-Gustavo,ESPERAA! - gritei em vão pois ele já estava longe-E agora Artur?!
-Eu vou conversar com ele e ver o que eu posso fazer ,segura minhas pontas na aula beleza?
Afirmei com a cabeça o vendo correr em direção à Gustavo,e voltei a me alongar perto da borda da piscina ,estava um barulho enorme ,pois a maioria que fazia aulas de natação eram homens,quando um silêncio me trás de volta a realidade ,levanto minha cabeça e quando me dou conta o motivo do silêncio se materializa do meu lado ,trocado o peso de suas pernas extremamente esculpidas ,e coloca uma mecha atras da orelha,ela estava sem jeito
-Não liga pra eles -disse a olhando com minha cara mais amistosa possível -meu nome é Mar...
-Marcos Andretta -ela disse e só então percebi o quão azuis eram seus olhos ,era baixa menor que eu devia ter 1, 65,seus cabelos eram negros iguais a noite,e sua pela extremamente branca ,era idêntica à branca de neve ,e sua voz era doce ,mas foi isso que me chamou a atenção e então com o cenho franzido e a fez enrubescer -meu nome é Alexia
Ela era extremamente linda parecia uma boneca ,seu jeito delicado estava deixando os outros meninos um tanto quanto ativos
-Você é nova aqui?
-sim,me mudei tem pouco tempo-ela disse se alongando e exibindo sua flexibilidade assustadora,eu estava muito desconfiado ,mas não sabia como perguntar ,de longe queria parecer um babaca-algum problema?
-Na-Não, e que geralmente os meninos escondem natação,e as meninas culinária,acho isso uma merda de estereótipos,mas é que -suspiro vencido,eu só estava me afundando mais- Desculpa...
-Eu te entendo -a encarei mas a mesma desvio o olhar ,ela parecia magoada ,mas não com o que eu disse ,e sim com o que eu disse acendeu nela- desde pequena vivi esses estereótipos ridículos,mas isso nem de longe era o que me machucava
-Ei ei,não chora não- sequei uma lágrima que escorria em sua face e ,a presença da mesma pareceu a assusta-la mais do que a mim -podemos sair daqui se quiser , ou após a aula podemos ir tomar um sorvete ,sua expressão era desconfiança,mas um sorriso formou em seu lábios -prometo que não tentarei absolutamente nada,juro juradinho,só quero que se sinta confortável na escola e que se sinta melhor-falei protegendo meu corpo como se esperasse por um ataque dela ,o que a fez rir ,ou melhor ,gargalhar atraindo a atenção dos meninos que babavam por ela,não era pra menos ela era extremamente linda ,não me cansava de a observar
-humm?...-Alexia falou fazendo uma mera encenação arrancando meu riso-podemos ir depois da aula sim,mas olha você vai me fazer matar aula de física ,detesto aquilo mesmo
-Pra mim também era aula de física,depois quero olhar sua grade de matérias,pra ver quais aulas temos em comum.
-ALEXIA E MARCOS ,chega de papo ,água JAAAAA-disse,quer dizer,gritou o treinador e apitou aquele objeto demoniaco,fazendo em e Alexia pular na água,é assim nadamos e nadamos e não fizemos nada a não ser nadar.
-Dois sorvetes de torta alemã e de limão,por favor -disse e então nós sentamos numa mês redonda vermelha,a sorveteria era nova é bastante aconchegante ,ficava na parte do refeitório virada pro enorme campo ,onde os alunos almoçavam ,estudavam ,e matavam aula-É lindo não é -chamou sua atenção ,para as montanhas ao fundo da escola
-É sim,sempre gostei do Brasil
-você não é daqui?
-nasci aqui ,meu pai disse que minha mão morreu no parto,e pra tentar esquecê-la,nos mudamos pra Rússia,onde cresci,mas com o passar do tempo vi que aquele país de longe era meu lar -uma pausa e então nossos sorvetes chegaram e então ela completou-pois eles são extremamente LGBTQobicos,e a história de uma mente feminina presa em um corpo masculino,era Inaceitável,então nós mudamos de lá para ,Portugal, por volta dos meus 11,e lá comecei meu tratamento hormonal para retardar a puberdade ,e com meus 15 comecei a tomar hormônios femininos e com 17 fiz minha redesignação de sexo, um ano se passou, e semana passada meu pai decidiu se mudar para o Brasil,eu sempre gostei desse país,mas não o acho tão diferente da Rússia embora seja mais tolerável,não é lá essas coisas
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Florescer (Romance Gay)
Roman d'amourUma vez me disseram que o amor machuca causando-nos dor. A dor é um mecanismo de defesa para não praticarmos tais atos, aprendemos a criar maneiras de cessar o sofrimento, de nos defender. Aquela dor que o amor trás ,se encaixa nesse aglomerado...