Cachinhos Negros

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     Eramos uma família feliz,todo final de mês iamos em restaurantes, parques e faziamos varios outros programas em família, tinhamos regras e nossas próprias responsabilidades que deviam ser cumpridas como qualquer família.Meu pai viajava muito ocupado com o trabalho,era advogado judiricial e passava semanas viajando em varias cidades ajudando as pessoas e sempre voltava no final do mês cheio de presentes, e um sorriso no rosto.Ele se orgulhava da família que havia construído e amava a minha mãe como nunca, sempre em ocasiões especiais ele contava como a conheceu e não se importava de se repitir varias e varias vezes.A minha mãe era uma mulher ambiciosa pelo dinheiro e gostava sempre de estar vestida com seus melhores trajes, vendia cosméticos e a casa sempre estava cheia de mulheres procurando pelos produtos, sentavam e tomavam chá e jogavam conversas foras.Já a minha irmã era uma adolecente que não gostava muito de participar com a família evitava de sair com a gente, e vivia trancada no quarto ouvindo suas músicas preferidas.Dificilmente se juntava conosco para as refeições do dia e expressa um sorriso inocente e fraco a maioria das vezes, era uma garota inofensiva que meus pais a amavam mais que tudo nesta via.
    Mas tudo mudou em uma certa manhã quando acordei com os gritos de minha mãe no telefone, me levantei e ela andava de um lado para o outro na sala com a mão na testa, algumas lagrimas escorriam de seu rosto e parecia estar desesperada, não conseguia entender o que falava mas era alguma coisa com a minha irmã.Fui ao quarto dela e vi ela deitada ainda dormindo, estava tão palida e delicada na cama com a mesma roupa que se deitou ontem, cheguei mas perto e peguei na sua mão para acorda-lá e ela estava gelada demais, eu era muito pequeno para não entender que ela havia morrido de overdose de remédios, um suicido que ninguém ia saber realmente porque fez isso,talvez ela só quisesse paz e viver um feliz para sempre.Eu estava intacto tentando a acorda-lá seus cabelos estavam um pouco em seu rosto eram bem negros e cacheados perfeitamente.Logo meu pai havia chegado em casa e me tirado de perto dela.Teve o enterro cheio de pessoas conhecidas e muitos de seus amigos estavam por lá e estavam tristes por ela ter se partido,nunca mais iriamos ve-lá novamente.Eu não sabia como reagir, aceitei como uma coisa natural da vida.Nunca fomos proximos e evitavamos e nos falar a maioria daa vezes pelo motivo que nem eu sabia.
    Depois de alguns dias nos mudamos para Los Angeles, um bairro onde muitas pessoas estavam se mudando para as casas nobres e muito bonitas que acabavam de ser construídas meus pais acharam melhor começar do zero e evitar falar sobre o assunto.Mas depois que a casa foi decorada havia quadros com seu rosto feliz por todos os lados,talvez eles quisessem ainda ter uma parte dela com a gente mesmo que ela não falava nada, e não participava das nossas rotinas como qualquer outra pessoa.A casa era enorme,comodos grandes e quartos a mais, a maioria dos moveis eram da nosssa antiga casa e outros eram novos, minha mãe desistiu das vendas de cosméticos e adiquiriu o vício pelo cigarro e a bebida enquanto eu ficava brincando a maior parte do dia solitário em meu quarto, eu gostava disso, não havia ninguém me perturbando e me sentia confortável longe daquelas palavras do túmulo.

-JOHANN!-abro os meus olhos lentamente me deparando com a minha mãe ao meu lado.-Ta na hora de ir para a escola.

