Chapter 22 | Amnésia.

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| P.O.V.   Margo Steele.

Como assim eu não posso levá-la?! Que porra de hospital é esse que nem ao menos pode curá-la?! — uma voz rouca perguntou. Eu, mesmo com os olhos fechados, sabia que ele estava enraivecido.

E-Ela está curada, senhor, apen... — o homem que falava, foi interrompido por um rugido e logo por uma voz grossa e rude:

ENTÃO POR QUE CARALHOS EU NÃO POSSO LEVAR MINHA NAMORADA COMIGO?!

S-Senhor, peço que não grite, isto é um hospital... e, bem, o senhor não pode levá-la porque se trata de um caso de polícia. I-Inclusive eles devem estar vindo aqui. Em alguns minut...

Polícia?! — a mesma voz rouca, que antes gritava, questionou em tom leve. — Porra. — um silêncio se fez, e logo a porta foi aberta e fechada novamente. — Nós vamos embora daqui, meu anjo. Logo. — ao que essas palavras soaram ao meu ouvido, algo gélido e áspero deslizou pela minha face.

Eu tentava ao máximo, mas não conseguia abrir os olhos. Era como se eles estivessem grudados nas pálpebras. O mesmo ocorria com meu corpo, eu não conseguia mexê-lo, apenas sentia as carícias da mesma pessoa de antes em minha mão, e sua voz sussurrando coisas carinhosas, para minha surpresa, pois era de se imaginar que sua pessoa seria rude no que diria, mas não, era carinhoso. Chegava a ser até meloso.

Mas... eu gosto disso, não? Quero dizer, sou a namorada deste homem, pelo que ele diz, ao menos, mas o ponto na história não é quem ele é — por mais que isso seja uma grande dúvida, porém não —, mas sim, quem eu sou?

Não me recordo. De nada. Absolutamente nada, apenas sinto as coisas. Como sua mão em mim, a dor — mínima, mas existente e insistente — em minha cabeça, o formigamento em minha perna esquerda, um vento gelado e confortavelmente estranho em minha face e a coberta sobre mim.

Onde ela está?! Filha?! MARGOT! — escutei uma voz feminina e aguda gritar, antes de ser envolvida por braços quentes e amistosos. — Margo, meu amor... o que fizeram com você?! O que fizeram?!

Um silêncio foi feito no local, e logo o homem, dito meu namorado, parou de acariciar minha mão e o abraço da mulher se desfez de mim. Ouvi os dois abraçarem-se, e ela chorar. Mas eu não entendia o porque.

Ela estava feliz por me ver, não estava? Então, ela deveria tentar me acordar para mim solucionar minhas dúvidas.

Onde você a achou, Harry? — a mulher perguntou, e logo ela estava perto de mim novamente.

PSYCHOPATH  |  Harry Styles (EM HIATUS)Onde histórias criam vida. Descubra agora