Em consideração aos pedidos ansiosos e à minha própria ansiedade, aí está o segundo capítulo e a delícia do Viking infernal. Espero que gostem, e se gostarem...Comentem, indiquem, votem!rsrsrsr
Beijocas
Quando entrei no restaurante, nem mais lembrava o fatídico acontecimento. Lá estavam todos, inclusive Marjorie, sentados em uma mesa redonda e com as feições bem expressivas.
Mamãe já havia me visto e agora me fitava com ambas sobrancelhas erguidas e um sorriso forçado no rosto. Podia apostar que ela havia chegado bem mais cedo do que o combinado e já estava farta de esperar.
Marjorie enrolava uma mecha do cabelo loiro - quase platinado - e rabiscava em um caderno. Assim que me avistou largou o lápis e ajeitou-se na cadeira. Seria a primeira a me dizer impropérios. Apenas o papai me olhava com genuína satisfação. Ah, papai...
- Até que enfim, hein, Bella Fraise?!
Não disse? Essa é a minha irmãzinha.
- Tive problemas no trânsito, Marjorie Fraise - ironizei.
Contornei a mesa e beijei a mamãe, quase conseguindo escapar, mas ela me segurou pelo braço, enquanto beijava a minha bochecha.
- Poderia ter ligado, Bella. Estamos aqui há quase uma hora - sussurrou.
- Desculpe, mamãe. Você está certa - sussurrei de volta. Era melhor não provocar.
Abracei papai e beijei-lhe a testa.
- E aí, Bela Ane?
Me chamar de Bela Ane era uma "piada interna" entre eu e meu pai e, da qual, apenas ele achava graça. Mesmo assim eu ria, para ser gentil. E, embora meu nome não tivesse nada a ver com a junção de outros nomes, mas sim com o nome do vinho que meus pais conheceram quando viajaram em lua-de-mel pelo interior da França, eu aceitava aquele tratamento como algo muito carinhoso, algo só nosso.
- Oi, paizinho. Vocês estão bem? Já pediram algo? - Fui sentando e ajeitando o guardanapo no colo.
- Já quer almoçar, Bella? Não acha que é muito cedo?
Ocupei o único lugar vago na mesa, entre o papai e a Marjorie, o que me dava uma distância suficiente para acertá-la, caso me torrasse a paciência.
- Quem falou em comida aqui foi você, Margie. Tem feito muito jejum? Parece só pensar nisso...
Antes que a pequena pudesse responder, mamãe interveio, mandando a gente parar de discutir.
- Por favor, poderia me servir uma água de côco? - gentilmente, pedi ao garçom ao meu lado.
Um breve silêncio se fez na mesa e eu apreciei aquela paz. Infelizmente, durou pouco.
- Bella, você precisa ir experimentar o vestido de dama de honra. Você escolheu o modelo e foi a única que ainda não...
Droga!
- Eu sei, Margie. Prometo que irei amanhã. Você sabe que eu estava viajando e cheguei há apenas dois dias.
- Tudo bem, Bella, a Margie entende. - Minha mãe sempre fazia a parte conciliadora, enquanto papai alisava a minha mão sob a mesa. - Se quiser, irei com você, amor - disse mamãe, usando o seu tom doce, capaz de convencer um judeu a comemorar o Natal. Não... Ela não me deixaria ir só. Precisava verificar se eu não iria mandar subir a bainha ou descer o decote.
- Certo, mãe. Te pego no final da manhã, tudo bem?
- Hum... Pode ser à tarde? Tenho que fechar a coluna de hoje para amanhã...
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Bellanne-se! - DEGUSTAÇÃO
ChickLitEste é o livro 1 da duologia "Bellanne-se!". SINOPSE: Bellanne Fraise sempre foi tida como a transgressora, o "ovo azul" em meio à dúzia perfeitamente alva. Fotógrafa de sucesso, Inteligente, com a autoestima elevadíssima e bem resolvida com suas cu...