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Narrador On.

E lá estava Park Chanyeol, como seus doze anos de idade, sentado em um canto qualquer daquela imensa escola, chorando. Seus olhos estavam vermelhos de tanto chorar. Um pequeno corte no canto da sua boca e um arranhão na sua bochecha.

Aquelas olheiras que rodeavam os seus olhos deixava claro que o garoto não dormia há dias. O seu agressor chamava-se Byun Baekhyun. Um marrento e mimado que praticava bullying com garotos indefesos.

Na realidade, Baekhyun era um bom garoto, porém, as amizades o influenciava.

E lá está Byun Baekhyun, brigando com sigo mesmo por sentir pena de um garoto o qual ele batia. O mesmo bateu os pés com força no chão, revirou os olhos e foi atrás da sua vítima.

- O que você quer? Me ver assim não é o suficiente? - Perguntava Chanyeol.

O mesmo limpou suas lágrimas com a manga da sua camiseta e levantou-se rapidamente. Baekhyun murmurou um "Eu não acredito que vou fazer isso."

Sem pensar duas vezes, o menor puxou Chanyeol do chão e o levou para enfermaria. Como imaginado, a enfermeira não estava no seu posto, provavelmente dando em cima de algum professor. Baekhyun revirou os olhos e tomou a iniciativa de limpar os machucados do mais novo.

Chanyeol gemia de dor toda vez que algodão com álcool era pressionado contra as suas feridas. Seus machucados mais graves foram enfaixados. Havia um pequeno corte nos lábios de Chanyeol e um roxo no contorno de seus olhos.

Baekhyun tratou de limpá-los rapidamente, o mesmo olhava fixamente para os lábios do mais novo, com a imensa vontade de tocá-los. Eles eram apenas crianças, não sabiam se isso era certo ou não.

O mais velho guardou o que sobrou dos materiais e saiu daquele cômodo batendo os pés e bufando com raiva de si mesmo por cuidar de alguém no qual ele agredia todos os dias. Ele não sabia o que estava acontecendo com seus sentimentos.

Chanyeol estava confuso, não sabia o que acabara de acontecer ali, porém de uma coisa ele sabia, ele estava gostando da nova personalidade de Baekhyun e pretendia vê-la com mais frequência.

O mesmo voltou para casa, sendo recebido com uma expressão assustada de sua mãe e de sua irmã mais velha. Ela tocou seu rosto e perguntou o que lhe aconteceu. Ele respondeu que não foi nada e foi para o seu quarto.

Enquanto isso, Baekhyun se perguntava o porquê de ter ajudado o garoto no qual era sua vítima e o porquê do seu coração palpitar toda vez que o via.

Byun tinha os seus motivos para judiar de Chanyeol, e neles incluiam um sentimento que nenhum dos dois conheciam; amor. Eles era apenas crianças, não sabiam amar.

Mas o tempo os ensinaria. Com o tempo, este aprenderia a amar. Quem sabe Baekhyun possa ter um pouco de compaixão dentro do seu coração. Mal sabia ele que o seu coração já tinha um dono, o qual se chamava Park Chanyeol.

Novamente, lá estava os dois na mesma sala de aula, uma hora ou outra Baekhyun encarava o moreno e desviava o olhar toda vez que Park o encarava de volta.

O clima estava tenso entre os dois, quem sabe eles sejam bons amigos.

No fim das aulas, Chanyeol sentou-se, sozinho, em um dos bancos presentes da escola e começou à chorar baixinho. Baekhyun percebeu e, mesmo que sem querer, foi até o garoto.

Chanyeol contou o que havia lhe acontecido; o mesmo iria para um reformatório em Busan, longe da sua família, longe dos seus amigos, longe de tudo e de todos.

Baekhyun se assustou assim que ouviu o nome do reformatório. Era o mesmo que ele iria assim que sua mãe chegasse de viagem.

Byun era um garoto encrenqueiro, só se metia em problemas, sua mãe não aguentava mais nenhuma reclamação vindo da diretoria e decidiu matriculá-lo em um reformatório em Busan.

Park ouviu sua mãe o chamando e correu até ela, dando-lhe um abraço apertado e entrando no carro logo em seguida. O mesmo abaixou o vidro e acenou brevemente para Baekhyun, que deu um sorriso em troca.

O grande dia chegou. Chanyeol pegou sua última mochila e saiu do carro. Abraçou a sua mãe, depositou um beijo na sua bochecha e sussurrou um "Eu te amo" no seu ouvido.

Após atravessar os portões, finalmente lhe caiu a ficha que aquele lugar parecia mais uma prisão do que uma escola. Os muros em altos, com cercas elétricas no final, os portões eram enormes e vários seguranças e funcionários andavam pelo local.

O mesmo caminhou até a sala da diretora. A mesma era uma senhora que aparentava seus quarenta anos. Ela usava óculos e um batom vermelho. A mesma entregou-lhe a chave do seu quarto e voltou sua atenção para os papeis postos na sua mesma.

Chanyeol agradeceu a senhora e caminhou para o seu quarto. Antes mesmo de atravessar aquela porta, respirou fundo e girou a maçaneta.

....

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⏰ Última atualização: Jul 31, 2017 ⏰

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