Depois da festa de sexta-feira, tudo que me restou foram vagas lembranças da noite de Halloween acompanhadas da primeira ressaca. Pior sentimento que meu organismo já sentiu.
Durante o fim de semana, passei boa parte do tempo tomando remédio para dor de cabeça e muita água, enquanto ensaiava meu melhor sorriso para que minha avó não notasse nada de errado. Tirando isso, as tarefas do colégio me faziam companhia, assim como a imagem de Jimin vestido de Han Solo.
[...]
3 de Novembro de 2009
Acorda, Sirena, hora de levantar e ir para o inferno.
Isso é o que meu cérebro interpreta toda manhã quando o pequeno relógio ao meu lado soa.
Hoje é um novo dia, um novo recomeço, uma nova chance, uma nova semana. Estudando na escola que estudo, os famosos 5 minutos de sono são o luxo o qual não posso me dar, então assim que ouço as infernais batidinhas do sininho, já me levando, me espreguiço e corro para me arrumar. Todo dia é a mesma coisa: acordar cedo, banho, desodorante e combo escova e pasta de dente, uniforme, café, outra escovada de dente e metrô até a instituição de ensino, isso quando vovó não insiste em me levar. Por estarmos em pleno inverno e, apesar de morar em uma cidade litorânea, o dia amanhece frio. Por essa razão, ir de bicicleta não é uma opção.
Já estando pronta, arrumo meu cabelo em uma trança simples e vou até a cozinha, onde vovó está cortando frutas.
- Bom dia, flor do dia - diz vovó.
-
Bom dia, vovó. Não sabia que estava acordada já.
- Ah, o frio me deixa do contra, não consegui ficar na cama e decidi preparar uma bebida quente para você - ela diz me entregando uma caneca de chocolate quente logo após o beijo que dou em sua bochecha.
- Obrigada.Nós duas preparamos algum lanche saudável e comemos juntas, trocando poucas palavras. Assim que ela termina de comer, recolho nossos pratos e copos e os lavo rapidamente. Enquanto faço isso, vejo vovó colocando um pacotinho com meu lanche dentro da mochila, para que eu não esqueça de come-lo. Assim que a louça está limpa, dou um beijo em vovó, corro até o quarto e pego um casaco mais quente, dou um beijo de tchau na minha velhinha coreana e saio pela porta com a mochila nos ombros, atravessando a avenida até o buraco do metrô do outro lado.
[...]
Confiro o relógio e estou diante dos portões do colégio faltando exatamente 10 minutos para o começo do dia. Dou bom dia ao porteiro, ando pelos corredores, subo escadas até o 3° andar e vou até meu armário. Insiro a combinação e, ao abrir, vejo um envelope com o meu nome em letras douradas coreanas, com o selo do colégio. Controlo minha vontade de abri-lo, mas coloco o envelope em meu bolso e pego alguns cadernos que havia deixado justante para as aulas do dia.
Daqui pra frente é sempre a mesma coisa: ir até a sala, esbarrar com alguns alunos, dar oi para pouquíssimas pessoas - vulgo meus amigos mais velhos - e entrar na sala 24, sentar em minha carteira e esperar os professores chegarem.
Foi isso que aconteceu. Até que a diretora apareceu.
Ela, uma coreana com seus quase 40 anos, roupas elegantes e ar severo adentra na sala e pede um minuto de nossa atenção.
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Maybe One Day {Park Jimin} - HIATUS
Fanfic[Capa da maravilhosa @chanbreak ♡] "É verdade quando dizem que o tempo muda as pessoas. Acredite, eu sei que é verdade. Sabe porquê? Porque eu mudei, Park Jimin. Eu mudei o jeito que eu te olhava, te tocava, te sentia, muito embora você nunca tenha...