Eu estava sentado na mesa do café, brincando com a minha comida, acordei nessa manhã com enjôos e uma dor de cabeça horrível.
— Algo errado filho? — Perguntou meu pai.
— Ah, não, só não me sinto bem.
— Talvez seja gripe! — Falou minha mãe colocando o bule de café na mesa.
— Você tem que levar esse garoto no médico Taís, ele nunca vai!
— E você acha que eu não tento? Mas ele faz de tudo pra escapar.
— Eu ainda estou aqui! — Falei irritado. — Mãe eu posso me retirar?
— Não vai pra escola? — Perguntou ela cortando uma fatia de pão.
— Não!
— Tudo bem então. — Me levantei bem devagar. — O que você ainda faz aqui Roger?
— Ah querida, estou esperando o filho do Vagner, ele ficou de me trazer alguns papéis.
— Pablo? — Falei surpreendendo todos.
— Ele mesmo, por que a surpresa? Você sabe que o Vagner sempre manda esses papéis. — Olhei pra eles e dei de ombro.
Subi a escada, degrau por degrau, quando alguém entrou pela porta.
— Bom dia Vítor! — Anunciou Pablo. Hoje ele estava vestido de uma forma diferente. Com um macacão jeans preto, umas das alças ficava pendurada, uma camisa fina branca que deixava seu peitoral a mostra, fiquei impressionado por ver o corpo dele assim tão forte.
— Dia. — Voltei a subir a escada.
— Você está bem?
— Ótimo!
Ele foi para a cozinha e eu para meu quarto. Minha mãe estava certa, eu estava com gripe.
Já era possível sentir a febre, sentia meu corpo queimar. Tinha calafrios. Deitei na cama e me enrolei na coberta.— Vejo que você está muito bem! — Falou Pablo entrando no meu quarto.
— O que você quer?
— Nada. — Ele se sentou na minha cama, e tocou na minha testa. O toque da sua pele me queimou como se a febre tivesse aumentado, mas senti que era outro tipo de febre, algo mais forte.
— Minha nossa. — Pablo saiu correndo do quarto ouvi ele gritando pra minha mãe. Eu me senti pior.
— Meu filho você está bem?
— Não tia, ele está queimando em febre. — Minha Mãe me tocou e arregalou os olhos.
— Eu vou sair pra comprar um termômetro, por favor Pablo fique com ele.
— Mãe nã...
— Eu fico! — Minha mãe saiu igual uma desesperada pela porta.
— Não preciso que cuidem de mim!
— Tá bom. — Ele fechou as cortinas. — Eu vou ficar mesmo você não querendo.
Me senti feliz por ele ter ficado comigo, mas no fundo não gosto de depender de ninguém, ainda mais dele.
Pablo se sentou na minha cama outra vez, ele me olhava com preocupação.— Eu ainda não estou em um caixão!
— Não mesmo, cadáveres são mais bonitos.
— Ha ha ha
— Brincadeira!
— Sabe, até que você é bonito.
— Vish tá delirando já! — Pablo colocou novamente a mão dele na minha testa. — Por que você não dorme? Pode te fazer bem, pra mim isso é só um mal estar.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Laços Do Destino
RomanceO ódio pode ser uma forma de amor! Mas ele escolheu ficar escondido camuflado com sua armadura de ira! O amor é algo muito delicado é o sentimento mais louco que ninguém consegue entender, o único sentimento que pode trasformar seu inimigo em amigo...