Promete Não Contar Pra Ninguém?

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Paris.

Cat Noir / Adrian Agreste

Não sabia ao certo quando, mas fazia uns dias que havia notado seu sentimento por LadyBug se tornar menos arrebatador.

Não era como se não gostasse dela, mas ultimamente suas cantadas se tornaram um hábito apenas para quebrar o clima ruim, não era mias para tentar a conquistar de alguma forma. A cada dia a admirava mais como heroína, a incrível heroína que era, mas nada que fosse ligado a romance em si.

Com seus dezessete anos, agora conseguia ver que sua Lady, por ser seu primeiro amor tomou tempo demais o impedindo de ver o que, ou melhor, quem estava bem na sua frente todo aquele tempo.

Sabe a menina mais desastrada do mundo? Aquela que sem querer fechou nela mesma o guarda chuva que recebeu dele num de seus primeiros dias da escola? Que nunca conseguia conversar com Adrian, seu nome verdadeiro, sem gaguejar ou corar de maneira fofa? A mesma que jogava videogame melhor que qualquer outra pessoa no mundo? Bem, aquela era Marinette Dupain Cheng.

A garota mais incrível que teve o prazer de conhecer e que, apesar de sem jeito por vezes, o conquistou com sua personalidade apaixonante, determinada, destemida e acolhedora que só emergia quando estava batendo papo com Cat Noir, seu nome de herói, na sacada de seu quarto cor de rosa coberto por mostras de tecido, croquis e todo tipo de material de costura.

No começo parava quando estava com a cabeça cheia demais, quase sempre quando sua lady não estava patrulhando com ele. E de início tudo se resumia ao herói entrar no quarto de mansinho, chegar bem perto dela, sussurrar "Olá princesa" em seu ouvido, rir quando a assustava, levar uns tapas de Mari e ser expulso em seguida sob os xingamentos de "gato estúpido" ou qualquer coisa do tipo.

Alguns meses após, ela desabafou sobre o quanto estava infeliz por gostar de um garoto e não ser correspondida, o deixando chocado.

Afinal quem seria o cego que ignorava a garota incrível a sua frente? Aquilo era um absurdo.

E mesmo hoje, com um ano e meio de amizade já decoridos entre a garota e ele, não conseguia a convencer a contar o nome do sujeito.

Com um ano, quando começou a beijar outras garotas e fazer outras coisas também, apenas para não ser um paspalho quando tivesse a chance de ficar com sua lady, começou a reparar em coisas que passavam despercebidas no colégio.

O sorriso dela ao ouvir algo bobo, o tom rosado das bochechas de sua princesa ao receber um flerte de brincadeira dele, o corpo sem excessos, com curvas nos lugares certos e principalmente os lábios.

Toda vez que ela os mordia para se impedir de rir de algo muito estúpido que Cat Noir dizia seu corpo se eletrizava como se tivesse recebido uma discarga elétrica de alta voltagem. Foi então que finalmente se deu conta. Mesmo sem tentar, havia começado a esquecer Ladybug, gostando de sua colega e agora confidente dele como herói, ao invés.

Foi aí que, Plagg, o gato idiota começou a comentar a respeito da frequência que Adrian visitava sua colega desastrada de sala. Só que já era muito tarde para fingir que não sentia nada.

Marinette era doce, gentil, determinada e uma grande amiga. Gostava muito dela e, agora que Alya namorava seu melhor amigo Nino, sentavam um ao lado do outro todos os dias. O que era ótimo, porém uma tortura para ele.

Seu lado mais selvagem, que tentava à todo custo controlar desde que seus hormônios começaram a fazer uma revolução dentro dele, o faziam pensar em coisas que não eram nem um pouco inocentes. Ao contrário de Marinette, que sem se dar conta, a cada visita dele que recebia o deixava mais e mais apaixonado por ela sem que percebesse.

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