir.- sorriu para mim.
P.O.V Luan
Esse tempo longe da Isa foram os piores, mesmo falando com ela por telefone não era a mesma coisa, estava com saudades dela, do seu toque, do seu cheiro, dos seus lábios, enfim, de tudo.
O André disse que era melhor esperar o pai e o tio dela se acalmarem para tentar me aproximar, ele estava certo, se eu quisesse a Isabela teria que ir com calma. Hoje finalmente chegou o dia em que enfrentarei o pai dela, ele terá que deixar eu ver sua filha, pelo menos eu espero que ele deixe.
Ela saí do banheiro lindamente, com um short jeans e uma regata rosa, tão simples e tão linda. Ela ainda anda lentamente por conta da dor, deve ser horrível sentir cólica, sempre escutei minha mãe e as empregadas da casa reclamando, é nesses momentos que eu agradeço por ser homem.
- vamos descer?- ela perguntou me despertando dos meus pensamentos.
- ainda está doendo?- perguntei preocupado.
- sim, mas bem menos.- sorriu levemente.- o remédio era ótimo, poucos me fazem melhorar assim.
Por isso que eu super valorizo as mulheres, elas sofrem tanto, além de serem muito julgadas pela sociedade, sentem essas dores físicas, eu não considero mulher um sexo frágil, elas são fortes, conquistaram várias coisas até hoje e irão continuar conquistando, elas enfrentam todas essas dores físicas firmemente, então eu me recuso a achá-las um sexo frágil.
P.O.V Isabela
Descemos as escadas de mãos dadas, chegamos na cozinha e encontramos minha mãe e meu pai comendo, o mesmo me olha espantado.
- oi meninos, podem se sentar.- caminhamos até a mesa e nos sentamos um ao lado do outro.- está melhor filha?
- sim mãe, aquele remédio é ótimo.- o meu pai ainda nos olha surpreso.
- o que ele faz aqui?- finalmente perguntou.
- vim falar com você Felipe.- Luan falou firme.- eu sei que a Isabela merece muito mais do que eu posso lhe oferecer, e sei o que o senhor pensa sobre mim: um playboyzinho mimado da zona sul que nunca lutou, sempre teve de tudo, que é viciado em drogas. É, talvez eu seja tudo isso mesmo, mas eu lhe aconselho a não julgar antes de conhecer alguém.- eu escutava tudo surpresa.- eu só não quero me afastar da Isabela entende? Eu gosto muito dela, imagine como seria difícil se alguém mandasse o senhor ficar longe da sua esposa, eu só quero poder continuar vendo ela.- suspirou finalizando.
- eu realmente não sei o que dizer diante das suas palavras.- começou meu pai.- vejo o quanto gosta da minha filha e o quanto ela gosta de você, quando eu conheci a Manu ela era a maior patricinha do mundo, nos odiavamos e ela me julgava por eu ser comandante de um morro, e agora vejo que eu estava cometendo o mesmo erro com você te julgando por conta da sua classe social.- olhou para mim.- por ciúmes bobo eu estava perdendo minha filha, e até a Manu estava deixando de falar comigo, e eu quero minha família unida de volta, então vocês podem voltar a se ver.- sorriu para minha mãe que segurou sua mão.
- sério?- Luan falou com um sorriso maior que o rosto.- eu juro que não irei decepciona-lá.
- é bom mesmo, eu sei vários métodos de como matar alguém.- falou ameaçadoramente.
...
- então, vamos marcar o nosso segundo encontro?- Luan perguntou assim que eu abri a porta pra ele ir embora.
- claro, quando?- perguntei sorrindo.
- sábado a noite, eu te pego.- me puxou pela cintura.- não olha agora, mas o seu pai está nos observando pela janela.- ri baixinho.- tenho que manter a pose de bom moço então infelizmente não poderei te agarrar.
- verdade, é melhor não abusar do bom humor dele, tchau.- ele me deu um selinho.
- tchau princesa.- piscou para mim me provocando.
- seu idiota.
- que você ama.- rebateu.
Entrei dentro de casa e fechei a porta, meu pai começou a fingir que estava mexendo nos portas retratos, apenas balancei a cabeça e subir para o meu quarto, só foi entrar lá que o meu celular começou a tocar, o nome Emy começou a piscar no ecrã.
Eu: alô
Emy: você não vai acreditar.- falou eufórica.
Eu: o que?
Emy: EU E O RAFA ESTAMOS NAMORANDO.- gritou do outro lado da linha.
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Oi coalas, Luan voltou e como a Ludmilla fala, arrasando a zorra toda- essa música não saí da minha cabeça ;-;
CHEGAY, CHEGAY CHEGANDO ARRASANDO A ZORRA TODA, E QUE SE DANE EU QUERO MAIS É QUE SE EXPLODA...
Tá, parei '-'
Até amanhã, bjundas para vocês ;*
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A Princesinha do Morro
Teen FictionEla é doce Ele é arrogante Ela faz de tudo pelos os amigos Ele é calculista Ela espera o seu príncipe encantado Ele já não crê mais no amor Ela é divertida Ele é frio Ela mora no morro Ele mora no Leblon Duas pessoas completamente diferentes, e qu...