2° Capitulo

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Mr. Styles... Esse nome não me saiu da cabeça durante o jantar. Os meus pais permaneciam a conversar sobre temas banais dos seus trabalhos,  enquanto que eu pensava em todas as pessoas que já tinha conhecido na minha vida. O meu olhar estava concentrado meu prato, enquanto que o meu garfo desfazia o pequeno montinho de comida. Styles soava um sobrenome agradável de se dizer, acho que encontrei alguém que me possa tirar deste poço sem fundo da matemática, embora, não queira criar muitas expectativas quanto a isso, pois duvido que mesmo com o melhor melhor explicador do mundo eu consiga atingir o 10.

Decido prestar um pouco de atenção à conversa que está a decorrer na mesa e que parecia ser divertida, visto que ambos os meus pais se estavam a rir.

- Sim, foi o melhor dia de sempre. - A minha mãe comentou, sorrindo.

- Que melhor dia de sempre? - Decidi interromper para não estar a pensar sempre na mesma coisa. Espera, o pior disto tudo vai ser contar aos meus pais a desgraça que eu sou. Se calhar o melhor é eu desistir da escola e ir trabalhar para uma fábrica de confecção, mas eu tinha nos meus planos ir para a faculdade, seja do que for. Ainda nem disse à minha mãe que estou a pensar em contratar um explicador, nem ela sonha que estou assim tão má na escola.

Não é na escola, é na matemática.

- Ouviste? - A minha mãe interrompeu os meus pensamentos e vi que me tinha perdido novamente.  Sou um desastre,  nem ouvir uma conversa consigo.

- Não, desculpa. - Falei um pouco nervosa.

- Que tens? Estás um bocado pensativa desde que chegaste da escola.

- Ja te disse, dia longo. - Tentei não pormenorizar muito.

- Problemas com rapazes? - Interrogou, fazendo o meu pai quase a fuzilar com o olhar.

- Não! - Gritei chocada. É claro que era, eu gostava do Louis, mas como sempre eu nunco conto a ninguém da minha família se gosto de alguém.

O meu pai iria matar o pobre do rapaz, enquanto que a minha mãe era capaz de se apaixonar por ele e fugir para as Caraíbas. É destas reações que tenho medo, então mantenho sempre tudo no anónimo.

- Sabes que podes sempre fa--

- Deixa mãe! - Exclamei bastante incomodada com este assunto.

Cruzei os talheres, sem terminar a comida e levantei-me da mesa sem pedir autorização. Tinha demasiadas coisas para resolver e nenhuma delas envolvia conversar com a minha mãe. Fui para o meu quarto e fechei a porta com um bocadinho de força. Mas que raio de passa comigo? Desde quando faltei ao respeito aos meus pais desta forma?

Sentei-me na cama e observei os meus pés que abanavam ligeiramente pois não chegavam ao chão. Serei demasiado baixa ou a cama demasiado alta? Mas isso não interessava. Eu precisava de desabafar com alguém, talvez a Jules me oiça, afinal, somos melhores amigas. Peguei no telemóvel e digitei o seu número.

- Estou? - Ouvi a sua voz entusiasmada.

- Olá.

- Ah, és tu. - Disse perdendo a euforia do início.

- Pensavas que era quem? - Disse um pouco irritada.

- Nada, esquece.

- Ok, já vi que estou a incomodar.  Deves estar ocupada com o teu namoradinho.  - Rolei os olhos.

- Ei! Eu não namoro.

- Quando estiveres com mais disponibilidade para falar comigo avisa-me. -Pronunciei seca e desliguei-lhe o telemóvel na cara.

Soul MatesOnde histórias criam vida. Descubra agora