Começo do começo

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É tão bom ouvir aquele som da chuva batendo contra minha janela, isso deixa o dia mais agradável.  Nesses dias tudo fica mais intenso, do cheiro das coisas até despedidas.

Estou terminando de arrumar as malas, verificando se tudo que preciso está ali. Ao olhar pela janela vejo o caos da minha cidade, carros, motos, ruas sendo encharcadas pela chuva e várias pessoas andando de todas as direções com guarda-chuvas, e aquele mar, formando uma paisagem muito peculiar.

Vou sentir saudades daqui, da minha familia, mas tenho que lidar com isso. E até um pouco de saudade da minha antiga escola por causa dos professores, mas das pessoas em geral de lá nem tanto.

É estranho pensar que daqui algumas horas vou ter que fazer tudo sozinha, principalmente tomar decisões importantes.

Sempre morei com meus pais, e por ser filha única eles sempre foram bem super protetores, meus pais se chamam Lia e Tony, se conheceram bem jovens e logo se casaram, é uma longa história, meu pai sempre foi muito brincalhão adorava fazer truques de mágica e minha mãe sempre foi muito animada com tudo e falava o que lhe viesse a mente, viviamos em um apartamento pequeno mas confortável. Minha vida sempre estudar e estudar, praticamente passava 80% do meu tempo estudando, mas fazia isso mais por causa dos meus pais, achava que se tirasse notas boas eles teriam orgulho de mim, mas com o tempo isso começa a desgastar a gente e as vezes trás consequências, uma delas é ser um pouco solitário, não entendo muito o por que mas isso acontece pelo menos aconteceu comigo.

Mas estou na expectativa de que vou encontrar o meu Porquê, o "Porquê" significa para mim algo que vai me fazer muito feliz e ao mesmo tempo completa.

Ouço vozes vindo da cozinha dizendo meu nome, termino de me arrumar rapidamente e caminho até a cozinha, ao chegar vejo a mesa repleta de comida e minhas músicas preferidas tocando de fundo.

- Fiz suas comidas* favoritos filha - disse minha mãe super sorridente - sanduíches, tapioca e bolo de chocolate e suco* de laranja.

- Nossa a senhora caprichou hoje, não espereva tudo isso - falei do modo mais animado que consegui.

- Lógico que caprichei, hoje é um dia especial... minha bebê está indo estudar fora - senti um pouco de tristeza no olhar dela.

Tecnicamente ela estava certa, eu praticamente iria morar em outra cidade.

- Mãe já tenho 17 anos, na verdade quase 18 estou longe de ser um bebê.

- Para mim você sempre vai ser minha bebê - disse ela rindo.

- Ainda não acredito que você já vai sair de casa filha, parece que foi ontem que você ficava correndo pela casa brincando - Meu pai tinha uma triste expressão.

- Calma pai que não é para sempre assim que tiver uma oportunidade estaria aqui para visitar vocês.

- Você vai gostar muito de lá, foi lá que eu, minhas irmãs e até mesmo sua avó estudamos - disse minha mãe meio empolgada.

- Espero que sim ...

Ficamos conversando sobre tudo durante um tempo. Até que olhei o relógio e vi que já estava na hora de sair. Meus pais iriam me levar de carro a escola August Walker que fica a mais ou menos cento e vinte quilômetros da minha cidade.  Arrumamos as malas no carro e saímos, tinha parado de chover mas o dia estava frio.

Peguei os meus fones e coloquei uma sequência de músicas, não conseguia parar de olhar a janela era tão bonito, aquela imensidão azul, com um toque laranja e rosa. Estava um pouco ansiosa por ir a um lugar desconhecido, mas de tanto olhar aquela janela peguei no sono, não sei por quanto tempo dormi, mas acordei com a minha mãe falando que já estavamos chegando.

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Oi pessoa!
Só queria falar que estou feliz por você ter lido esse pequeno capítulo, esse é o meu primeiro livro estou caprichando para que você goste ♥

De Repente Acontece Onde histórias criam vida. Descubra agora