    Ela sai me deixando aprontar para mais um dia qualquer de aula, logo eu estaria encarando a faculdade e eu não sabia que caminho devia seguir meu pai andou muito me falando sobre seu trabalho e parecia empolgado demais, mas eu não estava muito afim de viajar  por todos os cantos resolvendo crimes e atos nao planejados por pessoas maldosas e outras boas mas, a questao era que eu queria estar tranquilo tendo uma família e participando da vida dos meus filhos sendo diferente como ele foi, eu não queria desaponta-lo e evitava ficar falando sobre o meu futuro perto dele.Me arrumei e desce para a cozinha, minha mãe fumava olhando para a janela vestida uma camisola curta vermelha  com uma garrafa de whisky ao seu lado.
   Provavelmente meu pai teria feito mais uma viajem sem se despedir, os dois andaram muito brigando pois mamãe descobriu que meu pai começou a trai-lá ultimamente, peguei um suco na geladeira e sai sem dizer nada, seu rimel estava borrado de tanto chorar e parecia estar mergulhada em seus pensamentos então, não quis atrapalha-lhá.Fui para a escola, e encontrei Madley na porta me esperando bem animada, ela era minha namorada obrigatória vamos se dizer assim, sua família era bem nobre e os nossos pais eram bem amigos e queriam continuar com essa amizade.A verdade era que Madley era muito irritante, não parava de falar, orgulhosa sem contar que era um grude o tempo todo.Era verdadeiramente uma patricinha que adora gastar dinheiro por sigo mesma, para se manter sempre no padrão de beleza que todos querem.

-Oi amor.-Ela me agarra me dando um beijo.

-Oi.

-Baixei a musica de sua banda de rock,fiquei escutando a noite toda.-Ela pegou na minha mão e fomos andando pelos corredores até chegar em nossas salas.

-O que achou?

-É...bem profissional.-Ela não havia gostando, e não sabia como falar isso.Eu não tinha nenhum sentimento por essa garota e gostaria muito que podesse dar um fim nisso.-Bem, gostaria que você fosse a minha casa no final da aula meus pais vão estar fora novamente e vai ter alguns filmes legais.

-Eu estou muito ocupado com alguns trabalhos.-disse falsamente.

-Por favor...eu faço tudo por você e você não retribiu nada.-Revirei os olhos enquanto observava aquele drama.

-Tudo bem, eu estarei lá.-Ela sorriu e bateu as palminhas entrando em sua sala.

   Ela era quatro anos mais nova que eu e sentia uma falta de maturidade,eu sentia que ela não era uma garota certa para ter um relacionamento que duro dois anos.Eu não estava mais a suportando e parecia que ela queria passar mais tempo possível comigo.E hoje depois da escola já sabia o que me aguardava e não estava nem um pouco satisfeito.

    As aulas passaram tão rápido,tentei fazer todas as minhas lições de casa adiantadas na biblioteca e quando finalmente havia dado três horas fomos dispensados, eu iria para a casa da Madley que estava me esperando, toquei a campainha e ela abriu a porta sua casa,estava sempre tão organizada e ela tinha essa coisa pelo perfeccionismo que era demias.Madley era uma completamente viciada por sexo e os filmes era apenas uma desculpa para poder me fazer ir, ela começa a me beijar bagunçando todo o meu cabelo e me jogando um lado para o outro desajeitada,era como se ela estivesse treinado o que fazer em vez de deixar a coisas rolarem e ficava uma coisa forçada mas, do que eu estava reclamando era a mesma coisa todos os dias.E quando finalmente tomei controle da situação ela ficava falando o que eu devia fazer, me dando ordens de como agir como se eu não soubesse como satisfaze-lá.

-De novo Johann.-Ela falava alfegante.

   E quando finalmente terminamos com essa baboseira toda eu me arrumei e fui embora a deixando a deitada nos lençóis da cama, era só isso que ela desejava e estava satisfeita então minha missão por aqui havia acabado.Eu estava cansado, cansado dos meus pais, cansado da Madley e cansado da escola.Meus livros estavam na minha mão enquanto eu segurava meu casaco jogado nas costas,meu cabelo estava todo bagunçando e sol estava bem escaldante.Observei um caminhão que estava parado na minha frente cheio de caixas de papelão lacradas e ajudantes que levavam moveis para dentro da casa, meus novos vizinhos tinham acabado de se mudar, geralmente eu não estaria nem ai já que sempre houve muitos inquilinos se mudando o tempo todo mas,eu estava equivocado com a garota que estava sentada na grama em frente a casa, suas pernas estavam cruzadas e estava concentrada em sua leitura, segurava um cigarro na sua mão direita e usava meias brancas em seus pés, um vestido solto de cores saturadas caia bem em sua pele bronzeada com as maçãs do rosto rosadas.Seu cabelo estava liso que encaracolavam nas pontas, castanho claro com algumas mexas cor de mel naturalmente, tinha lábios carnudos e quando me dei conta estava parado em frente a sua casa a observando.

-Perfeita! -Disse para mim mesmo a observando fumar e ler.

O Sol É Para TodosOnde histórias criam vida. Descubra agora