P A S T

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| Min Yoongi, 17 anos atrás |

Estava sentindo medo, papai e mamãe haviam brigado de novo mas desta vez foi pior, papai tinha xingado mamãe de todos os nomes feios que eu jamais poderia se quer pensar em falar, tirando o fato de que papai bateu em mamãe de novo, e eu seria o próximo mas sai de casa correndo.

Papai chegava em casa quase todos os dias bêbado e com uma garrafa de bebida alcoólica cujo o nome eu desconhecia. Mamãe pedia para papai parar com aquele costume mas isso o deixava mais irritado a ponto de bater nela, isso me deixava triste. Ver mamãe apanhar em minha frente e eu não poder fazer nada.

Então corri, corri o mais rápido possível que consegui com minhas pernas pequenas assim como mamãe havia falado para fazer. Só parei de correr por conta do cansaço, me sentando em baixo de uma árvore abraçando minhas pernas.

O lugar era parado, a árvore de cerejeira da colocação rosa estava bastante florida, com algumas pétalas no chão.

Não podia voltar pra casa, sabia que papai iria me matar, literalmente. Sem saber o que fazer acabo me rendendo ao choro que estava segundo dês de que aquele monstro chegou em casa, chorava a ponto de soluçar, papai sempre falava que somente menininhas choravam. Então eu sempre engolia o choro.

Ficava a imaginar onde eu iria ficar, onde iria morar como iria comer? Essas perguntas e mais outras ecoavam pela minha cabeça me fazendo ficar mais desesperado ao saber que não teria lugar nenhum para ficar e passar as noites frias que tinha na cidade.

Me assusto sentindo uma mão pequena  meu ombro, me fazendo cortar todos os pensamentos horríveis  o que estava  e a ter, levanto minha cabeça  parando com meu olhar para um menino, provavelmente mais novo que eu, seus fios morenos e com as bochechas coradinhas e gordinhas, o mesmo me encarava com preocupação e tristeza em seu semblante.

– por quê choras?

Estava assutado, aquele menino ainda me encarava, sentia seu olhar queimar sobre mim, me encarava com curiosidade. Opino por ficar em silêncio, afinal, mamãe sempre dizia para não falar com estranhos.

– ei eu quero lhe ajudar, por quê choras?

Ele iria continuar a insistir até que eu falasse o motivo do meu choro desesperado.

– eu estou com medo...

– medo do quê?

– e-eu... Eu quero a minha mamãe...

Meu choro agora era com mais intensidade, queria minha mãe, queria ela aqui para me consolar e não esse menino que eu nem se quer sei o nome.

Sinto braços me envolver em um abraço apertado, estranhei aquilo, ninguém além das minha mãe havia me abraçado, aquele menino estava me apertando no abraço como quisesse falar que ele estava ali. Que estaria ali para que eu falasse tudo o que tinha acontecido... Me senti seguro.

– ei eu quero te ajudar, como se chama?

– Yoongi, Min Yoongi...

– prazer Yoongi, me chamo Jimin, Park Jimin.

O menino agora, Jimin, havia aberto um sorriso enorme e reconfortante, fazendo seus olhinhos sorriem também, me contagiando para sorrir mínimo.

– que tal a gente brincar de pular corda? Papai me comprou essas cordas hoje! -sorria de modo animado me entregando uma corda azul com cabos amarelos na ponta, muito provavelmente para segurar enquanto pulava.

Sem pensar duas vezes me levanto secando meu rosto de qualquer jeito com a manga do moletom preto sujo que eu usava.

– vamos, Jimin. -sorrio, aquele tinha sido o primeiro sorriso sincero que abri aquele dia.

Mal conhecia aquele menino mas, senti um calor, esse calor eu só sentia com a minha mãe. Jimin parecia alguém especial.

My DemonOnde histórias criam vida. Descubra agora