Capítulo 1

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Era manhã, o sol ainda estava escondido no horizonte apenas iluminando um pouco anunciando a chegada da manhã. Pássaros cantando, flores desabrochando, uma ótima manhã para se aproveitar se não fosse pelo fato de ser mais um dia rotineiro de trabalho.

O som irritante do despertador se fez presente a partir do horário marcado na programação, o som quebrou completamente o silencio majestoso que havia dentro do quarto, assim, despertando o esqueleto adormecido que grunhiu irritado; este nada delicado levou sua mão óssea até o despertador apertando seu botão cessando o som permitindo o retorno do silencio.

Virou-se de um lado para o outro na cama de casal reclamando mentalmente por acordar tão cedo. Sentou-se na cama esfregando as costas de suas mãos nas órbitas tentando melhorar sua visão embaçada. Ainda bêbado de sono se dirigiu à beira da cama em seguida colocando seus pés dentro das pantufas felpudas e coloridas, se levantou largando dos cobertores e se dirigiu para o banheiro fazer suas necessidades básicas. Escovar os dentes, jogar uma água na cara... essas coisas, na maioria tentando afastar o sono e os pensamentos tentadores sobre sua cama e travesseiro. Observou suas órbitas heterocromáticas, levemente escuras abaixo das mesmas devido ao sono.

Saiu do banheiro se deparando com o corredor vazio a mal iluminado de seu apartamento, estava ligeiramente frio pela manhã causando um arrepio na espinha do esqueleto que automaticamente abraçou-se e continuou até o fim do lugar dobrando à direita rumo a cozinha. Sem nem olhar para os lados, a primeira coisa que fez foi ligar a cafeteira deixando-a esquentar preparando seu café. Arrastando suas pantufas pelo corredor, foi até seu quarto pondo suas roupas e seu cachecol favorito.

Novamente passando pelo corredor conseguindo ouvir sua barriga dar sinais de vida, com fome. Pegou um xicara e despejou o liquido da cafeteira sentindo o delicioso aroma do café, bebericou alguns goles logo soltando a xicara na mesa indo preparar algo para comer. "Um misto quente talvez...nah, fiz isso semana passada inteira... puff uma torrada, então..." pensou o esqueleto consigo mesmo. Se dirigiu a geladeira pegando os condimentos para fazer o alimento e logo concluindo pôs na torradeira já aquecida. Não demorou muito para ela ficar pronta e o esqueleto saciar sua fome e terminar seu café.

Agora de estômago cheio, andou em direção a sua sala de estar que não era à muitos passos dali. Constituída por um rack de madeira marrom escura, TV, um sofá de cor bege e algumas poltronas e puffs espalhados, e um tapete felpudo vermelho. Não era muito grande, mas aconchegante. Voltando ao esqueleto, este procurava por seus cadernos de desenhos e anotações espalhados pelo sofá, guardava tudo em uma pasta marrom claro com algumas manchas de tinta.

Logo passou a alça da pasta por sua cabeça pendurando em seu ombro deixando-a na altura da cintura. Foi até a porta pegando suas chaves em cima da mesa e foi rumo a porta do apartamento, trancou-a assim que saiu, guardou as chaves no bolso da pasta e desceu as escadas do prédio. Um tempo já tinha passado o que foi suficiente para o sol começar a mostrar-se no céu. Tudo o que indicava é que daria um belo dia ensolarado e quente. Uma leve brisa passava pelas ruas, estas pouco movimentadas.

O esqueleto albino e de orbitas peculiares – mudavam de cor, tamanho e formato a cada piscada que dava – saiu do prédio se deparando com o belo céu azul. Com um pequeno sorriso no rosto caminhou até uma parada de taxi que não ficava muito longe do prédio onde marava, na parada, alguns taxis se encontravam ali preparados para trabalhar.

O de cachecol se aproximou do local encontrando um amigo que ali trabalha. Era um monstro, um coelho de pelagem azul e alto. Seu nome era Nice Cream, um monstro muito simpático que trabalha em dois empregos para se sustentar. Pela manhã trabalha como taxista e à tarde trabalha em uma sorveteria.

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