Capítulo I

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Amy morava com os pais e mais duas irmãs em um casarão em frente ao mar, como a filha mais velha estava sempre deixada de lado, era a ultima a ganhar presentes, a ultima a receber atenção, a ultima a ser ouvida... Estava sempre fora de foco, o que acabava despertando nela o desejo de viver aventuras longe de casa, á procura de pessoas que estivessem dispostas a resolver o mistério que ela era.

Embora fosse cristã e sempre frequentasse a igreja, sua fé só existia dentro daquelas quatro paredes e a falta de incentivo dos pais também tornava a Bíblia, Deus e a oração, pouco chamativas para a menina. Na verdade estava sempre acreditando que a fé só servia para manter as pessoas distantes de tudo que havia de melhor no mundo, sentia-se presa a uma pequena bola de sabão que deseja estourar por aí, mas estava presa de mais a regras e obrigações tanto escolar quanto nos afazeres de casa.

Enquanto caminhava de volta para a casa depois da escola, Amy avistou um caminhão de mudanças parando numa casa em frente a sua, a casa estava a venda já tinha um ano e pouco desde que Owenn e os pais se mudaram para uma cidade grande vizinha. Seus pais não havia comentado que alguém se mudaria para lá, movida pela curiosidade ela diminuiu ainda mais o passo e ficou olhando como alguém tivesse perdido algo enquanto dois homens abriam o caminhão e começava a descarregar as coisas. Decidida em saber quem eram os novos moradores a menina sentou no velho balanço que ficava na árvore do quintal da frente da sua casa, com fones de ouvido tocando Tim Maia ela se balançou até que um carro estacionou próximo ao caminhão.

Saíram imediatamente quatro pessoas do carro um homem e uma mulher de aproximadamente 40 anos, provavelmente os pais, Amy concluiu, e dois rapazes totalmente diferentes. Um deles parecia ter a mesma idade da Amy 16 anos, era um pouco mais alto que ela, com cabelos pretos e curtos. Já o outro rapaz parecia ser mais velho, tinha cabelos negros cortados no estilo daqueles soldados que usam, o que fez Amy pensar que ele tivesse uns 18 ou 19 anos e estivesse servindo o exército.

Enquanto ela se distraia olhando para os novos vizinhos e mantinha o ritmo do balanço, o vizinho com pinta de garotão se aproximou da cerca branca e parou na direção da Amy.

- Está ouvindo o que ? – ele perguntou enquanto arregaçava as mangas de sua linda e
bela camisa xadrez, seus olhos azuis pareciam ver a alma de Amy.

- Tim Maia. – ela parou o balanço tentando parecer mais madura.

- Bom som, meu nome é Phelipe, com PH sou seu novo vizinho. – ele piscou enquanto se desfazia das mangas dobradas.

- Prazer, Amy. – ele sorriu e pulou para o lado de dentro da cerca pegou a mão da Amy e escreveu um número de telefone nela.

- Me manda uma mensagem qualquer hora dessas. – pulou a cerca de novo e caminhou para a casa como se nada tivesse acontecido, Amy ainda esta tentando entender tudo o que acabará de acontecer enquanto discava o número e salvava nos contatos. Foi só quando estava levantando do balanço que viu o outro menino novamente, ele estava olhando para ela da varanda, estava segurando duas caixas que pareciam pesadas mas ainda assim parou para olhá-la, ele sorria e havia um sorriso e havia uma doçura irresistível naquele sorriso, mas Amy tão pouco se importou, pois não era nele que Amy estava pensando, seu coração apaixonada por aventuras impossíveis estava pulsando por Phelipe.

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