33//"eu vou acabar com tua raça"

3.6K 283 59
                                    

Eu estava de boas dormindo o meu sono da tarde até que o meu querido celular começou a tocar. Abri os olhos, procurei ele pela cama e atendi.

- Isa, sou eu.- escutei a voz de Emy embargada.

- Emy, tudo bem?- perguntei preocupada.

- eu e o Rafa estamos aqui na delegacia.- o meu coração parou. Como assim eles estão na delegacia?

- Emy, me explica direito, o que houve?- agora eu já estava em pé.

- não dá tempo para explicar, vem aqui e traz algum responsável.

- ok, eu já estou indo.- desliguei o celular.

Olhei as horas e vi que já não era mais de tarde, já eram sete da noite. Corri para o closet só para pegar dinheiro e meus documentos, joguei tudo dentro de uma bolsa e saí apressada de casa, estranhamente os meus pais ainda não haviam chegado.

O pai da Emy eu não vou procurar, ele nem pode saber disso se não a Emy e o Rafa nunca mais poderão se ver, é melhor ir atrás do tio Bruno.

Subi o morro na velocidade recorde, nem bati, já fui entrando empurrando a porta com força, tio Bruno que estava no sofá deu um pulo.

- Isa, o que houve? Você está pálida.- veio até mim rapidamente.

- o Rafa está na delegacia.- falei ofegante.

- o que?- arregalou os olhos.- me explica isso direito garota.

- eu não sei bem o que houve, a Emy está com ele, como eu sou de menor não posso ir até lá sozinha.

- eu não posso ir, você sabe que eu nem posso sonhar em pisar numa delegacia e a Geovana vai ficar até mais tarde hoje no consultório.- começou a andar em círculo.- o meu advogado vai está te esperando na porta da delegacia ok?- olhou para mim.

- ok.- afirmei com a cabeça.

- eu vou tentar ligar para a Geovana, deixa eu só chamar um dos garotos para te levar.

...

O carro estacionou em frente a delegacia e eu respirei fundo na tentativa de me acalmar.

- obrigado JJ, pode deixar que eu volto de táxi.- falei para um dos ajudantes do meu pai lá da boca.

- ok Isa.- falou sério.

Abri a porta do carro e fui caminhando até a porta da delegacia, lá encontrei o advogado do tio Bruno, um senhor de barda e cabelos grisalhos e obviamente de terno.

- você deve ser a Isabela.- estendeu a mão. Lhe cumprimentei.

- sim, vamos entrar.

Entramos na delegacia e encontramos o Rafa e um cara sentados e a Emy em pé de braços cruzados. Vou até ela e lhe abraço.

- o que houve?- ela me afastou um pouco deles.

- um cara foi racista comigo, o Rafa se irritou e bateu nele.- falou triste.

- aquele ali?- olhei para o cara do lado do Rafa.

- sim.

- babaca.- murmurei baixinho.

- ok, podem me contar o que houve aqui?- um homem que eu suponho ser o delegado veio até nós.

- este jovem.- o policial começou apontando para o Rafa.- agrediu este rapaz.- apontou para o cara.

- eu só bati nele porque ele foi racista com a minha namorada.- Rafa falou irritado.

- mentira.- o cara se fingiu de inocente.

A Princesinha do MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora