Sabe quando você anda a casa toda e procura algo para dissipar o tédio?
Pois é, isso me ocorreu hoje. De tanto procurar, acabei encontrando.
Já fazia algum tempo que não fazia "aquela" limpeza nas inúmeras caixas amontoadas no canto da despensa - boa parte delas contendo livros e tantos outros papéis, acumulados no decorrer dos anos - e por um momento não acreditei no que vi.
Ali, embaixo de uma pilha de livros estava uma velha caixa de sapatos, toda bordada e decorada com papel de presente e com letras garrafais indicando que aquele era o meu BAÚ DE RECORDAÇÕES. A minha velha caixinha de lembranças ainda estava ali. Depois de tanto tempo. Uma onda nostálgica me envolveu e sabia que era a hora de voltar no passado.
Ao desfazer os laços, notei que ainda estavam intactas algumas cartinhas da época de colégio, um álbum de figurinhas caindo aos pedaços, várias fotos e um bilhete que dizia :
"- Eu te quero bem. Não duvide disso nem por um segundo. "Não consegui decifrar de quem era a assinatura no finalzinho do papel, mas essas palavras ecoaram em minha mente por um bom tempo. Não haveria outra coisa que eu pudesse fazer naquele momento a não ser liberar amor em forma de uma pequena prece. Fechei os olhos e agradeci. Sem pensar duas vezes, corri até o escritório, peguei uma caneta e escrevi no verso:
" - Eu também te quero bem. Desculpas se a minha maneira de amar não te convence. "Li outra vez aquele bilhetinho e o devolvi ao antigo baú. Guardei o meu tesouro por entre os livros, tranquei a porta e fui tomar um café quente na varanda. A brisa era suave. A inquietação havia ido embora e uma paz interior tomava conta de mim. Eu estava bem. Me sentia feliz.
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FIRST: O que eu nunca tive coragem de dizer.
RandomE se você entrar em minha vida (com ou sem permissão ), saiba que uma hora ou outra vou te desmontar em palavras. Não me pergunte como e nem porquê, mas o que vivermos juntos daqui pra frente corre um sério risco de se tornar um capítulo desta hi...