Aqui o céu é vasto e profundo – o horizonte repleto de luz,
Ele é transparente – com azul sidéreo...
Aqui, contemplo o horizonte de forma múltipla –
Admirando e sentindo!
O mar é amplo, claro com águas cristalinas...
As colinas em volta do mar são aéreas, num anseio ao infinito!
O vento, em alguns momentos, deixa o mar revolto – indomado...
As ondas bebem as veias anômalas das encostas;
Mesmo na ânsia de subjugar a areia, elas morrem...
Os rios caudais, nascidos nas colinas da "serra do mar",
Rolam a cordilheira abaixo até se encontrarem com o oceano...
Neste caminho ilusório, cheio de mistérios,
As águas dos rios apreciam as cachoeiras, as encostas!
A água doce acaba por abocar na "boca da barra" – ao lado do mar!
Paisagem linda... o morro aqui possui campos extensos,
As florestas são seculares, com árvores umbrosas...
O mar afaga esta paisagem diariamente, apaga os segredos,
Revela o ciclo da vida na cândida espuma que brota nos rochedos,
O som nostálgico das ondas açoitando as pedras invoca a paz...
O que eu vejo agora é divino, criação de Deus!
Uma terra selvagem envolta por gente, casas, carros e animais,
Contemplo o que restou do cenário milenar do mundo,
Mesmo assim é belo – perpetua a vontade da natureza...
Agora suspiro aliviado...
Sei que amanhã, ainda vivo – apreciarei esta beleza!
Na despedida desta fantasia, quero galgar pela areia,
Em direção a lugar algum – somente para escutar o hino do mar.
Agora deslumbro a imensidade, sinto-me eterno,
Num fascínio profundo...
A alma atônita se volta para o ventre da baía,
Meu ser fecunda a paz, o amor, a felicidade – tudo ao mesmo tempo!
Esta paisagem me traz glória, graça...
A "boca da barra" possui uma paisagem áurica,
Combina a luz do sol com os adornos do mar, das florestas...
Aqui aspira progresso – mas o mar ébrio, terno, quer paz!
Quando venho aqui, no início da manhã, sinto a embriaguez da praia,
Afortunado lugar...
Quando chove sinto as gotas de chuva tontear nas ondas,
O mar parece entrar em convulsão, espumando babugens...
Quando chove, o mar se atira sobre a orla –
Eu, deitado na areia, sinto o deleite da vida...
Bebo a água da chuva e banho-me com as ondas do mar!
Sinto-me nos seios da natureza, no ventre sagrado,
No tálamo das flores, no berço das nuvens... voando....
Esplêndido! Sensação única... é a vida pedindo para ser vivida!
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Obra original de 2014, Itanhaém–SP. Este lugar é esplêndido, repleto de luz, vida e emoção. Confesso que sinto muita falta deste lugar, do tipo de pessoa que lá vai passear, do vento uivante e do mar que chora ao anoitecer... Boca da barra é uma paisagem única que ilustra as diferentes formas da nostalgia – sempre que vou a Itanhaém, reservo uma hora do dia para caminhar entre as pedras, sentar de frente para o rio e observar... observar... observar...
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REVELAÇÕES: NADA SERÁ COMO ANTES...
PoezieCaro leitor, este livro foi redigido de forma especial e suas palavras ganharam vida! Não tenho vontade de eternizá-lo, minha ambição está restrita às suas emoções, mas o aceite como um presente e deixe-o jazer em sua cômoda. Tenho a súbita impressã...