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The Choice

“Nada mais importa”

Ele me beijava tão intensamente que pensei que nunca fosse parar. Só paramos um instante para respirar.
— Você tem certeza do que está fazendo Barry?
— Não.
— Não quero que me abandone mais uma vez. Nunca mais! Ouviu?
— Claro, sra. Preocupacão.
— Bobão.
— Eu te amo e prometo…
Não deixei que ele terminasse de falar. Dei um outro beijo nele.
— Eu não vou pra casa hoje.
— Barry…
— Não! Não e não! Eles querem meu bem, eu sei disso. Mas não posso mais viver sendo obrigado a seguir ordens ridículas.  Não posso namorar quem quero. Não posso ir a festas, não posso nem ficar descansando!! Aquela casa é como uma prisão.
Respirei fundo. Tudo o que eu menos queria era vê-lo se separar da família. Mas por outro lado, eu não queria me separar dele, ele odiava a família e não queria mais morar lá.
— Certo, então… o que pretende fazer? Pra onde vai?
— Agora, tudo que quero, é ficar com você.
Precisamos ir para outro lugar, para nos proteger da chuva. Não quero ficar olhando para essa deplorável "vista". Venha comigo. Vamos para o "Moonlight".
— O que é isso?
— É uma balada. — Arqueei as sobrancelhas impressionada — Não faça essa cara.
— Barry, não tenho dinheiro nem pra um sanduíche.
— Não se preocupe com isso Maya.
— Tudo bem, mas só dessa vez.
— Vou pedir ajuda para meu motorista.
Fomos até a garagem da casa. Barry pediu ao motorista que nos levasse a balada, mas ele se negou.
— Não posso Barry. Ordens de sua mãe.
— Filha da…
— Barry! — o interrompi antes que dissese alguma besteira. — Não tem pernas?
— Está louca? É a dois quilômetros daqui.
— Então vamos logo que vai demorar! — começei a correr — Corre Barry! Corre!
(Entendedores entenderão)
— Não se exiba. Eu posso correr muito rápido.
— Corrida? — perguntei.
— Corrida!

A chuva caía, estava forte,  mas para nós, era como se não existisse. Eu já tinha começado a correr mais cedo e quando ele me alcançou, me pegou no colo e me beijou de novo.
— Maya! Estamos enxarcados e sua roupa está…
— Não se atreva! Eu sei muito bem como minhas roupas estão.
— Vamos passar na loja de roupas ali na frente. Lá também tem guarda chuva.(risos)
Quando chegamos lá,  vi que não era uma loja de roupas comuns, lá só haviam roupas chiques, e muuito caras. Quando digo muito, estou falando sério.
— Barry, essa loja é muito…
— Quieta Maya! — Ele pegou um vestido preto curto que eu achei meio… sei lá... — Prove! Rápido!  Preciso pegar roupas para mim também!
— Humm… Agora ta mandão?
— Eu sou o cara mais malvado da cidade… — disse me abraçando e apertando de leve minha *********.
— Gostei da atitude, só não exagera.
Fui até o provador e coloquei o vestido. Ele tinha um fecho atrás que eu não conseguia fechar.
— Barry! Me ajuda aqui!
— Oque foi?
— Preciso que feche meu vestido. — Barry já estava vestido. Com uma calça social e uma camisa de manga longa azul claro.
— Claro. Na hora de tirar me chama também. — Ele fez um olhar malicioso.
— Já tinha avisado, não exagera!
Me afastei dele e pedi para um funcionário da loja me ajudar. Barry ficou com um olhar fulminante.
— Pronto senhorita.
— Gostou Barry?
— Ficou lindo… ele veio até mim, me agarrou e me deu um selinho.
— Queria outro. Não quero abusar do seu dinheiro mas…Você escolhe...
— Porque?  Não gostou?
— Está muito curto. E meus peitos ficam muito a mostra.
— Não seja boba. Está maravilhoso. Pegue esses sapatos.
— São lindos Barry...
— Não tanto quanto você.
Eram sapatos de salto alto beges brilhantes. —Eu nunca tinha usado um salto tão alto. Sem contar que nem me lembro da última vez que eu usei salto.
— Todas as meninas usam. Não deve ser difícil.
— Não é? Até parece.— Fui até ele e me agarrei em seu pescoço. — Como vamos correr se eu estiver usando esses saltos? — zombei.
Ele foi até o caixa e pagou as roupas. Pediu que chamassem um taxi.
— Não ia correr até lá? — Disse rindo.
— Você está muito chique para ir a pé.
— Onde estam minhas antigas roupas?
— Se você está se referindo a aqueles trapos… estão no lixo.
— Barry! Não posso passar a vida de vestido de festa e saltos altos.
— Calma, eu guardei os tênis. E eu compro roupas de verdade pra você.
— Me senti ofendida. — Sentei numa poltrona e fiquei amuada.
— Não se ofenda. — Ele se agachou na minha frente — Desculpa se te deixei triste.  Me perdoa?
— Vou pensar no seu caso. — Me levantei e beijei sua bochecha.
O taxi chegou e nós partimos. Barry deixou que eu encontasse nele enquanto ele acariciava meu cabelo.
— Você vai gostar de lá. É bem animado.
— Eu gosto de você. E de agora em diante, não importa mais aonde estaremos. Eu só quero estar com você.

(O celular de Barry toca)

Barry:    Alô?
XxX :     Alôôu
Barry:    Oliver! Que saudade!
Oliver:  Estamos indo pra aí. Tentei avisar antes mas estavamos sem sinal. Nós chegamos em uma hora.
Barry:    Pra onde você vai exatamente?
Oliver:  Ué! Eu vou pra casa.
Barry:    É que… eu meio que não estou mais em casa…
Oliver:  Vai pra lá agora… Por favor, Felicity também está comigo. Ela também quer ver você.
Barry:   Eu não posso…
Oliver:  Porquê?
Barry:   Pode ir lá na nossa balada?
Oliver:  Qual ?
Barry:    Moonlight.
Oliver:  Ok. Eu já vou.
Barry:    Tchau.
Oliver:   Tchau Barry.

— Quem era? — perguntei.
— Meu irmão. Oliver Queen.
— O seu irmão é o… Oliver Queen!!!
— É…
— Vocês são estranhos...
— Me diga algo que eu não saiba.

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