28//"mas você nem esperou né palhaço"

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Estava sentada numa boa costurando uma roupas minhas que haviam se rasgado enquanto assistia aquele programa de fofocas que passa de tarde quando a campainha começa a tocar freneticamente.

- JÁ TÔ INDO, SE TIVER APRESSADO ENTRA PELA JANELA.- gritei estressada.

Abri a porta recebendo a Emy jogada em cima de mim, sem saber o que fazer puxei ela para dentro de casa e fechei a porta.

- o que aconteceu?- sentei ela no sofá.

- o Rafa foi falar com o meu pai.- falou soluçando.- ele foi super legal e educado, minha mãe aceitou de boa, mas meu pai não gostou muito da ideia, ele disse coisas horríveis.- começou a chorar.- ele falou coisas horríveis para o Rafa e para mim, disse que eu era uma vagabunda mulher de bandido.- lhe abracei forte.- que eu ia aparecer numa vala qualquer com a boca cheia de bala.- fungou.

A cada dia que passa a raiva que eu sinto pelo pai da Emy só aumenta, esse cara é um babaca e agora isso não é mais pessoal, se não fosse pela Emy eu já tinha mandado meu pai apagar ele a muito tempo.

- calma amiga, tá tudo bem.- alisei sua costa num gesto de conforto.

- o Rafa ficou com raiva e partiu para cima dele, eu achei que ele fosse matar meu pai, ele estava enfurecido, ele me defendeu dizendo o quanto eu era maravilhosa enquanto meu pai estava sangrando no chão, eu só queria um relacionamento normal Isa, que meu pai aceitasse, que o meu namorado não quisesse lhe matar.- desabafou.

- desculpa Emy, mas seu pai mereceu, por mim ele já teria ido dá uma passadinha no inferno, ele falou coisas horríveis para o Rafa, você acha mesmo que ele ia aguentar calado?

- eu sei, às vezes eu invejo você e o Luan - se afastou envergonhada.- no começo foi difícil, mas depois seu pai aceitou e vocês estão junto até hoje, comigo e o Rafa é tudo complicado.

- eu tenho que confidenciar que também sinto inveja do teu cabelo, então estamos kits.- ela soltou uma risadinha fraca.

A porta se abre brutalmente fazendo olharmos assustada para a mesma, Rafa encontra Emy com o olhar e vem até ela.

- amor, você está bem?- lhe abraçou apertado.

- tô sim.- retribuiu o abraço.

- eu juro que vamos passar por tudo isso juntos.- segurou o rosto dela.- eu te amo.- lhe beijou.

- huh, vocês querem ficar sozinhos?- perguntei sem graça.

- sim.- Rafa respondeu.

- eu vou está lá na cozinha.

Fui até a cozinha, vi que tinha um bolo em cima da mesa e parti uma fatia me sentando na mesa, do jeito que eu tô no tédio sou capaz de comer esse bolo inteiro.

Quase meia hora depois o Rafa mandou eu voltar, chego na sala e encontro a Emy com a aparência bem melhor.

- então, está tudo bem aí?- perguntei cautelosamente.

- sim, agora estou bem melhorm- Emy sorriu.

- que bom.- fui até ela e lhe abracei.

- vamos passar por tudo isso juntos né amor?- olhou para ela.

- sim.

- aí meu Deus, vocês são muito fofos.

...

- então Isa, como está o namoro?- Rafa perguntou.

- bem.- continuei costurando minhas roupas.

- bem? Só isso?

- sim, ele vem aqui algumas vezes na semana já que ele está muito ocupado na faculdade e está cheio de trabalhos para fazer, sabe, faculdade exige muito das pessoas.- expliquei sem parar de costurar.

- eu e a Emy se ver todos os dias.

- que bom para vocês.

- ele faz faculdade de quê?- Emy perguntou.

- administração.

- ah, você já conheceu a família dele?- isso é o que? Um interrogatório?

- já.- respondi sem paciência.- nunca mais vi a tia Geovana.- mudei de assunto.

- ela falou que você era uma ingrata.- olhei perplexa para ele.- não se preocupa, ela é dramática assim mesmo.

- você acredita que ela já está cobrando netinhos de mim?- Emy falou rindo.- pelo amor de Deus, eu só tenho dezesseis anos.

- e é virgem.- acrescentei.

- como você pode ter tanta certeza?- arqueou a sombrancelha.

- te conheço a anos Emily, eu saberia se você não fosse mais virgem.

- grande coisa, você também é virgem.- espetei o meu dedo com a agulha.

- tá vendo Emily, você vem com esses papos, olha no que dá.- reclamei.- eu podia ter perdido o meu dedo.

- não seja dramática Isabela.- revirou os olhos.

- você é virgem?- Rafa perguntou para mim. Assenti envergonhada.- que bom, tínhamos combinado que perderíamos a virgindade um com o outro.

- mas você nem esperou né palhaço.- joguei uma blusa nele.- foi lá e ficou com aquela cabelo de menstruação.

A primeira garota com quem o Rafa transou era insuportável, ela é daqui do morro, mais rodada do que prato de microondas, o cabelo dela era vermelho mas se via a raiz preta, acho que ela não gostava de mim.

- mas pelo menos ela era gostosa.- sorriu malicioso.

- ei, eu tô aqui.- Emy deu um tapa na sua cabeça.

- eu te amo muito mais.- lhe beijou.

- I DON'T LIKE MY MIND RIGHT NOW, STACKING UP PROBLEMS THAT ARE SO UNNECESSARY, WISH THAT I COULD SLOW THINGS DOWN.- minha mãe entrou cantando alto com os seus fones de ouvidos.

- EI MÃE.- gritei para ela me ouvir.

- ah, vocês estão aí?- tirou os fones.

- sim, essa é minha música favorita do momento, é até o meu toque do celular.

- aí, eu também amo essa música.- falou animada.- a letra é tão... uau.

- enquanto a tia Manu escuta rock minha mãe escuta sertanejo universitário, triste realidade.- Rafa lamentou.

- hoje eu trouxe comida tailandesa para o almoço, vocês querem?

- nunca comi mas vou experimentar.- Emy sorriu gentilmente.

- ok, vou só colocar no microondas.- foi para cozinha.

- sua mãe nunca cozinha?- Emy perguntou.

- não, como cozinheira ela é uma ótima administradora.

- minha mãe tenta, mas quando ela vai fazer uma lasanha fica parecendo uma sopa, o feijão tem um gosto indecifrável.- Rafa falou rindo.

- coitada da tia Geo, Rafa.- balancei a cabeça rindo.- a panqueca dela é boa, mesmo o molho tendo gosto de melancia com manteiga.

As comidas da tia Geovana são simplesmente horríveis, é uns gostos mais estranhos que o outro, tenho até medo de comer e ficar com dor de barriga.

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Oi coalas, tudo bem? Sorry pelo capítulo sem graça mas vou tentar ir melhorando.

Até amanhã, bjundas para vocês ;*

A Princesinha do MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora