Se rendendo a tentação

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Promotor Phillip

O pôr do sol me convidou a sair do meu quarto e caminhar até a varanda. Aspirei o ar e iniciei minha terapia. Ou melhor, a “dança” harmoniosa milenar que sempre me acalmava. Antes retirei minha camiseta ficando apenas com a calça do tipo moletom. Minha mente divagou pelo o que houve nessas duas semanas de prisão domiciliar que o Kian e o Samuel me colocaram com o reforço muito persuasivo de certa capitã.

Linda e extremamente tentadora. A capitã Johnson como a mesma preferia que a chamasse estava me levando à loucura. Sua postura fria era tão excitante que eu tremia toda vez que a mesma se dirigia a mim.

Como gostaria de quebrar o gelo de suas palavras e ações. Gostaria de fazê-la queimar em meus braços. Por duas semanas eu fazia uso constante de duchas frias e álcool para tentar não agarrá-la. Pondo assim a minha carreira e a dela em xeque.

Mas as coisas estavam saindo de controle e os olhos castanhos me provocavam assim como a boca carnuda e sexy que me hipnotiza quando falava com discernimento e coerência. Eu sempre tive uma queda por mulheres inteligentes. Porém nunca tive sorte com as mesmas justamente por isso. Elas sabiam que eu era perigoso por não querer um envolvimento mais profundo. E minha profissão ainda ajudava a afastá-las.

Porém com a Emily era algo diferente o que acontecia ali. Era mais como um duelo de quem suportaria mais tempo a vontade de sucumbir ao desejo. Nem as visitas que agora eram constantes do secretário, vulgo pai de Emily a minha casa me inibiam as investidas, embora fossem sutis.

Flash On:

Fitava o homem sentado confortavelmente em meu sofá com os olhos semicerrados. Kian tinha um olhar duro e um sorriso irônico nos lábios. Ele estava me deixando irritado bancando o guardião da virtude da filha. Ele realmente parecia decidido a limitar, vigiar meu contato com a Emily. O que ele não sabia era que essa atitude não me impediria de deseja-la e vice-versa.

–Você não tem trabalho te esperando lá em seu gabinete não Johnson? – indaguei fitando-o com arrogância.

–Tenho, mas tudo está dentro do controle. Deixei a Amy tomando conta dos assuntos mais urgentes. – disse sorrindo.

–Sei... Mas, você é um homem requisitado. Então, devem estar precisando da sua... Orientação. – insiste.

–Não vou sair daqui Powell, pode tirar essa ideia da cabeça. – foi sincero.

–Como é? – me fiz de desentendido.

–Esta pensando que não vi o jeito malicioso que olha para minha filha? Sou homem Powell. E enxergo longe. – disse cínico.

–Ora Kian. Você não confia em mim? – me fiz agora de ofendido.

–Não. – foi curto e grosso o Secretário ao responder-me. Suspirei.

–Sempre tão... Direto. Então já que vou ser obrigado a suportar sua presença que tal você me colocar a par de suas investigações paralelas?

– Sabia decisão Powell. Bem, estou seguindo os passos de Peter. –informou.

–O braço direto do Laurent? Você conseguiu algo? – perguntei interessado.

–Sim, com a ajuda muito prestimosa do Jay da inteligência consegui grampear e instalar uma câmera no gabinete do major. Ele esta sendo monitorado agora por mim. Todos os passos dele dentro daquele cubículo pomposo esta sendo filmado e ouvido. Claro que tudo isso está fora do alcance de algumas pessoas. – explicou irônico.

– O secretário esta se ariscando muito com essa operação. – constatei.

–Eu só temo a represália se ela for dirigida a minha filha. Apenas isso. – disse dando de ombros.

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