A Quinta

A Minha Família

Bem, não vou começar como todas as histórias começam : Era uma vez... Vou sim começar por me apresentar. Chamo-me Catherine. Vivo numa quinta onde não existe poluição, onde não existem super mercados, onde cada um tem as suas plantações ou criações, onde tudo é como devia ser. Ou melhor, quase tudo. Tendo dois irmãos, um mais velho e um mais novo, não consigo ter uma vida totalmente sossegada. O mais velho chama-se Hugo e está na idade das namoradas ♥. Está constantemente a expulsar-se do quarto dele, que por sinal também é o meu, para estar com a namorada. Até o compreendo, mas preferia ter um quarto só para mim... O meu irmão mais novo, o Rodrigo, ainda é pequenino, mas já é muito reguila. O meu padrasto, o pai dele (os meus pais estão separados, não vejo muito o meu pai que também é pai do Hugo, mas isso é para outro episódio) mima-o muito e a minha mãe não consegue contrariar. Mas não é disso que eu vim falar. O que interessa é que ele quer sempre as minhas coisas e se eu não lhas der, ele bate-me. Quando digo "bate-me", não estou a falar de uma palmada, estou a falar de pontapés, de estalos... Obviamente que depois eu o agarro para ele parar, mas ele começa a chorar e os meus pais (mãe e padrasto, que são mesmo os pais do Rodrigo) dão-lhe razão! Isso irrita-me tanto...
Agora que acabei de descrever os meus irmãos, ou melhor, a parte má deles, vamos passar à parte boa. O Hugo protege-me sempre que alguém tenta ou me faz mal, mesmo que seja só uma ameaça. Gosto muito quando ele faz isso, sinto-me especial... Mas contudo, eles são bons, não, muito bons irmãos e pessoas. Sim, eu não falei da parte boa do Rodrigo porque sinceramente, não me lembro de nenhuma assim... mais especial! Ao fim ao cabo, são os dois ótimas pessoas, tal como a minha família toda, toda, toda. A minha família não é muito grande... Sou eu, o Hugo, o Rodrigo, a minha mãe, o meu pai (apesar de não vivermos com ele), o meu padrasto, o meu gatinho, o meu cão, a minha chinchila, e o bichinho mais espetacular, o cavalo! Bem, pensando bem, nem é assim tão pequena. Mas sinceramente, sem sombra de dúvidas, o Cinza (o cavalo) é o meu preferido. É impecável, lindo de morrer, sempre com a crina sintilante e brilhosa, com o pêlo liso e penteado mas livre. Acima de tudo livre. Até acho que é o bichinho que me faz mais companhia! Esqueçam, eu perco-me completamente a falar... Ou melhor, a escrever! Agora sim, vamos passar à história...