CAPÍTULO 2: Passado & Presente

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Ei primo me espere!

— Corre Vítor, você é muito lerdo.

Os dois primos corriam juntos pelo campo. Vítor estava com as pernas dormentes, os dois fizeram uma caminhada de cinco quilômetros em linha reta. Mas Pablo não parecia cansado.

Pablo, onde vai me levar? — Perguntou Vítor ofegante e cansado, mas com um tom de curiosidade.

Você já vai saber. — Respondeu Pablo. — Você é muito devagar, vem sobe nas minhas costas. — Pablo se abaixou para que Vítor subisse. O garoto não exitou nem um pouco, tomou força e subiu nas costas do primo.

Pablo começou a correr e Vitor jogou seus braços para o alto e sentiu o vento beliscar seu rosto! O vento bagunçava seu cabelo.
Vítor era mais novo, então Pablo cuidava dele como se fosse seu herói, e de fato ele era. Pablo se sentia na obrigação de Proteger Vítor do que fosse, até dos valentões da escola, esses quais sempre apanhavam de Pablo.

Pronto, chegamos! — Falou Pablo.

Eles estavam em uma clareira cheia de flores amarelas e roxas. Era possível ouvir o som de uma cachoeira se misturando com os cantos dos pássaros, um lugar que tinha muito verde e muitas árvores em volta, tinha um formato redondo perfeito. Um lugar magnífico, as flores amarelas e roxas se misturavam formando um efeito único. A primavera tinha sido generosa com tudo nessa clareira afastada de todos. Mas agora Pablo e Vítor a conhecia.

Que lindo Pablo. — Falou Vítor, seus olhos brilhavam deslumbrado com o cenário.

Esse é o nosso lugar secreto ninguém vem aqui, encontrei ele a alguns meses atrás, estava louco pra que você o visse também. — Comentou Pablo excitado. — Me promete que não vai falar pra ninguém sobre esse lugar?

Eu prometo! — Respondeu Vítor não prestando muita atenção no primo, o garoto olhava para as flores encantado com tudo aquilo. Pablo se abaixou e pegou algumas flores e as entregou para Vítor que sorriu e ficou corado.

Obrigado.

Pablo pegou uma pequeno alfinete que sempre carregava em sua camisa.

Me de sua mão Vítor!

Pra quê?

Você confia em mim?

Sim! — Vítor estava muito desconfiado mas mesmo assim deu sua mão para Pablo.

Pablo com muito cuidado furou o dedo de Vítor e depois furou o seu.

Vamos fazer uma promessa de que nunca vamos nos separar!

Eu prometo não te deixar nunca Pablo! — Prometeu Vítor.

Eu prometo nunca te deixar Vítor!

Juntaram seus dedos misturando seus sangues, e a promessa foi selada! A promessa nunca foi esquecida por Pablo, mas talvez para Vítor, ela nunca tenha existido.

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Acordei no outro dia, não com minha mãe gritando, como de costume, mas com meu despertador. Isso era estranho, minha mãe nunca perdia uma chance de berrar nos meus ouvidos. Ela só não faz isso quando está no trabalho.
Então levantei da cama em um salto, olhei no relógio e era quase dez horas, eu tinha esquecido do trabalho. Quando não estou na escola, tenho que trabalhar os dois turnos. Sai correndo pro banheiro ainda cambaleando.
Me vesti e desci, não parei pra tomar café nem nada. Na rua nenhum carro parou pra mim, parecia que hoje não era meu dia de sorte. Tive que correr, mas não me dava bem com corridas.
Depois de uma hora eu já estava na frente da loja, mal conseguia respirar, meu coração estava acelerado demais, e por um instante achei que ia infartar.

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