Prólogo

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"Filha! Eu sei que eu errei muito com você por não ter aceitado a sua filha, mas só eu sei o que você vai sofrer e já sofreu com essa criança, e também sei que você amará ela com toda a sua alma, mas eu lhe escrevo essa carta não para falar da pequena Alice, mas sim de você e do seu passado, desde pequena você sempre me perguntou onde estava o seu pai, e eu nunca pude lhe responder, agora que eu já não estou mais do seu lado para poder lhe proteger e lhe ajudar com a sua filha eu tenho que te contar a verdade, seu pai não sabe da sua existência, quando eu descobri da sua gravidez seu avô me fez sumir, ameacando a minha, a sua e até mesmo a vida do seu pai, tomada pelo desespero, vim para Belo Horizonte, onde sua avó me acolheu e me ajudou a te criar, hoje graças a Deus o seu avô está morto e eu espero que esteja queimando no inferno, seu pai deve receber uma carta como essa, não poderia te mandar para ele de surpresa, tenho certeza que ele acolherá você e a sua filha com muito amor, seu pai é um homem muito bom, por mais que a vida que ele tenha não seja à melhor, mas eu sei que ele cuidará de vocês como eu não tive coragem, seu pai se chama Rogério, ou Gel, e ele é dono do morro da Paraisópolis, em São Paulo, eu sei que você deve está assutada e em choque, mas como eu já disse o seu pai é um homem bom, e tem pessoas boas ao seu redor, só tenha cuidado Agatha, as pessoas são traiçoeiras e podem te ferir, não abaixei a cabeça para qualquer um minha filha,  continuei sendo forte e guerreira, e nunca deixe que ninguém lhe tire o que é seu por direito.

Te amo, mamãe..."

De Princesa À PatroaOnde histórias criam vida. Descubra agora