...Livro em contos... CONTOs sobre eles...

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Eu CONTOs sobre eles



Joseane Santana




Com a palavra a autora...

Depois de uma quase decepção amorosa, mais uma para minha imensa coleção, eu resolvi que precisava me libertar das dores de todos os amores que vivi, para quem sabe, abrir espaço para um novo.

Antes mesmo de iniciar a escrita eu já sabia que precisava aprender algo das minhas relações, e que talvez expô-las para mim mesma me faria pensar melhor sobre o que eu realmente eu quero.

O que descubro pós-escrita é que a vida é muito linda e que nunca passamos por coisas suficientes na nossa passagem por ela, descubro também que eu estive com muitos rapazes dos quais não mereciam minha companhia e de outros que eu devia ter lutado um pouco mais para mantê-los na minha vida.

Eu jamais vou confessar a vocês o que é realidade e o que é ficção dos contos deste livro, mas posso garantir que em todos a muito de mim, do que penso e do que desejo ou não desejo a outras moças.

Sou a favor da despolarização do amor, gosto da possibilidade real de amar a mais de uma pessoa ao mesmo tempo; acho viável respeitarmos o direito do outro, ou da outra de viver experiências sexuais que fortaleçam a certeza da escolha final.

Os nossos corpos são lindos e precisam usufruir das delicias que são ofertadas pela vida, assim como é preciso cuidar para que ninguém no nosso caminho seja machucado pelo nosso desejo pulsante de sermos o mundo em tão pouco espaço.

Às leitoras e aos leitores peço que não esperem contos pornográficos, assim como não esperem contos românticos, alias... peço que não esperem nada, descubram a cada nova página uma estória que lhe fará rir ou chorar, talvez também possa causar raiva ou nojo, afinal os meus enredos vão configurar-se conforme a formação moral do meu leitor ou da minha leitora.

Agradeço desde já pela compra e pela delicadeza de ler até o final esta introdução, que pouco diz sobre o que esta por vir.

Encerro para um novo inicio, e ressalvo: nunca imaginei que estas criaturas (me referindo a homens) pudessem me render um fruto tão macio e suculento. E viva aos frutos do amor.


Conto 01: O indiozinho da 4 série – Amor infantil, nunca consumado

Quem nunca teve um amor platônico quando criança? Eu não só tive como sofri de amores por um menino lindo, cabelos aos olhos e sorriso escancarado. Eu adorava brincar de pega-pega com ele, alias, com todos os coleguinhas e as coleguinhas. Ele não sabia que eu gostava dele, até a metade do ano, quando uma colega resolveu expor meu sentimento a ele e a todo mundo da turma.

Era um ano difícil para mim, havia voltado a minha cidade de origem após longos meses em outro estado, tinha me tornado "mocinha" há pouco tempo e meu corpo havia mudado muito; perdi muito peso. Nunca fui vaidosa, e sempre apostei na inteligência para conseguir as coisas, mas ficava completamente desorientada quando o via; tropeçava, caia, perdia coisas, ria desesperadamente, me escondia às vezes; aaaaah ... era cada suspiro que até os pelos pubianos sentiam sua existência. Nunca consumei o ato de ousar toca-lo, nunca confirmei meu interesse por ele e nunca assumi para mim mesma que o medo na verdade era de que ele também gostasse de mim.

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⏰ Last updated: Jul 17, 2017 ⏰

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Eu CONTO sobre elesWhere stories live. Discover now