HELENA CARTERAcordei com a cabeça latejando, estava em um quarto branco e um barulho chato repetitivo, estava em um hospital.
— Você acordou!— diz uma mulher baixinha, de cabelos loiros e um sorriso simpático no rosto. Espera, eu conheço ela! É a Renata, Regina, Raquel... Rebecca.
— O que eu estou fazendo aqui? Que horas são? É sábado?
— Bom, eu não sei, só me falam que você desmaiou, mas o dr. William vai explicar tudo direitinho. E, hoje é sábado e são 11:00horas.— ela disse.— Você está com fome? Eu posso trazer alguma coisa, mas o almoço será servido daqui a pouco.
Pensei na comida do hospital e logo dispensei.
— Vou avisar o Doutor que você acordou. — ela diz e sai.
Minutos depois o Dr. William entra no quarto mais bonito do que nunca.
— Como está se sentindo, Helena?— pergunta e a única coisa que eu consigo pensar é em como o branco lhe cai bem.
— Melhor ago... Estou me sentindo bem, pra falar a verdade não sei nem o que estou fazendo aqui.
— Eu já conversei com seus pais, acho melhor conversar com você na presença deles.— seu rosto parecia sério.
— É alguma coisa séria?
— Eu vou chamá-los!— ele fala e me deixa sozinha, sem me responder.
Quando volta, está com meus pais, eles me abraçam e quando se afastam percebi os olhos marejados da minha mãe e o rosto preocupado do meu pai.
— O que foi? Por que estão assim?—pergunto e ficam os três me olhando com um olhar difícil de descrever, minha mãe está a ponto de derramar lágrimas, meu pai a envolve nos braços e o Dr.William me encara, tira o estetoscópio do pescoço e segura nas mãos.— A anemia piorou? Vou ter que ficar no hospital e tomar mais agulhada?— minha mãe está em pânico e seu rosto está pálido.— Eu sei... eu sei, mãe. Você me falou diversas vezes que a anemia poderia piorar.
Lágrimas rolaram de seus olhos e meu pai aperta sua cintura para mais perto dele.
— Helena, fizemos vários exames, e... você está com câncer, leucemia.— Dr. William disse e meu coração parou de bater por uns segundos, minha respiração pareceu falhar e eu não consegui dizer nada.
Olhei para meus pais, minha mãe escondeu o rosto no ombro do meu pai e parecia chorar.
— A leucemia é uma doença maligna dos glóbulos brancos, leucócitos, de origem, na maioria das vezes, não conhecida. Ela tem como principal característica o acúmulo de células jovens, blásticas, anormais na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais. A medula é o local de formação das células sanguíneas, ocupa a cavidade dos ossos e é conhecida popularmente por tutano. Nela são encontradas as células mães ou precursoras, que originam os elementos do sangue: glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas.
Não prestei atenção em uma palavra se quer que ele disse, era muita coisa, tudo parecia desmoronar dentro de mim, eu tinha que ser forte por meus pais, minha mãe já não conseguia nem ouvir o Dr. William e meu pai estava sendo durão.
— E a leucemia tem cura?
— Na maioria dos casos, a cura da leucemia é alcançada através do transplante de medula óssea, no entanto, apesar de não ser tão comum, a leucemia pode ter cura apenas com quimioterapia, radioterapia ou outro tipo de tratamento. As chances de cura variam com o tipo de leucemia, a sua gravidade, a quantidade e o tipo de células afetadas, a idade e o sistema imune do paciente.
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Para Sempre Ao Seu Lado
RomanceHelena Carter, 17 anos, mora com os pais e os irmãos em New York. Sempre foi uma garota com personalidade forte, não tem uma relação muito boa com a família, mas acredita que com os amigos e o namorado pode recompensar a ausência da mãe. Quando tud...