Lágrimas de Abril - Park Jimin

quatro

Havia acabado de chegar na escola depois de uma noite inteira sem pregar os olhos.  Estava distraída, a mente totalmente avoada indo para minha classe, que estava próxima até que eu esbarro em alguém.  Me assustei, pensando que era Jimin.  

— Sua idiota! não olha pra onde anda? —Ouvi sua voz grossa soar e suspirei aliviada por não ser Jimin.  Olhei para encarar o garoto, que estava a minha frente e me assustei. Ele era loiro, o que combinava com sua pele pálida, seus traços eram bem desenhados.

— Me desculpa! — Exclamei. — Foi sem querer. — Digo me abaixando rapidamente e juntando os papéis que haviam caido no chão. Peguei todos os papéis do chão e olhei uma, e acabei vendo que eram composições. 

— Wow! — Digo lendo. — É muito bonita — Falei e vi o garoto puxar o papel da minha mão agressivamente, suspirei derrotada.

— Eu não mandei você ver, sua intrometida! — Ele disse e ergueu sua cabeça para encontrar o meu olhar, assim abaixei o mesma, totalmente envergonhada.

— Me desculpe. —   Me curvei e corri direto para minha classe, vendo todos os alunos da escola cochicharem sobre mim enquanto andava pelo o corredor largo.

Cheguei na classe e vi apenas um pequeno grupo de meninos, quer dizer o grupo de Park Jimin com seus amigos.

Pelo o que eu soube por alguns alunos, são cinco garotos. Kim Namjoon, Kim SeokJin, Kim Taehyung, Jung Hoseok e o famoso Park Jimin.

Entrei na sala e eles me olharam sorrindo cinicamente.

— Ah, oi, suicida. — Jimin disse, e eu sentia um ódio extremo me contemplar. Não respondi, responder seria uma idiotice minha, iria aparecer que eu gostava de ser chamada por aquele apelido. Apenas segui para a minha carteira de origem, me sentando e fixando meu olhar no nada.

Logo todos os alunos entraram e atrás o professor.

[...]

Bateu o sinal do intervalo, sai da sala rapidamente indo para o refeitório. Chegando lá avistei cada canto um grupinho, entrei na fila e logo sai dali com o prato de comida, eu estava com tanta fome, fazia dias que eu não comia direito. Estava procurando algum lugar para me sentar, até que sinto alguém esbarrar em mim, ou melhor me empurrar de propósito. A comida caiu em meu uniforme me sujando.

— Opa! — Era Jimin, me irritei, esse garoto era ridículo. — O que temos por aqui.—Ele olhou em volta, rindo cínico e viu que todos estavam olhando. Percebeu que era um boa hora para acabar com minha querida reputação. — Por que não olha pra onde anda, otária? — Todos riram. — Nossa, aliás você fica muito bem assim. — Zombou de mim, que ainda estava largada no chão, com a minha comida em boa parte do meu uniforme. — Acho que ainda não está muito bom, precisa de algo a mais. — Ele colocou a mão no queixo, fingindo pensar, se é que tinha cérebro para isso. Por um instante vi ele pegar uma bandeja de uma garota que passava por ali, e jogar toda a comida em minha cabeça. — Agora está melhor. — Ele disse e todos que estavam no refeitório riram. Vi Kim Namjoon entregar uma latinha de refrigerante para Jimin, que pegou a lata e jogou novamente tudo em mim. Aquilo estava gelado. Minha vista começou a borrar por conta do choro. Fechei meus olhos, ouvindo as risadas vindo de todas as pessoas ali presentes. Abri meus olhos quando ouvi um barulho de soco. E ali estava Park Jimin largado no chão e o garoto que havia sido grosso comigo hoje de manhã. Jimin se levantou rapidamente, partindo pra cima do garoto, que se defendeu e deu outro soco. Mas Jimin foi rápido, acertando o garoto que foi ao encontro do chão. Jimin subiu em cima do garoto e começou a bater nele que tentava se defender inútilmente. Todo mundo ficou em volta gritando como se fosse mma ao vivo. O nariz do garoto começou a sangrar e a boca também. Me assustei se enfiando no meio de todo mundo. Puxei Jimin, que estava em cima do garoto para trás, o que fez com que ele cambaleasse. Ele olhou para mim e iria me dar um tapa, mas eu só vi ele caindo no chão segurando o nariz que agora sangrava. O menino estava em pé, ao meu lado, olhando Jimin que estava no chão. Ele estaria em pé, se Jimin não tivesse dado um chute em sua perna, ele gemeu de dor e caiu no chão machucado. Fui até ele e o levantei ouvindo alguns xingamentos da parte dele. Não liguei para o meu estado e passei seu braço pelo o meu pescoço. O carregando para a enfermaria. Chegando lá, o soltei e o deixei ir até a "maca" que ali havia. A enfermeira começou a cuidar dos seus machucados e eu fiquei ali encostada na porta. A enfermeira deixou nos as sós após ter feito todo o curativo, e assim não consegui me controlar, as lágrimas já escorriam e os soluços já eram ouvidos.